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Israel intensifica ataques no sul do Líbano

Ofensiva israelense aumenta tensões na fronteira

Fumaça sobe de Taibeh, após ataques israelenses em resposta a disparos de foguetes transfronteiriços, visto de Marjayoun, no sul do Líbano (Foto: REUTERS/Karamallah Daher)

247 - A região sul do Líbano voltou a ser alvo de fortes bombardeios israelenses neste fim de semana. De acordo com a Sputnik Brasil, Israel afirma que as operações têm como objetivo enfraquecer a atuação do Hezbollah, grupo considerado inimigo histórico e aliado do Irã. Fontes locais relatam que áreas civis também foram atingidas durante a ofensiva.

Ainda segundo a reportagem, os ataques se concentram em vilarejos próximos à fronteira, onde Israel alega que o Hezbollah mantém arsenais e bases de operação. O governo israelense justifica as investidas como parte de sua estratégia de defesa, mas organizações internacionais expressam preocupação com a escalada da violência e o risco de um conflito regional mais amplo.

Os confrontos entre Israel e Hezbollah têm raízes profundas, com episódios marcantes desde a guerra de 2006, que devastou parte do território libanês e deixou milhares de mortos e deslocados. O grupo libanês, apoiado política e financeiramente pelo Irã, é classificado por Israel e por vários países ocidentais como uma organização terrorista.

Analistas ouvidos pela Sputnik Brasil lembram que a ofensiva atual ocorre em meio a um cenário de instabilidade no Oriente Médio, agravado pelas disputas geopolíticas envolvendo Estados Unidos e Irã. Para especialistas, os bombardeios podem servir como demonstração de força do governo israelense diante das crescentes pressões internas e externas.

A intensificação dos ataques reacendeu alertas na ONU e entre organizações humanitárias. Há temor de que o confronto se transforme em uma guerra aberta, especialmente se houver envolvimento direto de outros atores regionais.

Enquanto Israel sustenta que está agindo para conter ameaças à sua segurança nacional, autoridades libanesas denunciam violações da soberania e pedem mobilização internacional para cessar os bombardeios. Diplomatas consultados pela reportagem reforçam que qualquer prolongamento da ofensiva poderá comprometer as negociações de paz já fragilizadas na região.

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