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      Trump pede liberação de documentos do grande júri no caso Epstein

      Presidente dos EUA pressiona Departamento de Justiça, gerando tensão com parte de sua base

      Donald Trump e Jeffrey Epstein (Foto: Reuters | Reprodução )

      247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que solicitará à Justiça a liberação dos depoimentos prestados ao grande júri no caso Jeffrey Epstein. A decisão ocorre em meio à insatisfação de parte de sua base de apoiadores, que contestaram um recente relatório do Departamento de Justiça descartando evidências para sustentar antigas versões envolvendo o falecido financista.

      “Com base na quantidade absurda de publicidade dada a Jeffrey Epstein, solicitei à Procuradora-Geral Pam Bondi que apresente todo e qualquer depoimento pertinente ao Grande Júri, sujeito à aprovação do Tribunal. Este GOLPE, perpetuado pelos democratas, deve acabar agora mesmo!”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.

      Pouco depois da declaração de Trump, a procuradora-geral Pam Bondi confirmou em publicação na plataforma X (antigo Twitter) que o Departamento de Justiça está pronto para agir imediatamente. “Presidente Trump, estamos prontos para levar o caso ao tribunal amanhã para tornar públicas as transcrições do grande júri”, afirmou Bondi.

      A ofensiva de Trump visa conter um movimento de descontentamento interno, motivado por apoiadores que esperavam revelações bombásticas no caso Epstein. A pressão aumentou depois que o Departamento de Justiça concluiu, neste mês, que não existem provas que sustentem as diversas teorias levantadas ao longo dos anos sobre os clientes de Epstein e as circunstâncias de sua morte em 2019, em uma prisão federal de Nova York.

      A resposta do governo também parece buscar manter a narrativa de que forças democratas estariam por trás do que Trump chamou de “golpe”, numa tentativa de preservar seu discurso político e seu apoio entre eleitores mais desconfiados do sistema judicial.

      Jeffrey Epstein ganhou notoriedade após ser acusado de comandar uma rede de exploração sexual de menores. As primeiras denúncias vieram à tona em 2006, quando foi preso e posteriormente aceitou um acordo judicial controverso. Em 2019, após nova prisão e novas acusações por conspiração para tráfico sexual, Epstein foi encontrado morto em sua cela — episódio que alimentou especulações sobre assassinato ou encobrimento.

      Nos últimos meses, Pam Bondi vinha sugerindo que faria revelações significativas sobre o caso. “Muitos nomes” e “muitos registros de voo” foram algumas das promessas lançadas publicamente, o que aumentou a expectativa entre os apoiadores mais fiéis de Trump.

      Entretanto, a conclusão oficial do Departamento de Justiça, que descredibilizou tais especulações, provocou reações indignadas de parte do eleitorado trumpista, com alguns exigindo acesso completo aos registros do caso. Diante dessa movimentação, Trump decidiu agir para conter o desgaste.

      A divulgação das transcrições do grande júri, se autorizada, poderá abrir nova fase no debate público sobre o caso Epstein. Especialistas alertam, porém, que esse tipo de material costuma ser protegido por sigilo judicial, justamente para preservar testemunhas e o andamento de investigações sensíveis. Ainda assim, o pedido de Trump coloca pressão sobre o Judiciário e reacende o debate sobre transparência e manipulação política do sistema legal.

      O caso Epstein segue como um tema sensível na política americana, com implicações que vão além das acusações de abuso e tráfico sexual. As conexões do financista com figuras poderosas, incluindo políticos, empresários e celebridades, alimentaram ao longo dos anos uma onda de especulações — algumas com base factual, outras sem qualquer comprovação.

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