Irã institui Conselho de Defesa para reforçar prontidão militar
Órgão será presidido por Masoud Pezeshkian e contará com líderes dos Três Poderes, Forças Armadas e ministérios estratégicos
247 - O governo do Irã anunciou a criação do Conselho de Defesa Nacional, órgão que terá como principal missão coordenar estratégias e ampliar a capacidade de resposta das Forças Armadas diante de ameaças externas. A informação foi divulgada neste domingo (3) pelo Secretariado do Conselho Supremo de Segurança Nacional, o principal órgão de segurança do país.
O novo conselho será presidido pelo presidente Masoud Pezeshkian e contará com a participação dos chefes dos três poderes da República Islâmica, dos principais comandantes militares e de ministros ligados à área de segurança e defesa, informa a Telesur. O Conselho começará a funcionar nos próximos dias, consolidando-se como uma instituição única no aparato de defesa iraniano.
O anúncio ocorre pouco mais de um mês após os ataques contra Israel, em um contexto de crescente tensão regional. O Conselho terá como tarefa central “estudar planos de defesa e melhorar as capacidades das forças armadas do país para responder a ameaças futuras”, segundo nota oficial do Secretariado.
No dia 2 de agosto, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major-general Abdolrahim Mousavi, declarou que o Irã está executando um plano abrangente de prontidão militar, com ações de curto, médio e longo prazo. “Essa abordagem também deve ser aplicada aos setores civis, com o objetivo de fortalecer a infraestrutura nacional”, afirmou.
Em pronunciamento no domingo, o comandante-chefe do Exército, general Amir Hatami, alertou que Israel “não deve ser subestimado”. Hatami ressaltou que o país continua em alerta: “A ameaça de Israel não está encerrada”, disse, acrescentando que o poder de mísseis e drones do Irã “permanece forte e pronto para novas operações”.
A criação do Conselho de Defesa Nacional evidencia a intenção de Teerã de elevar o grau de integração entre os diferentes setores do Estado e de consolidar sua capacidade estratégica diante do cenário de instabilidade no Oriente Médio.
