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Catar cobra responsabilização de Israel por crimes contra palestinos

Primeiro-ministro catariano afirma que comunidade internacional tem falhado em conter violência israelense

FILE PHOTO: Qatar's Emir Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani Iraq August 28, 2021. REUTERS/Thaier Al-Sudani (Foto: THAIER AL-SUDANI)

247 - O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, fez um duro pronunciamento contra Israel. Em um discurso televisionado, Al Thani acusou a comunidade internacional de se omitir diante das violações cometidas contra os palestinos, o que, segundo ele, teria “encorajado” a continuidade da violência, informa a agência iraniana IRNA.

As declarações foram feitas em uma reunião preparatória para a cúpula árabe-islâmica que discutirá a ofensiva israelense em Doha, classificada pelo governo catariano como um ataque covarde contra a liderança do Hamas. O premiê ressaltou que seu país seguirá empenhado nos esforços de mediação para encerrar a guerra em Gaza.

Duras críticas ao governo israelense

Durante o discurso, Al Thani afirmou que “Israel deve saber que a contínua guerra genocida contra o povo palestino, com o objetivo de transferi-lo à força para fora de sua terra natal, não pode ter sucesso, não importa qual falsa justificativa seja apresentada”.

Ele também acusou Israel de rejeitar sucessivas propostas de cessar-fogo e de ampliar deliberadamente o conflito. “Chegou a hora de acabar com a duplicidade de critérios e punir Israel por todos os crimes que cometeu, e de que o país saiba que a limpeza étnica cometida contra os palestinos não terá sucesso”, destacou.

Falha internacional e riscos de precedentes

Segundo o primeiro-ministro, a omissão da comunidade internacional fortaleceu Tel Aviv. “Israel só foi encorajado pela falha da comunidade internacional em agir”, afirmou, acrescentando que o ataque “bárbaro” contra Doha representa um precedente perigoso, já que demonstra que o país não respeita “nenhuma linha vermelha”.

No mesmo dia, ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe e da Organização para Cooperação Islâmica (OCI) se reuniram a portas fechadas. De acordo com Al Thani, a cúpula deve condenar a ofensiva e apoiar medidas legais para preservar a soberania do Catar.

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