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Israel vai avançar sobre Cidade de Gaza apesar da pressão internacional, apontam mediadores

Catar e Egito admitem dificuldade em conter ofensiva israelense mesmo após Hamas aceitar proposta de cessar-fogo

Ministério da Saúde palestino identificou o homem como Mohammed Halawa, 32, e disse que ele foi baleado por soldados a leste do campo de refugiados de Jabalya; fatalidade deste domingo é a primeira 50 dias após o encerramento em agosto da guerra de Gaza (Foto: Gisele Federicce)

247 - O Catar e o Egito, que atuam como mediadores nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, avaliam que Israel dificilmente recuará em sua ofensiva para tomar a Cidade de Gaza. A informação foi divulgada pelo jornal Haaretz, que ouviu fontes palestinas envolvidas diretamente nas conversas. Mesmo após o Hamas aceitar a mais recente proposta de trégua, os mediadores consideram improvável que consigam impedir a captura da área pelas forças israelenses.

Segundo o Haaretz, os Estados Unidos já deram sinal verde ao plano do governo israelense de assumir o controle da Cidade de Gaza e avançar com a destruição de estruturas estratégicas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve se reunir nesta terça-feira com seu gabinete de segurança para discutir os próximos passos das negociações e os desdobramentos da operação militar.

Pressão diplomática e impasse nas negociações

O Egito e o Catar intensificaram os esforços diplomáticos para convencer Israel a aceitar a proposta de cessar-fogo respaldada pelo Hamas. No entanto, fontes palestinas ouvidas pelo jornal israelense indicam que a avaliação predominante entre os mediadores é a de que Tel Aviv seguirá determinado a impor sua estratégia militar, independentemente da pressão internacional.

Esta será a primeira vez que o gabinete de segurança de Israel se reunirá desde que o Hamas aceitou formalmente a proposta mais recente de cessar-fogo. O encontro também ocorre após Netanyahu aprovar o plano das Forças de Defesa de Israel (FDI) para ocupar a Cidade de Gaza, consolidando o avanço da operação terrestre.

Papel dos Estados Unidos

Os Estados Unidos, principal aliado estratégico de Israel, têm apoiado a postura de Netanyahu no conflito. Ao concordar com a tomada da Cidade de Gaza, Washington reforça a posição israelense, criando novos obstáculos para uma saída diplomática imediata.

Enquanto mediadores tentam manter as negociações vivas, a expectativa de avanço militar na região aumenta a tensão sobre a população civil, que continua exposta a bombardeios e operações de larga escala.

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