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      Em carta, 500 funcionários da ONU exigem que situação em Gaza seja reconhecida como genocídio

      Documento interno pressiona entidade a assumir posição clara diante da crise humanitária

      Palestinos em abrigo na Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza (Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas)
      Bianca Penteado avatar
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      247 – Mais de 500 funcionários das Nações Unidas assinaram uma carta na qual cobram que a organização reconheça oficialmente a situação em Gaza como genocídio. A informação foi relatada pelo colunista Jamil Chade, do UOL, que obteve acesso ao documento enviado nesta semana ao alto comissário da ONU.

      No texto, os signatários expressam “profunda frustração com a escala, o alcance e a natureza das violações relatadas e seu impacto sobre os civis, especialmente mulheres e crianças”. Eles afirmam que a hesitação do Escritório da ONU em caracterizar juridicamente os acontecimentos ameaça a credibilidade da instituição como liderança global em direitos humanos.

      Os funcionários ressaltam que, com base em relatórios extensos produzidos por mecanismos internos da ONU e por especialistas independentes, a situação em Gaza cumpre os elementos estabelecidos pela Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. Segundo a carta, os dados coletados registram diariamente mortes em massa de civis, destruição generalizada, fome forçada e deslocamentos populacionais.

      Para os signatários, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos tem uma "forte responsabilidade legal e moral de denunciar atos de genocídio". O grupo de funcionários ainda fez três apelos centrais à direção:

      Caracterização jurídica – Declarar explicitamente que os fatos em Gaza configuram genocídio, conforme previsto na Convenção internacional.

      Reconhecimento do atraso – Reconhecer a preocupação com a demora em adotar uma posição clara e pública sobre a situação em Gaza.

      Prevenção e embargo de armas – Pressionar governos e entidades a suspenderem vendas e transferências de armamentos, bem como o apoio logístico e financeiro a Israel, por representarem violações ao direito internacional.

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