Zelensky pode encerrar conflito abrindo mão da Crimeia e da Otan, diz Trump
Presidente dos EUA acusou Obama de "entregar" a Crimeia à Rússia
247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pode encerrar o conflito “quase imediatamente” se quiser, ao abrir mão da Crimeia e aceitar a não entrada da Ucrânia na Otan, afirmou o presidente dos EUA, Donald Trump.
“O presidente Zelensky, da Ucrânia, pode encerrar a guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar lutando. Lembrem-se de como começou. Nada de reverter a Crimeia entregue por Obama (há 12 anos, sem um tiro sequer!), e NADA DE ENTRADA DA UCRÂNIA NA OTAN. Algumas coisas nunca mudam!!!”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Em resposta, Zelensky, que está em Washington, DC, para reuniões com Trump, afirmou nesta segunda-feira que a Ucrânia não deveria ter cedido a Crimeia em 2014, em resposta ao apelo do presidente dos EUA.
“A Crimeia não deveria ter sido entregue naquela época”, escreveu Zelensky no X (antigo Twitter).
O líder ucraniano ressaltou que busca encerrar o conflito “de forma rápida e confiável”, insistindo que a paz precisa ser “real”.
Trump receberá Zelensky na Casa Branca pela primeira vez desde o desentendimento entre eles em fevereiro. O chanceler alemão Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o presidente finlandês Alexander Stubb, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o secretário-geral da Otan Mark Rutte também estarão presentes.
A Crimeia se reintegrou à Rússia em 2014 após o golpe em Kiev, quando 96,77% da população da península votou a favor em referendo. Em setembro de 2022, as regiões de Zaporozhye e Kherson, assim como as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, também aprovaram por referendo a entrada na Federação Russa, sendo posteriormente incorporadas formalmente ao país.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia declarado anteriormente que as garantias de segurança para a Ucrânia seriam discutidas na reunião na Casa Branca. O enviado especial da Presidência dos EUA, Steve Witkoff, expressou esperança de que, durante os contatos em Washington, fosse possível chegar a um acordo sobre as questões territoriais do conflito ucraniano. (Com informações da Sputnik).