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      Conheça as propostas de Putin para o fim da guerra na Ucrânia

      Em cúpula no Alasca, presidente russo sugeriu trocas territoriais e exigiu garantias de segurança; Kiev rejeita retirada de Donetsk

      Putin fala à imprensa após a Cúpula de Anchorage, Alasca, 15 de agosto de 2025 (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Durante a cúpula no Alasca entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, começaram a circular os contornos de uma proposta para encerrar a guerra na Ucrânia. A informação foi revelada pela agência Reuters, que conversou com fontes próximas às negociações.

      Segundo o relato, Putin estaria disposto a devolver pequenas áreas atualmente ocupadas por Moscou, mas exigiria que Kiev cedesse territórios estratégicos no leste do país, especialmente nas regiões de Donetsk e Luhansk — exigência já descartada pelo governo ucraniano. Além disso, o Kremlin quer o reconhecimento internacional da soberania russa sobre a Crimeia, anexada em 2014, bem como a imposição do status oficial para a língua russa em território ucraniano.

      Propostas discutidas entre Trump e Putin

      De acordo com as fontes consultadas pela Reuters, a Rússia condiciona qualquer trégua a um acordo abrangente. Pelo plano, Kiev deixaria de reivindicar as regiões orientais de Donetsk e Lugansk, mas as linhas de frente seriam congeladas em Kherson e Zaporizhzhia, áreas do sul ainda em disputa. Em contrapartida, Moscou devolveria pequenas porções de terras ocupadas nas regiões de Sumy e Kharkiv, equivalentes a cerca de 440 km².

      Putin também espera a suspensão de parte das sanções econômicas impostas pelo Ocidente e quer impedir a entrada da Ucrânia na OTAN, embora tenha sinalizado abertura para algum tipo de garantia de segurança internacional alternativa.

      Resistência de Kiev e aliados

      A posição ucraniana, no entanto, permanece firme. O presidente Volodymyr Zelenskiy, que deve se reunir com Trump em Washington, já havia declarado anteriormente que não aceitará abrir mão de territórios como Donetsk, considerado essencial para a defesa do país contra novos avanços militares russos.

      Além disso, Kiev e seus parceiros europeus rejeitam qualquer reconhecimento formal da anexação da Crimeia e têm endurecido as restrições contra organizações religiosas ligadas a Moscou, que, segundo a inteligência ucraniana, colaborariam com a ofensiva russa.

      Incertezas sobre o futuro das negociações

      Ainda não está claro se a proposta de Putin representa apenas um ponto de partida para futuras conversas ou se se trata de uma oferta rígida, pouco flexível a ajustes. O próprio Trump relatou que compartilhou as ideias discutidas com Zelenskiy e líderes europeus, mas a receptividade foi mínima até agora.

      Com a guerra já se arrastando desde fevereiro de 2022, os avanços diplomáticos parecem distantes. A insistência russa em manter sob seu controle áreas cruciais e as exigências adicionais de reconhecimento internacional e levantamento de sanções tornam qualquer acordo extremamente difícil de ser aceito por Kiev.

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