Palestina cobra medidas internacionais urgentes contra Israel
Chanceleria palestina critica sanções insuficientes e pede aplicação de resoluções da ONU para frear genocídio
247 - O Ministério das Relações Exteriores e dos Expatriados da Palestina divulgou nesta segunda-feira (15) uma nota pedindo que a comunidade internacional adote medidas urgentes contra Israel, informa a agência Prensa Latina.
Segundo a chancelaria palestina, embora vários países tenham tomado iniciativas contra “o colonialismo, seus símbolos e associações”, essas ações ainda são insuficientes diante da gravidade da situação. “São necessárias sanções internacionais mais fortes para deter o governo extremista israelense e forçá-lo a pôr fim aos seus crimes contra nosso povo”, afirmou o ministério no comunicado.
Denúncia de crise humanitária em Gaza
O texto condena o regime sioista israelenses por intensificar práticas unilaterais que podem “desencadear uma guerra em todo o Oriente Médio”. Como exemplo, o governo palestino citou o bloqueio financeiro imposto à Autoridade Nacional Palestina, além da fome e do deslocamento forçado de milhares de pessoas na Faixa de Gaza.
A nota também destacou a escalada da violência, mesmo diante de apelos internacionais pela paz, e responsabilizou Israel pela deterioração da situação humanitária.
Apelo às resoluções da ONU
A chancelaria palestina reiterou o pedido para que a comunidade internacional implemente de forma efetiva as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, defendendo a criação de dois Estados como “a única opção realista e viável” para encerrar o conflito.
O posicionamento oficial reforça o chamado de Ramallah para que países intensifiquem a pressão diplomática e econômica sobre Israel, em busca de uma solução política que evite novos desdobramentos de violência na região.
Apoio regional contra novas ofensivas
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, também criticou a inércia global, afirmando que “o silêncio e a inação da comunidade internacional encorajaram Israel a continuar com seus crimes, acreditando que será capaz de executá-los com impunidade”.
Já Hissein Brahim Taha, chefe da OCI, reforçou a importância da unidade regional. “Todos os Estados-membros participantes desta cúpula estão convencidos de que a cooperação árabe-islâmica precisa ser consolidada. Os esforços devem ser uniformes e unidos diante de todos esses desafios”, disse.
A expectativa é de que a cúpula árabe-islâmica resulte em uma posição unificada contra Israel e fortaleça a cooperação diplomática para tentar conter a escalada da violência em Gaza.