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Putin condena postura ‘hostil’ dos EUA e emite alerta sobre guerra na Ucrânia

Em tom de crítica, o presidente alertou contra a 'tentativa de pressionar a Rússia'

Presidente russo, Vladimir Putin 23/10/2025 (Foto: Vyacheslav Prokofyev/Sputnik via Reuters)

247 - O presidente Vladimir Putin afirmou nesta quinta-feira (23) que a Rússia nunca se curvará à pressão dos Estados Unidos ou de qualquer outro país. De acordo com o líder russo, as sanções dos EUA são um ato "hostil" e "terão certas consequências, mas não afetarão significativamente nosso bem-estar econômico". O setor de energia da Rússia está confiante, acrescentou o governante do país euroasiático.

"É claro que essa é uma tentativa de pressionar a Rússia. Mas nenhum país que se preze e nenhum povo que se preze jamais decide algo sob pressão", afirmou o presidente.

O presidente russo comentou sobre uma reportagem do Wall Street Journal de que o governo Trump suspendeu uma restrição importante sobre o uso pela Ucrânia de alguns mísseis de longo alcance fornecidos por aliados ocidentais.

Em seu discurso, Putin falou também sobre os comentários do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre mísseis domésticos com alcance de 3.000 km. "Essa é uma tentativa de escalada. Mas se essas armas forem usadas para atacar o território russo, a resposta será muito séria, se não esmagadora. Deixe-os pensar sobre isso".

Rússia e o cenário internacional

  • Poderio militar

A Rússia mantém posição de destaque no contexto global, sendo considerada um dos principais contrapontos à influência dos Estados Unidos nos âmbitos político e econômico. Entre as propostas em discussão pelo governo russo está a criação de uma moeda comum no BRICS, com o objetivo de diminuir a dependência do dólar nas transações financeiras internacionais.

No campo militar, o país liderado por Vladimir Putin ocupa o segundo lugar entre as maiores potências do mundo, registrando índice de 0,0788 em 2024, conforme dados da Global Firepower, que analisou 145 países. Os Estados Unidos aparecem em primeiro, com 0,0744, seguidos por China (0,1184), Índia (0,1184) e Coreia do Sul (0,1656). O Brasil figura na 11ª posição, com pontuação de 0,2415.

A capacidade militar russa tem se evidenciado no conflito em andamento na Ucrânia, onde o país mantém vantagem diante das dificuldades enfrentadas pelos Estados Unidos e pela Europa para garantir apoio mais consistente ao governo ucraniano.

  • Petróleo

No setor energético, os Estados Unidos lideram a produção mundial de petróleo, com 13,6 milhões de barris por dia, seguidos por Arábia Saudita (9,9 milhões) e Rússia (9,7 milhões). Na sequência, aparecem Canadá (4,8 milhões), China (4,4 milhões) e Iraque (3,8 milhões). Os dados são da plataforma Trading Economics. O Brasil ocupa o sétimo lugar, com 3,9 milhões de barris diários, e pode atingir a marca de 5 milhões até 2030.

As estatísticas da plataforma referem-se à produção de petróleo. Já em relação às reservas comprovadas, a Venezuela ocupa o primeiro lugar em 2024, com 300,9 bilhões de barris, segundo o World Atlas. Em seguida aparecem Arábia Saudita (266,5 bilhões) e Canadá (169,7 bilhões).

Na sequência estão Irã (157,8 bilhões), Iraque (150 bilhões), Rússia (103,2 bilhões), Kuwait (101,5 bilhões), Emirados Árabes Unidos (97,8 bilhões), Estados Unidos (48,5 bilhões) e Líbia (48,4 bilhões). O Brasil aparece na 15ª posição, com 16,2 bilhões de barris, o equivalente a cerca de 1% das reservas globais.

Guerra na Ucrânia

A Rússia e a Ucrânia permanecem em guerra. O governo russo se opõe à adesão ucraniana à OTAN. Desde o início da chamada operação militar especial, em 2022, as Forças Armadas da Rússia afirmam ter neutralizado grande parte do arsenal militar ucraniano, conforme informações da agência Sputnik.

O relatório divulgado indica a destruição de 667 aviões, 283 helicópteros e 91.466 drones usados em missões de reconhecimento e ataque. Também foram eliminados 633 sistemas de defesa antiaérea e 25.602 tanques e veículos blindados de combate.

Outros números apontam a destruição de 1.605 lançadores múltiplos de foguetes, 30.683 peças de artilharia e morteiros e 44.481 veículos militares especiais, demonstrando, segundo o levantamento, a dimensão do conflito em curso.

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