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      União Brasil e PP saem do governo Lula e anunciam apoio à anistia a Bolsonaro

      Dirigentes definem cronograma para afastamento de André Fufuca e Celso Sabino, mas querem preservar indicações estratégicas no governo Lula

      Ciro Nogueira e Antônio Rueda (Foto: Divulgação/PP)
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      247 - O PP e o União Brasil decidiram fixar um prazo de 30 dias para que ministros filiados às duas legendas deixem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, segundo a coluna da jornalista Tainá Falcão, da CNN Brasil, foi tomada em reunião da cúpula nacional das siglas, que recentemente formalizaram a criação de uma federação partidária.

      Além disso, a federação anunciou apoio a um projeto de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

      O prazo determinado atinge diretamente André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo). Ambos pretendiam permanecer nos cargos até abril, mas acabaram convencidos pelas direções partidárias a antecipar a saída e alinhar-se à nova estratégia política definida pela federação.

      Apesar da determinação de retirada dos ministros, o acordo prevê a permanência de dois nomes no Executivo: Juscelino Filho, ministro das Comunicações, e Waldez Góes, que comanda o Desenvolvimento Regional. Ambos são aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e considerados peças-chave para a manutenção de influência dos partidos dentro da Esplanada dos Ministérios.

      Ainda conforme a reportagem, dirigentes das duas legendas também sinalizaram a intenção de manter as indicações em cargos de direção na Caixa Econômica Federal, reforçando que não pretendem abrir mão de espaços estratégicos no segundo escalão do governo federal.

      A movimentação ocorre em um cenário de realinhamento de forças no Congresso, onde PP e União Brasil buscam ampliar protagonismo após a formalização da federação. A decisão de estabelecer um prazo curto para a saída de ministros ligados diretamente às legendas evidencia a tentativa de se diferenciar do governo petista sem, contudo, perder postos considerados essenciais para as articulações políticas e para a execução de projetos de interesse das siglas.

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