Primeiro-ministro palestino denuncia ofensiva israelense e reafirma compromisso com Estado independente

247 - O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, acusou o governo israelense de lançar uma ofensiva militar destinada a impedir a criação de um Estado palestino independente na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. A declaração foi feita durante uma oração especial pela população de Gaza, realizada na Igreja Evangélica Luterana da Esperança, na província de Ramallah. As informações são da agência de notícias oficial palestina Wafa e da Prensa Latina.

Segundo Mustafa, a atual escalada militar de Israel atinge não apenas alvos militares, mas também civis e locais de importância social e cultural. "Tudo o que há está na mira do exército invasor, incluindo igrejas, mesquitas, escolas, hospitais, crianças e mulheres", afirmou, denunciando o impacto devastador sobre a vida da população palestina.

O chefe de governo alertou que a ofensiva não se limita à Faixa de Gaza. "A Cisjordânia e Jerusalém Oriental também estão sob fogo de tropas israelenses", disse, reforçando que a pressão militar é generalizada nos territórios ocupados.

Apesar do cenário de destruição, Mustafa declarou que o governo palestino permanece comprometido com a reconstrução e com o projeto de Estado. "Não deixaremos nosso povo sozinho em Gaza. Reconstruiremos Gaza e estabeleceremos um estado", afirmou. Ele acrescentou que espera o fim da guerra nas próximas semanas para iniciar a recuperação das áreas atingidas, contando com o apoio do Egito e de outros países.

O primeiro-ministro afirmou que está sendo travada uma batalha decisiva. "Isto é uma luta entre o bem e o mal, a ocupação e a liberdade, a destruição e a construção", declarou. Segundo ele, a resistência palestina conta com um apoio internacional crescente diante da nova onda de ataques.

Mustafa também ressaltou a resiliência da população. "Apesar das duras condições, da ocupação e da fome, nosso povo se levantará novamente", disse, transmitindo uma mensagem de esperança e determinação.

A nova ofensiva israelense ocorre em um contexto de intensificação do genocídio e amplia o já grave quadro humanitário na região, que enfrenta destruição de infraestrutura, escassez de alimentos e deslocamento forçado de milhares de famílias palestinas.