Eduardo Bolsonaro afirma que os EUA podem enviar caças ao Brasil
O parlamentar concedeu a informação após o STF condenar Jair Bolsonaro no inquérito da trama golpista
247 - O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou que os Estados Unidos podem enviar “caças F-35 e navios de guerra ao Brasil” no futuro. O parlamentar concedeu a declaração após o Supremo Tribunal Federal condenar Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão no inquérito da trama golpista.
Em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, Eduardo Bolsonaro, residente nos EUA, afirmou que o presidente norte-americano, Donald Trump, “não tem medo de usar meios militares para proteger a liberdade de expressão”.
Sobre a possibilidade de uma intervenção norte-americana no Brasil, Eduardo Bolsonaro respondeu: “Acho que nesse momento não. Mas se o regime brasileiro for consolidado e tiver uma evolução igual à da Venezuela, com eleições que não são nada transparentes, sem a ampla participação da oposição, regado a censura e prisões políticas, no Brasil pode perfeitamente no futuro ser necessária a vinda de caças F-35 e de navios de guerra, porque é o atual estágio da Venezuela.”
Em 20 de agosto, a Polícia Federal indiciou Eduardo Bolsonaro e o seu pai por obstrução judicial da investigação do plano golpista. O motivo para a decisão foi justamente as articulações da família bolsonarista junto ao governo Trump, com o objetivo de sabotar o processo judicial conduzido pelo STF.
O deputado continuou com seus ataques ao Brasil, durante a entrevista. “Ano que vem a gente tem eleição. Se nós não tivermos uma ampla participação da oposição. Se nós tivermos eleições à base de censura, onde a população brasileira siga com medo de expressar suas opiniões ou tenha de deletar tuítes através de ordens secretas, se não puder falar a verdade sobre Lula e assim por diante, por que a maior potencial mundial, farol da liberdade, da democracia, teria de reconhecer a democracia brasileira?”.
Questionado se seria favorável a uma intervenção militar no Brasil, Eduardo Bolsonaro respondeu: “Eu acho que vale a pena pela pauta da liberdade. Você aceitaria ser escravo para evitar uma guerra? Eu prefiro a guerra. É como Churchil diz naquele caso com Chamberlain. Voltou da Alemanha com o acordo do Hitler nas mãos. E o Churchil alertou: poderia ter escolhido entre a desonra e a guerra”.
