<p><b>247 - </b>As discussões para a libertação de prisioneiros mantidos pelo Hamas e o cessar-fogo em Gaza registraram avanços significativos, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump afirmou que o grupo palestino “concordou com coisas importantes” e avaliou que há “boa chance de um acordo” nas negociações mediadas por países árabes.</p>
<p>As informações foram publicadas pelo jornal <i>Haaretz</i>, que destacou o otimismo do mandatário americano diante dos progressos relatados por fontes egípcias e catarinas envolvidas no processo diplomático.De acordo com o canal estatal egípcio <i>Al-Qahera</i>, a primeira rodada de negociações entre o Hamas e os mediadores regionais terminou “com uma nota positiva”. O Egito e o Catar, principais intermediários, estariam trabalhando com ambas as partes para definir um mecanismo de troca de reféns e prisioneiros, uma medida vista como essencial para aliviar as tensões na Faixa de Gaza.</p>
<p>Os encontros, realizados em Sharm el-Sheikh, devem prosseguir nos próximos dias, com a expectativa de consolidar um esboço de entendimento que contemple tanto a libertação de civis quanto o alívio das condições humanitárias na região.</p>
<p>Trump, que tem assumido papel ativo nas conversas e mantém contato direto com lideranças israelenses e árabes, sinalizou confiança na continuidade das tratativas. “Estamos muito próximos de algo bom”, disse o presidente americano, ressaltando o envolvimento dos mediadores egípcios e catarinos como “fundamental para o avanço das conversas”.</p>
<p>As negociações ocorrem no contexto de crescente pressão internacional por uma solução que encerre os confrontos e garanta o retorno seguro dos reféns. Diplomatas envolvidos nas tratativas consideram o atual momento o mais promissor desde o início da guerra, há dois anos.</p>
<p>A expectativa agora é que a nova rodada de reuniões em Sharm el-Sheikh produza um acordo preliminar que possa abrir caminho para cessar-fogo parcial e eventual reabertura de corredores humanitários em Gaza.</p>

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Mundo

Trump afirma que negociações avançam e Egito relata que primeira rodada de negociações foi positiva

<p><b>247 - </b>O ataque aéreo israelense de 9 de setembro contra um bairro residencial em Doha, no Catar, provocou uma reviravolta nas negociações para encerrar a guerra em Gaza. O bombardeio, que mirava líderes do Hamas reunidos para discutir um cessar-fogo, não atingiu seus principais alvos, mas matou civis, entre eles o filho de Khalil al-Hayya, chefe das negociações do grupo palestino.&nbsp;</p>
<p>O episódio, <a href="https://www.nytimes.com/2025/10/03/us/politics/trump-israel-qatar-gaza.html">revelado pelo</a> <i>The New York Times</i>, teve impacto imediato sobre os esforços diplomáticos, enfurecendo mediadores regionais e levando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a pressionar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aceitar um plano de paz.</p>
<p>Até então, Trump vinha dando ampla liberdade a Israel em sua ofensiva contra o Hamas, mesmo diante do crescente isolamento internacional causado pelo alto número de vítimas civis palestinas. Mas a ação em Doha, que atingiu o país mediador mais ativo no conflito, alterou o cálculo político em Washington. Vinte dias depois, Trump e Netanyahu surgiram lado a lado na Casa Branca para apresentar uma proposta que prevê libertação de reféns israelenses, retirada gradual de tropas de Gaza e garantias de permanência da população palestina no território.</p>
<h3>A mudança provocada pelo bombardeio</h3>
<p>O ataque a Doha pegou de surpresa até mesmo aliados de Israel. Jared Kushner, genro de Trump e ex-negociador no Oriente Médio, havia acabado de se reunir com assessores israelenses e catarianos quando foi informado, já após a ofensiva, da ação militar.</p>
<p>Para o governo do Catar, a reação foi de choque. O primeiro-ministro Mohammed bin Abdulrahman al-Thani acusou Israel de <i>“sabotar toda tentativa de criar oportunidades para a paz”</i> e suspendeu temporariamente o papel de seu país como mediador. A indignação entre líderes árabes, somada à fúria de autoridades em Washington, acabou criando uma oportunidade diplomática: com Israel mais isolado, os EUA puderam exigir concessões que antes eram rejeitadas por Netanyahu.</p>
<h3>A pressão de Trump e os limites do acordo</h3>
<p>Trump passou a adotar uma postura de ultimato em relação ao Hamas. <i>“Se este ACORDO FINAL não for alcançado, todo o INFERNO, como nunca visto antes, cairá sobre o Hamas”</i>, declarou em suas redes sociais. A mensagem tinha dupla função: pressionava o grupo palestino a ceder e mostrava a líderes árabes que Washington estava disposto a sustentar militarmente Israel caso o plano fracassasse.</p>
<p>Ainda assim, fissuras surgiram entre países árabes e muçulmanos. No Paquistão, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif elogiou a proposta, mas o chanceler Ishaq Dar foi categórico: <i>“Este não é o nosso documento. Há áreas-chave que precisam ser cobertas”</i>. A divisão expôs as dificuldades de formar um consenso regional em torno de um cessar-fogo abrangente.</p>
<h3>Netanyahu entre recuos e exigências</h3>
<p>As reuniões em Nova York mostraram a resistência de Netanyahu. O premiê buscou remover referências a um Estado palestino e reduzir a profundidade da retirada israelense de Gaza. Porém, com Trump insistindo pessoalmente em ajustes, acabou cedendo o suficiente para permitir o anúncio conjunto na Casa Branca em 29 de setembro.</p>
<p>Antes da cerimônia, Netanyahu foi obrigado a dar um gesto político incomum: ligar ao premiê do Catar e pedir desculpas pelo ataque de setembro, leitura que fez com um tom constrangido, segundo relatos. O gesto foi considerado condição indispensável para manter Doha no jogo diplomático.</p>
<h3>Diplomacia em terreno instável</h3>
<p>O plano de paz, mesmo com adesões parciais, representa um avanço em relação ao impasse que marcou quase dois anos de guerra. Para analistas, como Ned Lazarus, da Universidade George Washington, <i>“unificar nações árabes e muçulmanas em torno de um plano também apoiado por Israel talvez seja o maior êxito diplomático da administração Trump”</i>.</p>
<p>O desfecho, contudo, permanece incerto. Netanyahu conseguiu introduzir ambiguidades que mantêm espaço para manobras militares israelenses, enquanto o Hamas ainda não aceitou todas as condições, sobretudo o desarmamento.</p>
<p>O episódio de Doha revelou, no entanto, como uma ação militar arriscada acabou alterando as engrenagens diplomáticas, forçando até aliados resistentes a considerar uma saída negociada para um conflito que já deixou milhares de mortos e ameaça a estabilidade de toda a região.</p>

Luis Mauro Filho

Fumaça sobe após várias explosões ouvidas em Doha, Catar, 9 de setembro de 2025

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Como o ataque de Israel em Doha levou Trump a forçar Netanyahu em busca de paz em Gaza

<p><b>247 - </b>O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira (29) uma ordem executiva que compromete Washington a garantir a segurança do Catar, consolidando uma promessa feita pelo republicano em viagens recentes à região do Golfo.</p>
<p>De acordo com a <a href="https://edition.cnn.com/2025/10/01/politics/trump-qatar-security-order?Date=20251001&amp;Profile=cnnbrk&amp;utm_content=1759330394&amp;utm_medium=social&amp;utm_source=twitter">CNN</a>, o decreto determina que qualquer ataque armado contra o território, a soberania ou a infraestrutura crítica do Catar será considerado uma ameaça direta à paz e à segurança dos Estados Unidos. O documento ainda prevê que Washington adotará “todas as medidas legais e apropriadas” para defender os interesses de ambos os países, podendo recorrer a ações diplomáticas, econômicas e, se necessário, militares.</p>
<h2>Contexto diplomático</h2>
<p>A decisão foi tomada no mesmo dia em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve em Washington. Durante a visita, Netanyahu pediu desculpas, por telefone, ao premiê do Catar pelo ataque israelense ocorrido em Doha no mês passado. Pouco depois, Trump apresentou ao lado do líder israelense seu novo plano de 20 pontos para a paz em Gaza — que, diferentemente da proposta anterior apresentada a líderes árabes, não contém menção explícita de que Israel se absteria de atacar o Catar.</p>
<h2>Vitória política para Doha</h2>
<p>O decreto representa uma conquista significativa para Doha, que há anos busca garantias mais robustas de segurança junto aos Estados Unidos. Em 2022, o governo de Joe Biden já havia elevado o Catar ao status de aliado importante fora da OTAN, conferindo benefícios em cooperação militar. Além disso, o país abriga a base aérea de Al Udeid, um dos maiores centros militares norte-americanos no Oriente Médio, evidenciando a interdependência estratégica entre as duas nações.</p>
<h2>Promessa reforçada</h2>
<p>Durante sua passagem pelo Catar no início de 2025, Trump já havia declarado publicamente que protegeria o país. Essa declaração ocorreu em meio ao anúncio de cerca de US$ 3 trilhões em compromissos econômicos firmados por Doha e outros Estados do Golfo durante sua viagem. Desde então, o Catar foi alvo de dois ataques — um realizado pelo Irã e outro por Israel —, o que aumentou a pressão por garantias explícitas de defesa.</p>
<h2>Repercussão regional</h2>
<p>A busca por compromissos formais de segurança não é exclusiva do Catar. Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos também vêm pressionando Washington por salvaguardas semelhantes. Riad chegou a negociar um pacto mais abrangente com os EUA ainda no fim do governo Biden, mas nenhum acordo definitivo foi alcançado, tampouco durante a mais recente visita de Trump à região.</p>
<p>A ordem assinada agora coloca o Catar em posição de destaque entre os aliados árabes de Washington e pode redefinir o equilíbrio das alianças no Oriente Médio em um momento de tensão crescente.</p>

Guilherme Levorato

Trump concede coletiva de impresa ao lado de Netanyahu na Casa Branca - 29/09/2025

EUA formalizam garantia de defesa ao Catar em ordem assinada por Trump

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta quinta-feira (18), com o Emir do Catar, xeique Tamim Bin Hamad Al Thani. Segundo o Palácio do Planalto, o contato teve como objetivo manifestar solidariedade ao país árabe após o ataque aéreo realizado por Israel em 9 de setembro contra uma área residencial em Doha.</p>
<p>De acordo com a nota do Planalto, Lula destacou a preocupação de que esse episódio comprometa os esforços conduzidos pelo Catar para a libertação de reféns. O presidente também reiterou sua defesa da criação de um Estado palestino, convivendo em paz e segurança ao lado de Israel, como solução duradoura para o conflito na região.</p>
<h2>Apoio internacional ao Catar</h2>
<p>Durante a ligação, o Emir do Catar agradeceu as manifestações de apoio do Brasil diante do ataque e destacou a importância da Cúpula de Emergência de Países Árabes e Islâmicos, realizada em 15 de setembro. O encontro resultou em uma declaração conjunta de repúdio à ofensiva e de solidariedade ao governo catari.</p>
<p>O diálogo também incluiu agradecimentos de Lula pela decisão do Catar de sediar, em 3 de novembro, em Doha, a primeira Reunião de Líderes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O evento ocorre no âmbito da Segunda Cúpula de Desenvolvimento Social da ONU e, segundo o governo brasileiro, reforça a posição do país árabe como ator central nas articulações internacionais sobre segurança alimentar.</p>
<h2>Convite para COP30 em Belém</h2>
<p>Na parte final da conversa, o presidente Lula convidou Tamim Bin Hamad Al Thani a visitar o Brasil e participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para 2025 em Belém, no Pará. O convite busca fortalecer os laços diplomáticos e ampliar a cooperação entre os dois países em temas estratégicos, como meio ambiente e desenvolvimento sustentável.</p>

Lula telefona para Emir do Catar e presta solidariedade após bombardeio de Israel

<p><b>247 – </b>O <b>Global Times</b>, citando a agência chinesa <b>Xinhua</b>, informou nesta quarta-feira (17) que a China condenou de forma contundente o ataque de Israel ao Catar, tema de um debate urgente realizado na 60ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. A discussão foi convocada a pedido da Organização de Cooperação Islâmica, após a escalada militar israelense contra o território catariano.</p>
<p>Chen Xu, representante permanente da China na ONU em Genebra e em outras organizações internacionais na Suíça, discursou durante a sessão. Em sua fala, ele foi enfático ao afirmar que “<b>o ataque de Israel ao Catar constitui uma violação flagrante da soberania territorial e da segurança nacional do Catar, contraria o direito internacional e a Carta das Nações Unidas e mina os esforços de paz</b>”.</p>
<h2>Condenação chinesa à política de força</h2>
<p>Segundo Chen Xu, a postura israelense ignora princípios básicos das relações internacionais, uma vez que “<b>o respeito à integridade territorial e à soberania de todos os Estados é uma norma fundamental</b>, ainda assim Israel tem desconsiderado esse princípio ao lançar repetidamente operações militares contra países vizinhos”.</p>
<p>O diplomata destacou ainda o papel desempenhado pelo Catar como mediador nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Para ele, Israel “<b>deliberadamente sabotou as conversações de paz ao atacar um país que vinha sendo elogiado pela comunidade internacional por seus esforços em busca de estabilidade</b>”.</p>
<h2>Apelo por negociações e respeito à vida humana</h2>
<p>Chen reforçou que “<b>o abuso da força não é a solução para resolver questões</b>” e apelou a Israel para cessar imediatamente as hostilidades, retomar negociações e cumprir suas obrigações no âmbito do direito humanitário e dos direitos humanos. O representante afirmou ainda que a China está disposta a colaborar com a comunidade internacional na promoção de um cessar-fogo e na redução das tensões regionais.</p>
<p>“<b>A China está pronta para desempenhar um papel construtivo na promoção do cessar-fogo, no fim do conflito e no alívio das tensões no Oriente Médio</b>”, disse Chen.</p>
<h2>Contexto internacional</h2>
<p>O Catar tem sido peça-chave nos esforços diplomáticos para mediar entendimentos entre Israel e o Hamas em Gaza. Sua posição como facilitador foi reiteradamente reconhecida por diversos países e organismos internacionais. O ataque israelense, portanto, não apenas ameaça a estabilidade regional, mas também coloca em xeque iniciativas de paz consideradas cruciais em um momento de intensa crise humanitária.</p>
<p>A declaração chinesa em Genebra se soma a uma série de críticas internacionais à escalada militar de Israel e reforça a narrativa de que o país tem agido de forma unilateral e contrária às normas internacionais.</p>

Redação Brasil 247

Chen Xu, representante da China nas Nações Unidas

Global Times

China condena agressão de Israel ao Catar no Conselho de Direitos Humanos da ONU

<p><a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/cupula-arabe-islamica-promete-resposta-dura-contra-ataques-de-israel/"><b>Opera Mundi </b></a><b>-</b> Líderes do mundo árabe e islâmico desembarcam em Doha, nesta segunda-feira (15/09), para a cúpula de emergência da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), <a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/catar-continuara-mediacao-do-conflito-em-gaza-apos-ataque-israelense/">após os ataques de Israel ao Catar</a> na última terça-feira (09/09).</p>
<p>O encontro trará uma resolução conjunta contra a <a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/catar-pede-resposta-coletiva-de-aliados-apos-ataque-israelense/">ofensiva que matou cinco membros do Hamas e um oficial de segurança do Catar. </a>O ataque ocorreu <a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/catar-confirma-que-hamas-aceitou-cessar-fogo-o-que-preve-acordo-2/">em meio às tentativas de cessar-fogo na Faixa de Gaza</a> e quase atingiu a equipe de negociação que discutia a proposta dos Estados Unidos para encerrar o genocídio do povo palestino.</p>
<p>Neste domingo (14/09), em encontro preparatório para o evento, o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, xeique Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, <a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/catar-pede-resposta-coletiva-de-aliados-apos-ataque-israelense/">condenou com veemência a ação israelense</a> e agradeceu o apoio regional.</p>
<p>“Apreciamos a solidariedade dos países árabes e islâmicos irmãos e das nações amigas da comunidade internacional que condenaram <a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/catar-enterra-vitimas-de-ataque-israelense-e-diz-que-netanyahu-deve-ser-julgado/">este ataque bárbaro de Israel</a>. Expressaram seu total apoio a nós e às medidas legais legítimas que tomaremos para preservar a soberania do nosso país”, disse.</p>
<p>Ele também cobrou uma postura mais firme da comunidade internacional. “É hora de a comunidade internacional abandonar os padrões duplos e responsabilizar Israel por todos os crimes que cometeu”, afirmou, defendendo que a resposta ao ataque seja “firme” e “contundente”.</p>
<p>O xeique catari também acusou Tel Aviv de sabotar as negociações de cessar-fogo em Gaza: “Israel deve saber que a guerra genocida contínua contra o povo palestino, visando transferi-lo à força para fora de sua pátria, não pode ter sucesso, não importa qual justificativa falsa seja apresentada”.</p>
<h2>Resolução</h2>
<p>Segundo a agência catari <a href="https://www.aljazeera.com/news/2025/9/14/doha-secures-arab-islamic-support-after-barbaric-israel-attack-qatar-pm"><i>Al Jazeera</i></a>, entre os participantes da cúpula constam Masoud Pezeshkian (Irã), Joseph Aoun (Líbano), Ahmed al-Sharaa (Síria), Mahmoud Abbas (Autoridade Palestina), Mohamed al-Menfi (Líbia), Recep Tayyip Erdogan (Turquia), Abdel Fattah al-Burhan (Sudão), Emomali Rahmon (Tajiquistão), Rashid Meredov (Turcomenistão), Anwar Ibrahim (Malásia), Hassan Sheikh Mohamud (Somália), Ismail Omar Guelleh (Djibuti) e Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani (Mauritânia).</p>
<p>A Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica apresentarão uma resolução com medidas concretas contra Israel. <a href="https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/catar-enterra-vitimas-de-ataque-israelense-e-diz-que-netanyahu-deve-ser-julgado/">Após os ataques israelenses no Catar,</a> o secretário-geral da OCI, Hissein Brahim Taha, defendeu levar o caso à ONU.</p>
<p>“O terrorismo de Estado em curso contra os povos da região exige que elaboremos uma resolução para a Assembleia Geral da ONU que ponha fim a essas práticas, bem como às violações e crimes contra o povo palestino, e que avance para a solução de dois Estados”, afirmou.</p>
<p>Já Ahmed Aboul Gheit, secretário-geral da Liga Árabe, reforçou que “Israel deve ser responsabilizado por seus crimes de guerra comprovados, incluindo matar civis, provocar fome e expulsar uma população inteira de suas casas”.</p>
<p>Antes de embarcar para Doha, informa a <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/iran-president-urges-muslim-states-to-sever-all-ties-with--i">agência <i>Al Mayadeen</i></a>, o <a href="https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/ira-afirma-que-novo-acordo-com-aeia-refletira-realidade-pos-ataques-de-israel/">presidente iraniano Pezeshkian</a> descreveu os recentes ataques como violações de todas as leis e normas internacionais. “Israel, no curso que está seguindo, não reconhece nenhuma estrutura ou proibição para si mesmo”, afirmou, ao citar Líbano, Síria, Catar, Irã, Iêmen e Iraque, como alvos de recentes ofensivas das forças israelenses.</p>
<p>“O que está encorajando Israel a continuar… é o silêncio, a incapacidade da comunidade internacional de responsabilizá-la”, complementou, ao convocar as nações islâmicas a adotarem medidas práticas, econômicas, culturais e sociais, para cortar todos os laços com Israel.</p>

Leonardo Sobreira

Cúpula de líderes árabes e islâmicos em Doha, no Catar - 15/9/2025  

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Países árabes e islâmicos prometem resposta dura contra os ataques de Israel

<p><b>247 - </b>A Liga dos Estados Árabes anunciou, de forma unânime, “apoio total” político e diplomático ao Catar depois do ataque de Israel contra uma instalação do Hamas em Doha. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (15), durante cúpula realizada na capital do país, segundo a agência italiana Ansa e a emissora árabe Al Jazeera.</p>
<p>O documento aprovado pelos líderes árabes destaca a necessidade de fortalecer a unidade árabe-islâmica em organismos internacionais e busca ampliar a pressão contra o governo de Benjamin Netanyahu.</p>
<h2>Catar pede sanções internacionais contra Israel</h2>
<p>Na abertura da reunião, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Al Thani, defendeu a adoção de sanções pela comunidade internacional. “A comunidade internacional deve parar de aplicar ‘dois pesos e duas medidas’ e punir Israel por todos os crimes que cometeu”, afirmou.</p>
<h3><b>Erdogan cobra isolamento econômico</b></h3>
<p>O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, propôs medidas ainda mais duras contra Tel Aviv, sugerindo o afastamento de Israel de todas as relações comerciais. &nbsp;“No setor econômico, Israel deveria ser deixado de lado”, disse. &nbsp;O líder turco lembrou que Ancara já suspendeu as transações com Israel há um ano e meio e fechou seu espaço aéreo e portos para companhias israelenses.</p>
<p>&nbsp;“O verdadeiro objetivo do governo Netanyahu é continuar o massacre e o genocídio na Palestina e, sem qualquer discriminação, levar toda a região à instabilidade”, acrescentou Erdogan.</p>
<h2>Iraque propõe pacto de defesa coletiva</h2>
<p>O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed al-Sudani, sugeriu que a Liga Árabe estabeleça um pacto de segurança inspirado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Um ataque inimigo é equivalente a uma agressão contra todos nós. Precisamos de uma resposta de segurança coletiva, no estilo da Otan”, declarou.</p>
<h2>Detalhes do ataque em Doha</h2>
<p>O ataque realizado no dia 9 de setembro pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) não atingiu lideranças do Hamas, segundo nota divulgada pelo grupo. No entanto, deixou vítimas civis: o filho do negociador-chefe Khalil al-Hayya, além do chefe de gabinete de um dirigente local, três seguranças e um policial foram mortos. A esposa e a nora de Al-Hayya também ficaram feridas.</p>

Paulo Emilio

O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, fala em uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA em Doha, Catar, em 12 de junho de 2024

Liga Árabe declara "apoio total" ao Catar após ataque de Israel

<p><b>247 -</b> O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, fez um duro pronunciamento contra Israel. Em um discurso televisionado, Al Thani acusou a comunidade internacional de se omitir diante das violações cometidas contra os palestinos, o que, segundo ele, teria “encorajado” a continuidade da violência, informa a agência iraniana IRNA.</p>
<p>As declarações foram feitas em uma reunião preparatória para a cúpula árabe-islâmica que discutirá a ofensiva israelense em Doha, classificada pelo governo catariano como um ataque covarde contra a liderança do Hamas. O premiê ressaltou que seu país seguirá empenhado nos esforços de mediação para encerrar a guerra em Gaza.</p>
<h3><b>Duras críticas ao governo israelense</b></h3>
<p>Durante o discurso, Al Thani afirmou que “Israel deve saber que a contínua guerra genocida contra o povo palestino, com o objetivo de transferi-lo à força para fora de sua terra natal, não pode ter sucesso, não importa qual falsa justificativa seja apresentada”.</p>
<p>Ele também acusou Israel de rejeitar sucessivas propostas de cessar-fogo e de ampliar deliberadamente o conflito. “Chegou a hora de acabar com a duplicidade de critérios e punir Israel por todos os crimes que cometeu, e de que o país saiba que a limpeza étnica cometida contra os palestinos não terá sucesso”, destacou.</p>
<h3><b>Falha internacional e riscos de precedentes</b></h3>
<p>Segundo o primeiro-ministro, a omissão da comunidade internacional fortaleceu Tel Aviv. “Israel só foi encorajado pela falha da comunidade internacional em agir”, afirmou, acrescentando que o ataque “bárbaro” contra Doha representa um precedente perigoso, já que demonstra que o país não respeita “nenhuma linha vermelha”.</p>
<p>No mesmo dia, ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe e da Organização para Cooperação Islâmica (OCI) se reuniram a portas fechadas. De acordo com Al Thani, a cúpula deve condenar a ofensiva e apoiar medidas legais para preservar a soberania do Catar.</p>

José Reinaldo

FILE PHOTO: Qatar's Emir Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani Iraq August 28, 2021. REUTERS/Thaier Al-Sudani

Catar cobra responsabilização de Israel por crimes contra palestinos

<p><b>247 -</b> O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou jantou em Nova York com o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, na sexta-feira (12). O encontro aconteceu poucos dias após Israel lançar um ataque em Doha contra dirigentes do Hamas, informa o jornal <b>The Times of Israel</b>.</p>
<p>Israel tentou atingir líderes do Hamas em uma operação que compromete negociações apoiadas por Washington para um cessar-fogo em Gaza e a libertação de prisioneiros. A ofensiva foi amplamente condenada no Oriente Médio como um ato que ameaça desestabilizar ainda mais a região.</p>
<h3><b>Encontro reservado em meio à crise</b></h3>
<p>Trump foi acompanhado no jantar por Steve Witkoff, um de seus principais conselheiros e enviado especial dos EUA. O vice-chefe da missão do Catar em Washington, Hamah Al-Muftah, registrou o encontro na rede social X, afirmando: <i>“Ótimo jantar com o presidente dos EUA. Acabou de terminar”</i>.</p>
<p>A Casa Branca confirmou a realização do jantar, mas não forneceu detalhes adicionais. O gesto de aproximação ocorreu horas depois de o premiê do Catar se reunir na sede do governo americano com o vice-presidente JD Vance e o secretário de Estado, Marco Rubio, em uma reunião de cerca de uma hora.</p>
<h3><b>Catar reforça papel de mediador</b></h3>
<p>Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Vance e Rubio agradeceram os “incansáveis esforços de mediação do Catar e seu papel efetivo em trazer paz à região”, classificando Doha como “aliado estratégico confiável dos Estados Unidos da América”.</p>
<p>Na nota, al-Thani enfatizou que <i>“o Estado do Catar tomará todas as medidas para proteger sua segurança e salvaguardar sua soberania diante do flagrante ataque israelense”</i>.</p>
<h3><b>Washington entre pressões</b></h3>
<p>Trump já havia demonstrado insatisfação com a ação de Israel. Em ligação com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e também em declarações públicas, o presidente americano considerou o ataque uma iniciativa unilateral que não contribuiu para os interesses de nenhum dos dois países.</p>
<p>Apesar disso, Marco Rubio viajará a Israel para reuniões com autoridades locais. O Departamento de Estado afirmou que a visita terá como pauta o compromisso dos EUA em combater o reconhecimento de um Estado palestino.</p>

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, participam de uma cerimônia de assinatura em Doha, Catar, em 14 de maio de 2025

Trump busca reaproximação com Catar após ataque israelense em Doha

<p><b>247 - </b>O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve se reunir nesta sexta-feira (12) em Nova York com o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani, informou um funcionário da Casa Branca à agência <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-09-12/trump-to-meet-qatari-pm-friday-amid-uproar-over-israeli-strike">Bloomberg</a>. A reunião acontece poucos dias depois de um ataque israelense em Doha, que tinha como alvo líderes do Hamas, e aumentou a tensão entre Washington e um de seus principais aliados no Oriente Médio.</p>
<p>O bombardeio ocorrido na terça-feira (9) expôs fissuras diplomáticas e colocou os Estados Unidos em uma posição delicada. O Catar abriga a maior base militar norte-americana na região e é dono de um dos maiores fundos soberanos do mundo, que já anunciou investimentos bilionários em território norte-americano.</p>
<h2>Trump rompeu com Netanyahu e tentou conter crise</h2>
<p>Após o ataque, Trump adotou uma postura rara de divergência em relação ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O presidente afirmou que a operação não “contribuiu para os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos” e procurou acalmar a indignação do governo catariano. Em declarações nesta semana, ele garantiu que conversou com autoridades de Doha para assegurar que “um incidente desse tipo não voltará a ocorrer em seu território” e disse se sentir “muito mal pelo local escolhido para o ataque”.</p>
<p>Apesar dos esforços, o episódio reverberou em outros países árabes, que aproveitaram a ocasião para condenar a ação israelense e questionar a credibilidade das garantias de segurança oferecidas por Washington. Especialistas avaliam que a crise pode acelerar movimentos regionais de aproximação com outras potências globais, diminuindo a influência norte-americana no Golfo.</p>
<h2>Catar cobra explicações sobre atraso na comunicação</h2>
<p>O premiê Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani afirmou em coletiva de imprensa que os Estados Unidos só informaram seu governo sobre o ataque “dez minutos depois” de o bombardeio já ter acontecido. Trump, por sua vez, disse que tomou conhecimento tarde demais para impedir a ação ou alertar Doha com antecedência.</p>
<h2>Relações bilaterais em jogo</h2>
<p>O encontro desta sexta-feira será o primeiro entre Trump e o chefe de governo catariano desde a visita oficial do presidente norte-americano a Doha, realizada no início deste ano. Na ocasião, o Catar prometeu ampliar em US$ 500 bilhões os investimentos de seu fundo soberano nos EUA.</p>
<p>Além disso, Doha já ofereceu um presente diplomático de grande peso a Washington: um Boeing 747-8 da fabricante norte-americana, considerado uma das maiores doações estrangeiras já recebidas pelo governo dos EUA. Trump chegou a cogitar o uso da aeronave como alternativa temporária ao novo Air Force One.</p>
<p>A expectativa é de que a reunião desta sexta-feira busque recompor os laços e definir compromissos para evitar novos abalos em uma relação considerada estratégica tanto para a segurança quanto para os interesses econômicos dos dois países.</p>

O presidente dos EUA, Donald Trump - 07/08/2025

Trump se reúne com premiê do Catar após ataque israelense a Doha

<p><b>247 - </b>O Ministério da Defesa da Turquia reforçou nesta quinta-feira (11) a necessidade de uma reação firme da comunidade internacional diante das ofensivas de Israel no Oriente Médio. Segundo destacou a agência estatal <a href="https://www.aa.com.tr/en/turkiye/turkiye-rejects-claims-israel-is-targeting-turkish-armed-forces-assets-in-syria/3684605">Anadolu</a>, autoridades turcas classificaram como infundados os rumores de que ativos militares do país na Síria teriam sido alvos de Tel Aviv, mas ressaltaram a gravidade do ataque israelense contra o Catar.</p>
<p>Em coletiva de imprensa em Ancara, o porta-voz do ministério, Zeki Akturk, afirmou que apenas uma mobilização global poderá conter as investidas israelenses.&nbsp;</p>
<h2>Críticas a Tel Aviv e apoio ao Catar</h2>
<p>Ao comentar a ofensiva em Doha, Akturk acusou Israel de ter transformado a violência em política de Estado. O ataque de Israel no Catar prova que Tel Aviv fez do terrorismo uma política de Estado, alimenta-se do conflito e se opõe à paz, disse. O porta-voz acrescentou ainda que a Turquia está plenamente ao lado do Catar.</p>
<h2>Condenação internacional ao ataque em Doha</h2>
<p>Na última terça-feira (9), as Forças de Defesa de Israel anunciaram ter realizado um “ataque preciso” contra lideranças do grupo palestino Hamas na capital catariana. A ação foi amplamente criticada por governos estrangeiros e organizações internacionais, que a consideraram uma afronta direta à soberania do Catar e ao direito internacional.</p>

Ministério da Defesa da Turquia pede mobilização global contra ações de Israel

<p><b>247 -</b> O Irã demonstrou solidariedade ao Catar após o ataque realizado pelo regime israelense em território catariano, qualificando o incidente como uma grave violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.</p>
<p>A manifestação foi feita em uma conversa telefônica entre o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araqchi, e o Ministro das Relações Exteriores do Catar, Muhammad bin Abdulrahman Al-Thani, ocorrida na quarta-feira. De acordo com a informação da HISPANTV, Araqchi ressaltou que o ataque israelense representa um desrespeito flagrante às normas internacionais, pedindo ação imediata de todos os países da região e da comunidade internacional para enfrentar os crimes cometidos pelo regime israelense.</p>
<p>Araqchi criticou duramente a agressão israelense, destacando que a continuação de ações militares do regime de Tel Aviv ameaça a paz e a segurança, não apenas na região do Oriente Médio, mas também em uma perspectiva global. Ele ainda lembrou que o regime israelense é responsável por uma série de violações graves das leis internacionais, como o genocídio em andamento na Palestina, ataques ao Líbano, Síria e Iémen, além da recente agressão contra o Catar. "A ameaça israelense é real e imediata para a segurança regional e internacional", afirmou Araqchi, frisando que é necessário que os países da região se unam de forma prática e coordenada para conter a violência israelense.</p>
<p>Em resposta, o Ministro das Relações Exteriores do Catar, Muhammad bin Abdulrahman Al-Thani, agradeceu ao Irã pelo apoio e solidariedade, destacando a importância da união entre as nações islâmicas frente à “conduta criminosa e ilegal” do regime israelense. Al-Thani reforçou a necessidade de agir de maneira conjunta para enfrentar a agressão israelense e assegurou que o governo do Catar tomará todas as medidas necessárias para garantir a segurança nacional frente a tais ataques.</p>
<p>No dia anterior, o regime israelense havia realizado um ataque aéreo contra uma reunião de líderes do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), em Doha, a capital do Catar. De acordo com relatos, a operação, que foi coordenada com a inteligência dos Estados Unidos, não teve sucesso em eliminar os principais alvos palestinos, mas resultou na morte de seis pessoas. Apesar da sobrevivência dos líderes do HAMAS, o ataque gerou indignação internacional e aumentou as tensões na região.</p>

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