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Palestina denuncia Israel por crimes em Gaza e pede ação urgente da comunidade internacional

O Ministério das Relações Exteriores denuncia mortes de civis, fome e destruição em meio ao bloqueio e ofensiva militar

Destruição em Khan Younis, sul de Gaza (Foto: Hatem Khaled / Reuters)

247 -  O Ministério das Relações Exteriores da Palestina emitiu neste domingo (14) uma denúncia contundente contra Israel, acusando-o de cometer crimes graves na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pela agência Prensa Latina e detalha o impacto devastador da ofensiva militar em curso no território.

Segundo o comunicado oficial, a diplomacia palestina responsabiliza Israel pelo assassinato de civis, pela destruição sistemática de infraestrutura essencial e pelo deslocamento forçado de milhares de moradores. O ministério afirma que a estratégia do exército israelense, especialmente na cidade de Gaza, no norte do enclave, busca “destruir a vida” de mais de dois milhões de habitantes, forçando-os a fugir para o sul.

Fome e bloqueio intensificam crise humanitária

As autoridades palestinas também chamaram a atenção para o agravamento da fome em Gaza, resultado direto do bloqueio e daquilo que descrevem como “a destruição sistemática de todas as necessidades da vida”.

O comunicado ressalta que é urgente que a comunidade internacional abandone posturas tradicionais e adote medidas mais ousadas para proteger os civis. “Instamos o mundo a abandonar suas posições tradicionais sobre o assunto e, em vez disso, buscar abordagens mais ousadas para proteger os civis palestinos”, destacou o ministério.

Apoio da ONU e solução de dois Estados

O governo palestino apontou como fundamental a recente aprovação, pela Assembleia Geral da ONU, de uma resolução de apoio à solução de dois Estados. Para a chancelaria, a medida representa uma oportunidade concreta de interromper a guerra, abrir espaço para negociações diplomáticas e permitir iniciativas como a libertação de reféns e prisioneiros.

Números da guerra e impacto devastador

De acordo com os dados apresentados, mais de 64 mil palestinos perderam a vida na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense em 7 de outubro de 2023. A operação militar foi lançada em resposta a um ataque do Movimento de Resistência Islâmica, que deixou cerca de 1.200 mortos em Israel.

A denúncia palestina reacende o debate sobre a urgência de uma solução política e humanitária para o conflito, que segue em escalada sem precedentes.

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