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'Xi teve um momento ruim. Vai ficar tudo bem', diz Trump em meio a tensão comercial com a China

Presidente dos EUA minimiza atrito após tarifas de 100% contra Pequim. Chineses acusam Washington de “ameaça deliberada”

Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jiping, da China (Foto: REUTERS / KEVIN LAMARQUE)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou atenuar neste domingo (12) a escalada da disputa comercial com a China. Em postagem nas redes sociais, ele escreveu: “Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O altamente respeitado presidente Xi apenas teve um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país, e eu também não. Os Estados Unidos querem ajudar a China, não prejudicá-la!".

A declaração foi publicada dias depois de novos atritos. Pequim anunciou na última quinta-feira (9) regras mais rígidas para a exportação de terras raras, minerais estratégicos para a produção de semicondutores, baterias e tecnologias avançadas. Em resposta, Trump comunicou na sexta (10) a imposição de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro, intensificando a guerra comercial conduzida por seu governo.

Reação de Pequim

O Ministério do Comércio da China reagiu duramente ao anúncio da Casa Branca. Em comunicado, classificou a medida norte-americana como uma “ameaça deliberada” e prejudicial ao equilíbrio das relações comerciais bilaterais.

O porta-voz da pasta afirmou que o país “não deseja uma guerra comercial, mas não teme enfrentá-la”. Ele ressaltou que as restrições anunciadas em 9 de outubro fazem parte do aperfeiçoamento do sistema legal de exportações e que estão alinhadas às normas internacionais.

Acusações de "padrões duplos"

Ainda de acordo com o governo chinês, Washington tem usado de forma abusiva o conceito de segurança nacional para justificar sanções unilaterais contra setores estratégicos. A lista de restrições norte-americanas, que supera 3 mil itens, foi comparada à chinesa, que abrange menos de mil.

O porta-voz também criticou a chamada regra de de minimis, que obriga produtos estrangeiros com qualquer componente dos EUA a seguirem as leis norte-americanas. Para Pequim, essa política “prejudica gravemente os direitos legítimos de empresas estrangeiras, desorganiza o comércio internacional e ameaça a estabilidade das cadeias globais de produção e fornecimento”.

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