Líder do Hezbollah diz que o Líbano deve recuperar a soberania e rejeita desarmamento da Resistência
Naim Qassem defende manutenção das armas da Resistência, critica a interferência dos EUA e conclama mobilização social para restaurar a soberania libanesa
247 - O xeique Naim Qassem, dirigente do Hezbollah, afirmou que as crises internas do Líbano só serão solucionadas com a plena restauração da soberania nacional e rechaçou qualquer proposta de desarmamento do movimento. As declarações foram feitas em discurso na segunda-feira (25) e publicadas pelo portal Al Mayadeen.
Qassem responsabilizou os Estados Unidos por pressionar instituições libanesas e por tentar “impedir as armas que protegem a pátria, sua segurança e soberania”. O líder enalteceu o papel histórico da Resistência no enfrentamento a ameaças externas, argumentando que a preservação do arsenal é uma condição de sobrevivência para o país
No trecho mais contundente do discurso, Qassem declarou que não há margem para discutir a entrega de armamentos da Resistência, nem mesmo de modo gradual, enquanto a outra parte não cumprir obrigações assumidas. Para ele, a tentativa de desmantelar o arsenal do Hezbollah equivaleria a privar o movimento de sua “própria alma”. Ao comentar o risco de agressões, lançou um aviso direto: “Israel pode ocupar, matar e destruir, mas o Hezbollah o confrontará”.
O dirigente afirmou ainda que mais da metade da população libanesa apoia a Resistência, a qual descreveu como um pilar de defesa nacional e dignidade. Em sua avaliação, o papel do movimento tornou-se ainda mais crucial diante do aumento da interferência estrangeira