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Trump busca reaproximação com Catar após ataque israelense em Doha

Presidente dos EUA janta com premiê catariano em Nova York para aliviar tensões e reafirmar apoio à mediação na região

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, participam de uma cerimônia de assinatura em Doha, Catar, em 14 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Brian Snyder)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou jantou em Nova York com o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, na sexta-feira (12). O encontro aconteceu poucos dias após Israel lançar um ataque em Doha contra dirigentes do Hamas, informa o jornal The Times of Israel.

Israel tentou atingir líderes do Hamas em uma operação que compromete negociações apoiadas por Washington para um cessar-fogo em Gaza e a libertação de prisioneiros. A ofensiva foi amplamente condenada no Oriente Médio como um ato que ameaça desestabilizar ainda mais a região.

Encontro reservado em meio à crise

Trump foi acompanhado no jantar por Steve Witkoff, um de seus principais conselheiros e enviado especial dos EUA. O vice-chefe da missão do Catar em Washington, Hamah Al-Muftah, registrou o encontro na rede social X, afirmando: “Ótimo jantar com o presidente dos EUA. Acabou de terminar”.

A Casa Branca confirmou a realização do jantar, mas não forneceu detalhes adicionais. O gesto de aproximação ocorreu horas depois de o premiê do Catar se reunir na sede do governo americano com o vice-presidente JD Vance e o secretário de Estado, Marco Rubio, em uma reunião de cerca de uma hora.

Catar reforça papel de mediador

Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Vance e Rubio agradeceram os “incansáveis esforços de mediação do Catar e seu papel efetivo em trazer paz à região”, classificando Doha como “aliado estratégico confiável dos Estados Unidos da América”.

Na nota, al-Thani enfatizou que “o Estado do Catar tomará todas as medidas para proteger sua segurança e salvaguardar sua soberania diante do flagrante ataque israelense”.

Washington entre pressões

Trump já havia demonstrado insatisfação com a ação de Israel. Em ligação com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e também em declarações públicas, o presidente americano considerou o ataque uma iniciativa unilateral que não contribuiu para os interesses de nenhum dos dois países.

Apesar disso, Marco Rubio viajará a Israel para reuniões com autoridades locais. O Departamento de Estado afirmou que a visita terá como pauta o compromisso dos EUA em combater o reconhecimento de um Estado palestino.

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