União Europeia e grupos judaicos dos EUA condenam expansão israelense na Cisjordânia e ofensiva em Gaza
UE alerta para risco à solução de dois Estados e organizações acusam Israel de isolar-se globalmente com ações militares
247 - A União Europeia fez duras críticas ao plano do governo de Israel de construir novos assentamentos na chamada área E1, na Cisjordânia ocupada, apontando que a medida contraria o direito internacional e ameaça inviabilizar a solução de dois Estados. Segundo reportou a agência Reuters, o Alto Representante da UE advertiu que a execução do projeto criaria um bloqueio territorial entre o norte e o sul da Cisjordânia, isolando Jerusalém Oriental ocupada e comprometendo qualquer perspectiva de paz duradoura na região.
O posicionamento europeu ocorre em meio a uma escalada de tensões no Oriente Médio, com a expansão das operações militares israelenses em Gaza e o aprofundamento da crise humanitária no território palestino. A iniciativa na área E1, considerada estratégica, é um dos principais obstáculos para a formação de um Estado palestino contíguo e viável.
Paralelamente, organizações judaicas dos Estados Unidos divulgaram uma carta aberta em repúdio às ações de Israel na Faixa de Gaza. Entidades como J Street e New Israel Fund classificaram a ocupação como “moralmente indefensável” e alertaram para as graves consequências da estratégia militar adotada. No documento, as associações afirmam que a ofensiva “colocará em risco os reféns restantes, matará mais civis palestinos e acelerará o isolamento global de Israel”.
As críticas internacionais aumentam a pressão diplomática sobre o governo israelense, que já enfrenta questionamentos de organismos multilaterais e de parte da comunidade judaica no exterior. Para analistas, a combinação entre a expansão de assentamentos na Cisjordânia e a intensificação da ofensiva em Gaza pode ampliar o isolamento político de Israel e dificultar qualquer avanço em negociações de paz.
