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Brasil celebra reconhecimento do Estado Palestino por potências ocidentais

Governo brasileiro destaca avanço no consenso internacional e reafirma apoio à criação de dois Estados nas fronteiras de 1967

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2025 – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 – O governo brasileiro divulgou neste domingo (21) uma nota oficial saudando o anúncio conjunto de Austrália, Canadá, Reino Unido e Portugal sobre o reconhecimento do Estado da Palestina. A informação foi publicada originalmente pela Sputnik Brasil.

Segundo o Itamaraty, a decisão dessas potências ocidentais demonstra um “crescente consenso internacional” em torno do direito do povo palestino à autodeterminação. A expectativa da diplomacia brasileira é que outras nações sigam a mesma linha durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, que começa em 23 de setembro.

O Brasil já havia reconhecido a Palestina como Estado em 2010 e reafirmou sua posição histórica de que a solução viável para a paz na região passa pela criação de dois Estados. “A coexistência dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital palestina, é a única saída justa e duradoura”, destacou a chancelaria.

Contexto internacional

O movimento de reconhecimento da Palestina por países tradicionalmente alinhados ao Ocidente ocorre em um momento de forte pressão internacional para que seja retomado o processo de paz no Oriente Médio. O gesto é visto como um marco importante para ampliar o isolamento diplomático de Israel diante da resistência em aceitar negociações baseadas na solução de dois Estados.

Na avaliação de analistas, a posição de países como Reino Unido, Austrália e Canadá — aliados históricos de Washington — pode abrir espaço para que outras potências ocidentais se juntem ao esforço de legitimar a soberania palestina.

Papel do Brasil

Desde o reconhecimento da Palestina em 2010, o Brasil mantém uma postura ativa na defesa do direito palestino e tem reforçado a necessidade de respeito às fronteiras definidas antes da guerra de 1967. A política externa brasileira busca equilibrar o diálogo com Israel, mas sem abrir mão do apoio ao povo palestino e ao fortalecimento do multilateralismo na ONU.

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