HOME > Mundo

Genocídio promovido por Israel prossegue impunemente e Netanyahu assassina mais 60 palestinos

Massacre ocorre às vésperas do reconhecimento do Estado palestino por dez países na Assembleia Geral da ONU

Genocídio promovido por Israel destruiu a cidade de Gaza (Foto: Reuters)

247 – Israel intensificou impunemente seu genocídio contra o povo palestino e sua ofensiva contra a Cidade de Gaza e outras áreas da Faixa neste sábado (20), em ataques que mataram ao menos 60 palestinos, segundo autoridades de saúde locais. A informação foi publicada pela agência Reuters. A operação militar incluiu a destruição de túneis subterrâneos e edifícios com armadilhas explosivas, ampliando a devastação em um território já marcado pela fome e pelo deslocamento em massa da população civil.

O massacre ocorre poucos dias antes de um movimento diplomático significativo: dez países, entre eles Austrália, Bélgica, Reino Unido e Canadá, devem reconhecer oficialmente o Estado palestino na segunda-feira (22), às vésperas da abertura da Assembleia Geral da ONU.

Escalada de destruição em Gaza

De acordo com a Reuters, Israel concentrou seus ataques nos bairros de Sheikh Radwan e Tel Al-Hawa, áreas estratégicas para um avanço em direção ao centro e ao oeste da Cidade de Gaza — justamente onde se abriga a maior parte da população que ainda não conseguiu fugir. Estima-se que cerca de 20 edifícios de grande porte foram demolidos apenas nas últimas duas semanas, forçando centenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas.

As forças israelenses alegam que mais de 500 mil pessoas deixaram a cidade desde o início de setembro. Já o Hamas contesta, afirmando que o número não passa de 300 mil e que cerca de 900 mil ainda permanecem em Gaza, incluindo os reféns israelenses.

Hostilidades e crise humanitária

O Hamas divulgou imagens de reféns israelenses, alertando que suas vidas estão em risco diante da agressiva operação militar. A organização também acusa Israel de já ter destruído ou danificado mais de 1.800 prédios residenciais e de ter arrasado mais de 13 mil tendas que abrigavam famílias deslocadas desde agosto.

Segundo autoridades de saúde locais, a ofensiva israelense, em quase dois anos de conflito, já matou mais de 65 mil palestinos, espalhou fome, destruiu grande parte das estruturas civis e forçou sucessivos deslocamentos da população.

Israel, por sua vez, insiste que a crise de fome é exagerada e culpa o Hamas pela situação. O COGAT, órgão militar israelense responsável pelo controle da ajuda humanitária, acusou o grupo de ter atacado equipes da ONU e bloqueado a abertura de uma nova rota de assistência no sul da Faixa. O Hamas rejeitou categoricamente as acusações, responsabilizando milícias armadas protegidas por Israel pelos saques e ataques a comboios de ajuda humanitária.

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...