CGTN – O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, concedeu uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês), durante sua visita à China para participar da cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS). Esta visita marca a primeira viagem oficial do presidente Pezeshkian à China desde sua eleição em julho do ano passado. Ele destacou que a visita é uma excelente oportunidade e valorizou a Iniciativa de Governança Global, proposta pela China, que enfatiza o fortalecimento dos intercâmbios intergovernamentais, defende o respeito mútuo à soberania e à integridade territorial, e insiste que todos os países sejam tratados com igualdade. O presidente iraniano ressaltou que espera ver essas visões transformadas em ação para construir um mundo pacífico, seguro, estável, justo e equitativo, e afirmou que o Irã trabalhará com a China para combater o unilateralismo e a política de poder.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250921100920_20ed3496497b06b8985e5a3afd7a278996a11228f73951a4377bd3ff909dfb42.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250921100920_20ed3496497b06b8985e5a3afd7a278996a11228f73951a4377bd3ff909dfb42" data-rendition-name="original" width="1920" height="1080" loading="lazy" alt="Presidente do Irã concede entrevista exclusiva ao CMG"></figure>  Em relação à proposta dos Estados Unidos, que exigiu que o Irã abandonasse completamente o enriquecimento de urânio, Pezeshkian salientou que se trata da lógica hegemônica. “Os Estados Unidos querem impor isso através de intimidação. Eles bombardearam nossas instalações nucleares e têm poder militar. Mas nós, iranianos, temos ideias, capacidades e habilidades. Construiremos nosso país com determinação. Eles não podem negar os direitos conferidos pelo direito internacional aos países, nem privar as nações de desenvolver tecnologia de forma pacífica”, completou o presidente iraniano.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250921100920_afbd350761cce69eb4f9f3ac9e7a34d6ba22efcc46d7a1dcc99fb26d2a347999.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="20250921100920_afbd350761cce69eb4f9f3ac9e7a34d6ba22efcc46d7a1dcc99fb26d2a347999" data-rendition-name="original" width="1920" height="1080" loading="lazy" alt="Presidente do Irã concede entrevista exclusiva ao CMG"></figure>  Destacou, ainda, que os países da região e todos que buscam justiça não devem se curvar ao hegemonismo e que nenhum povo que preze a liberdade se submeterá à força bruta. Na entrevista, Pezeshkian também apontou que os fatores cruciais para alcançar a paz e a estabilidade no Oriente Médio são a cooperação solidária entre os países, o respeito à integridade territorial e a promoção de colaboração mútua. Ele afirmou que devemos reconhecer que qualquer nação, independentemente de status, poder ou riqueza, tem direito à sua cultura e costumes, e pode cooperar com outras no comércio, na indústria, na inteligência artificial e nas áreas digitais. Segundo o presidente, a Iniciativa de Governança Global contribui para a solução, assim como o cumprimento do direito internacional. “Precisamos nos sentar juntos e criar um sistema que não viole os direitos e que permita o apoio mútuo e a solução de problemas. Podemos gerar oportunidades e ampliar intercâmbios. Essa, em vez da política de poder, do hegemonismo ou do bullying, é a lógica clara para o desenvolvimento global", completou o presidente Pezeshkian. Fonte: CMG

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China

Presidente do Irã concede entrevista exclusiva ao CMG

247 - O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã decidiu neste sábado (20) suspender a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) após a votação sobre sanções contra Teerã em razão de seu programa nuclear, realizada durante recente reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Teerã afirma que não está atualmente envolvido em nenhuma atividade nuclear, incluindo o enriquecimento de urânio.
“Entre outras questões, foram discutidas as medidas impensadas de três países europeus [na reunião do Conselho Supremo de Segurança Nacional] e, apesar da cooperação do Ministério das Relações Exteriores com a AIEA e dos projetos para resolver essa questão, a cooperação com a AIEA será suspensa devido às ações desses países europeus”, diz o comunicado, citado pela emissora estatal IRIB.
O Conselho de Segurança iraniano não especificou o período em que a cooperação ficará suspensa.
Mais cedo, na sexta-feira (19), o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar um projeto de resolução que teria prorrogado o alívio das sanções ao Irã previsto no acordo nuclear de 2015, enquanto países ocidentais pressionam pela retomada das sanções da ONU contra a república islâmica até o fim deste mês.
Contudo, em 28 de agosto, França, Alemanha e Reino Unido, também conhecidos como países do "E3" notificaram o Conselho de Segurança da ONU sobre a ativação do chamado mecanismo de “snapback” para restaurar as sanções da ONU contra Teerã. A medida desencadeou um período de 30 dias para a busca de uma solução diplomática antes da possível reinstauração das sanções.
Ainda na sexta, o Ministério das Relações Exteriores iraniano afirmou que os países do E3 abusaram do mecanismo de restauração de sanções contra Teerã, o que é ilegal.&nbsp;
Teerã ressaltou que reserva-se o direito a uma resposta adequada e destacou que, no caso de restauração das sanções internacionais contra o Irã, a responsabilidade pelas consequências recairá sobre os Estados Unidos e os três países europeus que iniciaram o processo de restabelecimento das sanções.&nbsp;
<h2>Aliados do Irã</h2>
China, Rússia, Paquistão e Argélia se manifestaram a favor da manutenção da suspensão das sanções impostas ao Irã por causa de seu programa nuclear, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, informou neste sábado o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. (Com informações da Sputnik).

Leonardo Sobreira

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Mundo

Irã suspende cooperação com AIEA após sanções ocidentais

247 - O Irã continua comprometido com a diplomacia, mas suas ações futuras dependerão inteiramente da decisão sobre a reimposição de sanções, afirmou nesta sexta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh. O relato saiu na Sputnik.
Segundo ele, o Irã enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, declarando que os países europeus não têm base legal para recorrer ao mecanismo de “snapback”.
“Os europeus estão atualmente abusando desse mecanismo para avançar seus objetivos políticos. A resposta do Irã dependerá inteiramente do que ocorrer. Continuamos acreditando que a janela da diplomacia permanece aberta. Estamos comprometidos com a diplomacia. Não pode haver resposta militar para essa disputa, e acreditamos que maiores êxitos podem ser alcançados por meio da diplomacia a partir de agora”, disse Khatibzadeh a jornalistas.

Leonardo Lucena

Saeed Khatibzadeh, porta-voz da Chancelaria iraniana

Irã reafirma compromisso com a diplomacia, mas futuras ações dependem de decisão sobre sanções, diz Teerã

247 - O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu adotar um projeto de resolução que prorrogaria o alívio das sanções contra o Irã no âmbito do acordo nuclear de 2015, enquanto países ocidentais pressionam pelo restabelecimento das sanções da ONU contra a república islâmica até o fim do mês, informou nesta sexta-feira (19) um correspondente da RIA Novosti. A informação foi publicada pela Sputnik.&nbsp;
Rússia, China, Paquistão e Argélia votaram a favor da resolução. Estados Unidos, Reino Unido, França, Serra Leoa, Eslovênia, Dinamarca, Grécia, Panamá e Somália votaram contra, enquanto Guiana e Coreia do Sul se abstiveram.
O projeto, apresentado pela Coreia do Sul, que ocupa a presidência rotativa do Conselho em setembro, buscava estender o alívio das sanções em conformidade com a Resolução 2231 (2015) do Conselho de Segurança.
Durante a reunião que antecedeu a votação, a missão da China junto à ONU declarou que “nessas circunstâncias, apressar a votação do projeto de resolução pode agravar a confrontação”.
Em 28 de agosto, França, Alemanha e Reino Unido — também conhecidos como países do E3 — notificaram o Conselho de Segurança da ONU sobre o acionamento do mecanismo de “snapback” para restaurar as sanções contra Teerã. A medida abriu um período de 30 dias para alcançar uma solução diplomática antes da possível retomada das sanções da ONU.
A Rússia, por sua vez, argumenta que o E3 não tinha base legal para ativar o mecanismo de snapback contra o Irã.

Conselho de Segurança da ONU não aprova resolução para prorrogar alívio das sanções ao Irã

247 - O presidente do Irã, Masud Pezeshkian, declarou que a aliança estratégica entre Teerã e Moscou representa o fim da era do unilateralismo. A declaração foi feita durante um encontro com o ministro da Energia da Rússia, Sergei Tsivilev, em Teerã, informa a rede HispanTV.
Pezeshkian destacou que o modelo de cooperação entre países independentes, como Irã e Rússia, fortalece o caminho rumo ao desenvolvimento sem dependência de potências externas. “Seremos capazes de liderar nossos países rumo ao desenvolvimento e ao progresso sem a necessidade ou dependência de poderes unilaterais”, afirmou o presidente iraniano.
Compromissos bilaterais
Durante a reunião, Pezeshkian ressaltou que Teerã está determinado a cumprir integralmente os acordos já firmados com Moscou nas áreas de transporte, energia e infraestrutura. O líder iraniano pediu ainda que ministros e especialistas de ambos os países acelerem os trabalhos para transformar os compromissos em resultados concretos.
“A República Islâmica do Irã está seriamente comprometida em implementar acordos bilaterais... Não há obstáculos à cooperação Teerã-Moscou ou à implementação de acordos mútuos”, enfatizou Pezeshkian.

José Reinaldo

Os presieentes Putin (Rússia) e Pezeshkian (Irã)

Presidente do Irã afirma que aliança com Rússia marca o fim do unilateralismo

247 - O Irã, em conjunto com aliados estratégicos, apresentou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) um projeto de resolução que proíbe ataques contra instalações nucleares. A medida tem como objetivo defender a integridade do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e fortalecer garantias internacionais de segurança.Segundo a reportagem da Hispan TV, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baqai, anunciou na rede social X que o documento foi elaborado em parceria com China, Rússia, Venezuela, Nicarágua e Bielorrússia. O texto estabelece que todos os países devem se abster de qualquer forma de ataque ou ameaça contra locais nucleares submetidos às salvaguardas da AIEA.
<h3>Defesa do direito à energia nuclear pacífica</h3>
Baqai ressaltou que a iniciativa reafirma “o direito inalienável de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos” e exige “garantias efetivas contra qualquer ataque ou ameaça de ataque”. O porta-voz também destacou que a proposta responde a ataques recentes contra instalações nucleares iranianas, realizados por Israel e pelos Estados Unidos.
“Esses princípios devem ser respeitados. É hora de a comunidade internacional agir firmemente para impedir a normalização da ilegalidade”, declarou Baqai.
<h3>Ataques e tensões internacionais</h3>
De acordo com o relato, em 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva contra o Irã que resultou na morte de mais de mil pessoas, incluindo cientistas nucleares e civis. Dias depois, os Estados Unidos intensificaram o conflito ao bombardear três instalações nucleares pacíficas sob supervisão da AIEA, em violação à Carta da ONU e ao TNP.
Em resposta, Teerã lançou a Operação True Promise III, considerada uma das maiores ofensivas militares de sua história. O Irã disparou centenas de mísseis e drones contra alvos israelenses em territórios ocupados e contra a maior base norte-americana na região, o que levou à imposição de um cessar-fogo em 24 de junho.
<h3>Pressão diplomática e críticas à AIEA</h3>
O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohamed Eslami, já havia denunciado o que chamou de “dois pesos e duas medidas” da AIEA diante do ataque israelense. Ele pediu que a agência adote uma legislação internacional clara para proibir agressões contra instalações nucleares protegidas.
A resolução apresentada agora busca consolidar esse movimento diplomático, garantindo que episódios semelhantes não se repitam e reforçando a necessidade de proteção a programas nucleares pacíficos em todo o mundo.

Irã e aliados apresentam resolução para impedir ataques a instalações nucleares

247 - O governo iraniano advertiu que qualquer ação hostil contra suas instalações nucleares resultará na suspensão imediata do acordo de cooperação recentemente firmado com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A informação foi divulgada neste domingo (14) pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, em comunicado citado pela rede HispanTV.
Segundo a emissora, o ministro das Relações Exteriores, Seyed Abbas Araqchi, assinou na última terça-feira (10) um novo pacto com a AIEA, ressaltando que o país busca demonstrar responsabilidade e compromisso, mesmo após os ataques realizados em junho por Israel e pelos Estados Unidos contra a infraestrutura nuclear iraniana. “O Irã jamais cederá em relação à sua soberania, direitos ou segurança”, declarou Araqchi. Ele acrescentou que, apesar das “ações ilegais”, Teerã mantém a disposição de cooperar com a agência internacional.
<h3>Conselho de Segurança define condições para cooperação</h3>
O comunicado oficial esclarece que o texto do acordo foi avaliado pelo Comitê Nuclear do Conselho Supremo de Segurança Nacional e que corresponde integralmente ao que foi aprovado pelo colegiado. A nota também destaca que qualquer relatório sobre os danos causados pelos ataques de junho será entregue à AIEA somente após revisão e autorização do próprio Conselho.
Ainda de acordo com o órgão, todos os métodos de cooperação entre o Irã e a agência deverão ser formalmente aprovados pelas instâncias de segurança iranianas. Caso países ocidentais ativem mecanismos como o snapback — que prevê a retomada automática de sanções —, Teerã suspenderá de imediato a aplicação do acordo.

Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi - 18/04/2025

Irã alerta que suspenderá cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica diante de medidas hostis

247 - O Irã demonstrou solidariedade ao Catar após o ataque realizado pelo regime israelense em território catariano, qualificando o incidente como uma grave violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
A manifestação foi feita em uma conversa telefônica entre o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araqchi, e o Ministro das Relações Exteriores do Catar, Muhammad bin Abdulrahman Al-Thani, ocorrida na quarta-feira. De acordo com a informação da HISPANTV, Araqchi ressaltou que o ataque israelense representa um desrespeito flagrante às normas internacionais, pedindo ação imediata de todos os países da região e da comunidade internacional para enfrentar os crimes cometidos pelo regime israelense.
Araqchi criticou duramente a agressão israelense, destacando que a continuação de ações militares do regime de Tel Aviv ameaça a paz e a segurança, não apenas na região do Oriente Médio, mas também em uma perspectiva global. Ele ainda lembrou que o regime israelense é responsável por uma série de violações graves das leis internacionais, como o genocídio em andamento na Palestina, ataques ao Líbano, Síria e Iémen, além da recente agressão contra o Catar. "A ameaça israelense é real e imediata para a segurança regional e internacional", afirmou Araqchi, frisando que é necessário que os países da região se unam de forma prática e coordenada para conter a violência israelense.
Em resposta, o Ministro das Relações Exteriores do Catar, Muhammad bin Abdulrahman Al-Thani, agradeceu ao Irã pelo apoio e solidariedade, destacando a importância da união entre as nações islâmicas frente à “conduta criminosa e ilegal” do regime israelense. Al-Thani reforçou a necessidade de agir de maneira conjunta para enfrentar a agressão israelense e assegurou que o governo do Catar tomará todas as medidas necessárias para garantir a segurança nacional frente a tais ataques.
No dia anterior, o regime israelense havia realizado um ataque aéreo contra uma reunião de líderes do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), em Doha, a capital do Catar. De acordo com relatos, a operação, que foi coordenada com a inteligência dos Estados Unidos, não teve sucesso em eliminar os principais alvos palestinos, mas resultou na morte de seis pessoas. Apesar da sobrevivência dos líderes do HAMAS, o ataque gerou indignação internacional e aumentou as tensões na região.

Irã manifesta apoio ao Catar e pede medidas contra crimes de Israel

247 - O Irã sedia desde esta semana a 39ª Conferência Internacional da Unidade Islâmica, de acordo com informações divulgadas pela HispanTV. O encontro, que se estende por três dias, ocorre por ocasião da “semana da unidade”, celebrada em referência ao nascimento do Profeta Maomé, símbolo da fraternidade entre diferentes tradições islâmicas.
Na abertura do evento, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, destacou a necessidade de fortalecer a união entre os povos muçulmanos diante das pressões externas. Segundo ele, crimes praticados por potências arrogantes, em especial Estados Unidos e Israel, têm violado direitos fundamentais de nações e provocado a morte de civis inocentes.
<h3>Presença internacional e produção acadêmica</h3>
A conferência conta com a participação de mais de 80 convidados internacionais e 210 representantes nacionais. No total, foram submetidos 392 artigos acadêmicos, dos quais 148 foram aceitos para apresentação durante o encontro. O volume de trabalhos reflete o interesse em ampliar o debate sobre a unidade islâmica em diferentes contextos sociais, políticos e religiosos.
<h3>Mensagens centrais do evento</h3>
Os organizadores e participantes ressaltam que a fraternidade entre muçulmanos deve ser praticada não apenas em discursos, mas também em ações concretas. A defesa é de que a união efetiva da comunidade islâmica seria a chave para neutralizar qualquer tentativa de semear discórdia e divisão por parte de forças externas.
A conferência se consolida, assim, como um espaço de reflexão sobre os principais desafios da ummah muçulmana e busca reforçar os laços entre diferentes seitas e correntes religiosas, mantendo o foco na resistência frente às pressões internacionais e na construção de um caminho comum.

Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, discursa durante reunião em Ilam, no Irã - 12/06/2025 

Irã recebe a 39ª Conferência Internacional da Unidade Islâmica

247 - Em reunião realizada neste domingo em Teerã, o líder da Revolução Islâmica, Aiatolá Ali Khamenei, afirmou que a única forma de enfrentar os “crimes e catástrofes” cometidos por Israel em Gaza é cortar laços políticos e comerciais com o regime sionista. As declarações foram publicadas pela emissora HispanTV, que acompanhou o encontro entre Khamenei, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian e membros do governo.
Segundo o aiatolá, Israel encontra-se em “isolamento internacional” e deve ser ainda mais pressionado pela comunidade internacional. “Os países que protestam, em particular os Estados muçulmanos, devem cortar completamente suas relações comerciais e até políticas com o regime sionista e isolá-lo”, declarou Khamenei. Ele destacou ainda que “uma das principais linhas da nossa diplomacia também deve ser encorajar os governos a romper laços comerciais e políticos com esse regime criminoso”.

Líder do Irã pede que países islâmicos rompam relações com Israel

247 - Nesta quarta-feira, 3 de setembro, um grupo de 60 parlamentares iranianos fez um apelo formal ao Ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, solicitando a retirada do país do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e a rejeição das negociações com os Estados Unidos e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A medida foi apresentada em meio ao crescente embate político envolvendo o Irã e as potências europeias, que ameaçam impor novamente sanções internacionais, um ato que se refere a um mecanismo do acordo nuclear de 2015.
De acordo com informações da Telesur, o projeto de lei proposto pelos legisladores visa garantir a retirada do Irã do TNP caso o Reino Unido, França e Alemanha, também conhecidos como E3, ativem o mecanismo "snapback". Esse mecanismo de sanções foi suspenso em 2015, quando o país assinou o acordo nuclear, conhecido como Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA). A iniciativa foi desencadeada após a notificação feita pelos três países ao Conselho de Segurança da ONU, no dia 28 de agosto, de que poderiam restabelecer as sanções contra o Irã, alegando descumprimento das condições estabelecidas no acordo.
Jean-Noël Barrot, ministro das Relações Exteriores da França, declarou no último sábado, 30 de agosto, que o E3 está disposto a adiar a reativação das sanções, caso o Irã atenda a determinadas condições. Segundo o ministro francês, "Exigimos que Teerã retome as negociações com os Estados Unidos para chegar a um novo acordo nuclear". No entanto, a posição do governo iraniano, conforme ressaltado pelos parlamentares, é de recusa a qualquer tipo de negociação direta com os Estados Unidos. A administração do presidente Donald Trump havia retirado unilateralmente o país do JCPOA em 2018, um movimento que desde então tem gerado intensas tensões entre os dois países.
O Irã, por sua vez, manteve uma postura firme, instando os países europeus a "agirem com responsabilidade" e abandonarem a ideia de voltar a impor as sanções, reiterando a sua intenção de manter a soberania nas decisões que envolvem o seu programa nuclear. A AIEA, que supervisiona as inspeções relacionadas ao cumprimento do TNP, também continua a ser um ponto de disputa, com o Irã questionando a imparcialidade das avaliações feitas pela agência internacional.
Ainda não houve uma resposta oficial do governo iraniano sobre o apelo dos parlamentares. No entanto, a proposta de retirada do TNP e a recusa às negociações com os Estados Unidos sinalizam um endurecimento na posição do Irã em relação às pressões externas. A crescente tensão em torno do acordo nuclear levanta questões sobre o futuro da diplomacia internacional e o impacto que uma possível saída do país do tratado teria para a segurança global.

O Sultanato de Omã, mediador de diálogo nuclear entre os EUA, cindena a entrada dos EUA na guerra

Parlamento iraniano pede saída do acordo nuclear e rejeita negociações com os Estados Unidos

CGTN – O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu na tarde este terça-feira (2) com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, no Grande Palácio do Povo em Beijing. O presidente iraniano está na China para participar da Cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai 2025 e das comemorações do 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Mundial Antifascista.&nbsp;
Xi Jinping afirmou que a China atribui grande importância ao desenvolvimento das relações com o Irã em sua diplomacia para o Oriente Médio. Segundo ele, a China está disposta a manter a amizade entre os dois países, ampliar a confiança mútua e reforçar a cooperação em áreas como comércio, investimentos, energia limpa e conectividade. Destacou ainda a necessidade de intensificar os intercâmbios culturais e interpessoais, além de trabalhar em conjunto pelo fortalecimento da parceria estratégica abrangente. O líder chinês ressaltou também que a China, ao apresentar a Iniciativa de Governança Global, deseja atuar ao lado da comunidade internacional — incluindo o Irã — para promover um sistema de governança mais justo e equilibrado, contribuindo para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.&nbsp;
“A força não é o caminho certo para resolver diferenças”, disse Xi Jinping. Segundo ele, a China valoriza o compromisso reiterado do Irã de não buscar armas nucleares, respeita o direito de usar energia nuclear pacificamente e apoia o país na salvaguarda de sua soberania nacional, integridade territorial e dignidade nacional, bem como na defesa de seus direitos e interesses legítimos por meio de negociações. A China continuará a defender a justiça, a promover uma solução para a questão nuclear iraniana que atenda às preocupações legítimas de todas as partes.
Masoud Pezeshkian reiterou que o Irã atribui grande importância às relações bilaterais com a China. Ele destacou que o país manterá a amizade e aprofundará a cooperação com a China, independentemente das mudanças no cenário internacional. O líder iraniano afirmou ainda que o Irã apoia plenamente a Iniciativa de Governança Global apresentada por Xi Jinping e está disposto a coordenar-se estreitamente com a China para, juntos, se oporem ao unilateralismo e à política de poder, além de atuar pela paz e pela estabilidade no Oriente Médio e promover a implementação da iniciativa.

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