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Liga Árabe declara "apoio total" ao Catar após ataque de Israel

Cúpula em Doha cobra sanções contra Israel e sugere isolamento econômico e criação de aliança militar nos moldes da Otan

O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, fala em uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA em Doha, Catar, em 12 de junho de 2024 (Foto: REUTERS/Ibraheem Al Omari/Pool)

247 - A Liga dos Estados Árabes anunciou, de forma unânime, “apoio total” político e diplomático ao Catar depois do ataque de Israel contra uma instalação do Hamas em Doha. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (15), durante cúpula realizada na capital do país, segundo a agência italiana Ansa e a emissora árabe Al Jazeera.

O documento aprovado pelos líderes árabes destaca a necessidade de fortalecer a unidade árabe-islâmica em organismos internacionais e busca ampliar a pressão contra o governo de Benjamin Netanyahu.

Catar pede sanções internacionais contra Israel

Na abertura da reunião, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Al Thani, defendeu a adoção de sanções pela comunidade internacional. “A comunidade internacional deve parar de aplicar ‘dois pesos e duas medidas’ e punir Israel por todos os crimes que cometeu”, afirmou.

Erdogan cobra isolamento econômico

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, propôs medidas ainda mais duras contra Tel Aviv, sugerindo o afastamento de Israel de todas as relações comerciais.  “No setor econômico, Israel deveria ser deixado de lado”, disse.  O líder turco lembrou que Ancara já suspendeu as transações com Israel há um ano e meio e fechou seu espaço aéreo e portos para companhias israelenses.

 “O verdadeiro objetivo do governo Netanyahu é continuar o massacre e o genocídio na Palestina e, sem qualquer discriminação, levar toda a região à instabilidade”, acrescentou Erdogan.

Iraque propõe pacto de defesa coletiva

O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed al-Sudani, sugeriu que a Liga Árabe estabeleça um pacto de segurança inspirado na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Um ataque inimigo é equivalente a uma agressão contra todos nós. Precisamos de uma resposta de segurança coletiva, no estilo da Otan”, declarou.

Detalhes do ataque em Doha

O ataque realizado no dia 9 de setembro pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) não atingiu lideranças do Hamas, segundo nota divulgada pelo grupo. No entanto, deixou vítimas civis: o filho do negociador-chefe Khalil al-Hayya, além do chefe de gabinete de um dirigente local, três seguranças e um policial foram mortos. A esposa e a nora de Al-Hayya também ficaram feridas.

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