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Putin define objetivo dos exercícios militares com Bielorrússia

Presidente russo afirmou que as manobras Zapad 2025 incorporaram lições da guerra na Ucrânia e visaram reforçar a defesa das fronteiras

Putin visitou um posto de comando em Mulino, noroeste da Rússia (Foto: Sputnik / Mikhail Metzel)

247 - Os exercícios militares Zapad 2025, realizados em conjunto pela Rússia e pela Bielorrússia, tiveram como propósito central fortalecer a defesa fronteiriça e aplicar aprendizados da guerra na Ucrânia. A informação foi divulgada pelo presidente russo, Vladimir Putin, durante visita a um posto de comando em Mulino, no noroeste da Rússia, informou nesta terça-feira (16) o canal RT.

Putin destacou que as simulações militares serviram para treinar a resposta a possíveis agressões externas em um momento de tensão crescente com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). “O objetivo do exercício é ensaiar todos os elementos necessários para proteger totalmente a soberania, a integridade territorial e a defesa contra qualquer agressão”, afirmou o presidente russo.

Lições da guerra na Ucrânia

De acordo com Putin, os organizadores das manobras militares “incorporaram lições aprendidas na operação militar especial” na Ucrânia, ressaltando que os cenários testados foram construídos com base na experiência em combate recente.

Os números da operação impressionam: segundo o presidente, participaram cerca de 100 mil soldados, 10 mil unidades de equipamentos militares, 333 aeronaves e aproximadamente 250 embarcações navais.

Reações na região

As movimentações militares aumentaram a tensão no Leste Europeu. Na semana passada, a Polônia decidiu fechar a fronteira com a Bielorrússia, classificando os exercícios como “muito agressivos”. Varsóvia também promoveu, no início de setembro, as manobras Iron Defender-25, que mobilizaram 30 mil militares.

Já a Lituânia, outro país vizinho da Bielorrússia, iniciou os exercícios Thunder Strike, voltados para a defesa nacional, também na semana passada.

Relação com a OTAN

Moscou insiste que não pretende atacar nenhum país-membro da OTAN, a menos que seja alvo de agressão direta. Ainda assim, as tensões seguem altas.

No começo de setembro, a Polônia acusou a Rússia de violar seu espaço aéreo com pelo menos 19 drones, o que foi negado por Moscou. Como resposta, a OTAN enviou aeronaves adicionais para reforçar a vigilância nos céus poloneses, em uma clara demonstração de prontidão diante do aumento das atividades militares na região.

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