Sob bloqueio genocida de Israel, Gaza atinge 281 mortos pela fome, incluindo 114 crianças
Programa Mundial de Alimentos (PMA) confirmou pela primeira vez níveis catastróficos de fome na Faixa de Gaza desde o início do conflito, em 2023
247 - O número total de mortes por desnutrição na Faixa de Gaza, causada pelo bloqueio israelense à entrada de ajuda humanitária, subiu para 281 pessoas, incluindo 114 crianças, informou neste sábado (23) o Ministério da Saúde de Gaza. A reportagem é da agência Sputnik.
“Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde de Gaza registrou oito mortes por fome e desnutrição, incluindo duas crianças. Com isso, o número total de vítimas da fome chega a 281, sendo 114 crianças”, diz o comunicado.
Na sexta-feira, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU confirmou pela primeira vez níveis catastróficos de fome na Faixa de Gaza desde o início do conflito, em 2023. De acordo com a Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) da ONU, há cinco fases de desnutrição, sendo da três à cinco consideradas de privação alimentar severa. A última análise mostra que as condições em Gaza já são suficientes para declarar a categoria mais extrema de fome, disse o PMA. Até o fim de setembro, mais de 640 mil pessoas em todo o enclave palestino enfrentarão níveis catastróficos de insegurança alimentar, classificados como IPC Fase 5.
Após retomar parcialmente as entregas de ajuda humanitária aos palestinos entre 27 de julho e 20 de agosto, Israel permitiu a entrada de 2.187 caminhões no enclave, o que cobre menos de 15% das necessidades da população. Segundo as autoridades de Gaza, a maioria dos caminhões é saqueada com a conivência do Exército israelense. Para atender minimamente às necessidades básicas de alimentos, combustível e medicamentos, seriam necessários ao menos 600 caminhões entrando em Gaza diariamente, estimam.


