Ramaphosa e Putin discutem guerra na Ucrânia em nova rodada de negociações
Presidente da África do Sul fala com Putin após viagem do líder russo aos EUA e encontro com Donald Trump
247 – O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, terá nesta semana uma conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tratar da guerra na Ucrânia e das iniciativas de mediação para pôr fim ao conflito. A informação foi divulgada pela agência Bloomberg nesta segunda-feira (18).
Segundo Vincent Magwenya, porta-voz da presidência sul-africana, foi Putin quem tomou a iniciativa de propor a chamada e, durante o diálogo, deverá relatar sua recente viagem ao Alasca, onde se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir o conflito.
Ramaphosa ocupa atualmente a presidência rotativa do G20 e tem buscado desempenhar um papel de mediador internacional desde o início da guerra, em 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Ao longo dos últimos anos, ele já manteve contatos com Putin, Trump e também com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a quem reiterou recentemente a necessidade de um cessar-fogo imediato.
Ainda nesta segunda-feira, Zelenskiy deverá se encontrar com Trump em Washington, acompanhado de uma delegação de alto nível da União Europeia, em mais uma rodada de negociações voltada para a busca de soluções diplomáticas.
Mediação sul-africana e impasse humanitário
A África do Sul tem buscado papel ativo nas negociações de paz, inclusive em questões humanitárias. Uma das iniciativas em discussão envolve a devolução de 400 crianças ucranianas levadas pela Rússia durante o conflito. No entanto, Magwenya não detalhou qual poderá ser o papel de Ramaphosa em um eventual novo esforço diplomático.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi procurado pela Bloomberg para comentar o assunto, mas não respondeu de imediato.
Ramaphosa mantém posição de não alinhamento
Desde o início da guerra, o presidente sul-africano vem defendendo uma postura de não alinhamento, recusando-se a apoiar sanções contra Moscou, mas também se colocando aberto ao diálogo com Kiev. Essa posição busca manter a credibilidade do país como interlocutor capaz de dialogar com todos os lados envolvidos.
A expectativa é de que a conversa entre Ramaphosa e Putin ajude a definir os próximos passos da diplomacia internacional diante do prolongamento do conflito, que já ultrapassa três anos sem perspectivas concretas de paz.
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