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      Trump diz que apenas 'pessoas estúpidas' se importam com os Arquivos Epstein

      Presidente dos EUA ataca críticos dentro do próprio Partido Republicano, mas crescem os questionamentos sobre a ocultação de provas

      Donald Trump e Jeffrey Epstein (Foto: Reuters | Reprodução )


      247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao reagir duramente às críticas de integrantes do próprio Partido Republicano sobre o caso Jeffrey Epstein. Em uma postagem feita nesta quarta-feira (16) em sua rede Truth Social, Trump afirmou que apenas “pessoas estúpidas” continuam cobrando explicações sobre a “lista de clientes” do financista e criminoso sexual, morto em 2019.

      O comentário de Trump veio na esteira da divulgação de um relatório do Departamento de Justiça (DoJ), que afirmou não ter encontrado qualquer lista de clientes relevantes nos arquivos de Epstein, contrariando alegações anteriores feitas pelo próprio presidente. Parte da base republicana e comentaristas conservadores rejeitaram o relatório, acusando o governo de ocultar informações e proteger figuras influentes envolvidas com o bilionário.

      “Deixem esses fracotes seguirem em frente e fazerem o trabalho dos democratas”, escreveu Trump em tom agressivo, referindo-se aos aliados que seguem pressionando por mais informações. Ele concluiu dizendo que não deseja mais o apoio dessas pessoas.

      Mais tarde, durante uma conversa com a imprensa no Salão Oval, Trump voltou a atacar críticos do próprio partido. Disse que a procuradora-geral Pam Bondi poderia divulgar novos arquivos, mas reforçou sua crítica: “Alguns republicanos estúpidos e tolos estão sendo manipulados pelo partido de oposição para manter esse assunto vivo”.

      O presidente americano também já havia se manifestado no sábado (13), quando publicou que a “farsa de Jeffrey Epstein” foi uma invenção dos democratas. Ele expressou frustração com antigos apoiadores que, segundo ele, “acreditaram nessa ‘besteira’, linha, anzol e chumbada”.

      Apesar das declarações categóricas de Trump e do Departamento de Justiça, as dúvidas persistem. Um memorando do DoJ, divulgado na semana passada, afirma que não há qualquer evidência de uma “lista de clientes incriminadora”. No entanto, em fevereiro deste ano, a procuradora Pam Bondi havia dito à Fox News que a lista “estava em sua mesa” — uma contradição que agora alimenta a desconfiança de congressistas e analistas políticos.

      Além disso, o Departamento de Justiça divulgou imagens de vigilância da prisão onde Epstein foi encontrado morto. As imagens, no entanto, mostram apenas uma escada parcialmente visível, sem imagens da cela e com uma lacuna de um minuto — o que muitos consideram insuficiente para comprovar que não houve crime.

      O episódio continua a repercutir fortemente. O bilionário Elon Musk ironizou a situação ao publicar no X (antigo Twitter) uma imagem com os dizeres “Contador oficial de prisões de pedófilos de Jeffrey Epstein”, com o número zero.

      Já o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, cobrou explicações: “Bondi precisa se apresentar e explicar essas contradições”, declarou.

      Outro nome de peso no campo conservador, o ex-estrategista-chefe de Trump, Steve Bannon, alertou que a falta de coesão no Partido Republicano pode ter um preço alto. Segundo ele, essa divisão interna pode custar 40 cadeiras na Câmara nas eleições de meio de mandato de 2026 e até mesmo comprometer a reeleição presidencial republicana em 2028.

      O caso Epstein, que envolve acusações gravíssimas de tráfico sexual e aliciamento de menores para figuras poderosas, continua a ser um dos temas mais sensíveis e controversos da política norte-americana. As dúvidas sobre a morte do financista, somadas à suposta inexistência de provas que ele acumulava, alimentam teorias de conspiração e questionamentos legítimos sobre a integridade do sistema judicial dos EUA.

      Mesmo diante dos esforços do governo para encerrar o assunto, a pressão por transparência deve continuar, principalmente no seio republicano. A insatisfação crescente na base aliada revela um racha que pode influenciar diretamente os rumos eleitorais e institucionais do país nos próximos anos.

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