Rubio adverte que guerra na Ucrânia “vai piorar” sem acordo de paz com Moscou
Secretário de Estado dos EUA diz que conflito “está piorando” e defende concessões mútuas; Trump afirma que Kiev deve “fechar o acordo” com a Rússia
247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, fez um alerta direto sobre a guerra na Ucrânia: o conflito “vai piorar” se Kiev não aceitar avançar em negociações de paz com Moscou. Em entrevista à CBS, ele destacou que a guerra já dura mais de três anos e meio sem perspectivas de melhora. “Depois de três anos e meio, esta guerra está piorando, não melhorando. Vai piorar”, declarou. As informações são da RT.
Rubio afirmou que os EUA não pretendem impor condições, mas que a decisão cabe aos ucranianos. “Não há condições que possam ser impostas à Ucrânia… em última instância, cabe aos ucranianos” decidir sobre um acordo com a Rússia, disse. Para o secretário, o fim da violência depende de concessões mútuas. “Para o derramamento de sangue terminar, Ucrânia e Rússia terão de ceder, e ambos devem esperar receber algo em troca.” Ele reconheceu, no entanto, que essas concessões serão difíceis e “desagradáveis”: “Há coisas que a Rússia quer e não pode obter, e há coisas que a Ucrânia quer e não vai obter”.
Trump pressiona por acordo em Anchorage
Após encontro com Vladimir Putin em Anchorage, no Alasca, o presidente Donald Trump afirmou que as negociações estão “bem próximas do fim”, mas ressaltou que qualquer decisão depende de Kiev. “A Ucrânia precisa concordar”, afirmou. Em entrevista à Fox News, ele foi mais incisivo e disse que aconselharia Volodymyr Zelensky a “fechar o acordo” com a Rússia.
Putin, por sua vez, declarou ao lado de Trump que Moscou está “sinceramente interessada em pôr fim” às hostilidades. O Kremlin, no entanto, reforçou a crítica de que a guerra é conduzida como um conflito por procuração do Ocidente contra a Rússia, com o objetivo de “lutar até o último ucraniano”. Moscou também vem alertando que, quanto mais o impasse se prolongar, piores serão as condições para Kiev em um futuro acordo.
(Com informações da RT)