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União Europeia falha em adotar declaração conjunta sobre cúpula no Alasca

Apenas sete líderes assinaram o comunicado publicado por Ursula von der Leyen, que não endossa a proposta de Donald Trump por um cessar-fogo imediato

Bandeiras da União Europeia tremulam do lado de fora da sede da Comissão Europeia em Bruxelas, Bélgica, em 10 de abril de 2019 (Foto: REUTERS/Yves Herman)

247 – Os países da União Europeia não conseguiram adotar rapidamente uma declaração conjunta a respeito da cúpula entre Rússia e Estados Unidos realizada no Alasca. A informação foi divulgada pela agência russa TASS neste sábado (16). Em vez de uma posição unificada, a liderança do bloco, acompanhada por apenas cinco dos 27 Estados-membros e pelo Reino Unido, publicou um comunicado separado, apresentado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X.

O texto foi assinado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; pelo presidente da França, Emmanuel Macron; pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; pelo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; pelo presidente da Finlândia, Alexander Stubb; pelo primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk; e pelo presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa. No entanto, apesar da reunião extraordinária realizada na manhã de sábado com os embaixadores dos 27 países, não houve consenso para uma declaração em nome de toda a União Europeia.

Diferenças sobre o posicionamento em relação aos Estados Unidos

O comunicado publicado não carrega o título de “declaração da União Europeia”, justamente por não refletir uma posição unânime do bloco. Além disso, o texto evita apoiar a principal tese do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defendeu a necessidade de buscar um acordo de longo prazo sem pré-condições para um cessar-fogo imediato.

Na prática, o documento não traz uma nova proposta de paz, limitando-se a repetir os posicionamentos já conhecidos de Bruxelas: promessas de manutenção do fornecimento de armas e apelos por uma “paz justa”, sem avanços concretos para o fim imediato do conflito.

Repercussões

A ausência de uma posição unificada revela as divisões internas da União Europeia em relação à guerra e às negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos. Enquanto alguns países preferem alinhar-se mais diretamente às propostas da Casa Branca, outros resistem a apoiar um cessar-fogo sem condições, insistindo na continuidade da pressão militar e diplomática sobre Moscou.

Essa fragmentação reforça as dificuldades da União Europeia em agir como ator político coeso no cenário internacional, especialmente em um momento de tensão crescente entre Washington e Moscou.

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