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Houthis atacam aeroporto Ben Gurion, em Israel, com míssil balístico hipersônico

Grupo rebelde do Iêmen afirma ter atingido com sucesso o principal terminal aéreo de Israel em represália aos ataques contra Gaza

Um cartaz do líder Houthi, Abdul Malik al-Houthi, é segurado por um manifestante enquanto outros seguram suas armas durante uma manifestação em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, em Sanaa, Iêmen, em 26 de julho de 2024 (Foto: REUTERS/Khaled Abdullah)

247 – Os rebeldes houthis do Iêmen anunciaram, nesta sexta-feira (19), um novo ataque contra Israel utilizando um míssil balístico hipersônico. A informação foi divulgada pelo portal Actualidad RT, que relatou a ofensiva realizada contra o aeroporto internacional Ben Gurion, situado na cidade de Lod, próximo a Tel Aviv.

De acordo com comunicado divulgado pelas forças de mísseis das Forças Armadas do Iêmen, a operação teve como alvo o principal aeroporto israelense e foi realizada com o míssil batizado de "Palestina 2". “As forças de mísseis das Forças Armadas do Iêmen realizaram uma operação militar qualitativa dirigida contra o aeroporto em Lod [...] utilizando um míssil balístico hipersônico Palestina 2”, diz a nota oficial, acrescentando que o ataque “alcançou com sucesso seu objetivo”.

Interrupção das operações e pânico generalizado

O grupo rebelde afirmou ainda que o lançamento do míssil causou pânico na região, forçando “milhões de sionistas” a buscarem refúgio em abrigos antibomba. O ataque também teria provocado a paralisação das atividades do aeroporto Ben Gurion, um dos principais centros de transporte aéreo do Oriente Médio.

Os houthis ressaltaram que esta ofensiva integra uma série de ações realizadas em apoio à população palestina de Gaza. “Chamamos todo o povo das nações árabes e islâmicas a sair em apoio a Gaza, pois sua dor se intensificou e seu medo aumentou, ao estarem submetidos a um cerco injusto e interminável e a uma agressão pecaminosa e implacável”, afirmaram.

Ataques continuarão até cessar a agressão a Gaza

Os porta-vozes do movimento houthi deixaram claro que os ataques não têm previsão de cessar. “Nossas operações continuarão até que cese a agressão contra Gaza e se levante o cerco”, declararam no comunicado.

O movimento houthi, que controla parte significativa do território iemenita, tem realizado ações periódicas contra Israel desde o início da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Além dos ataques em solo israelense, o grupo intensificou suas operações no mar Vermelho, no golfo de Áden e no mar Arábico, atacando embarcações que, segundo eles, violam a proibição de acesso aos portos da “Palestina ocupada”.

Com esta nova investida, os houthis reiteram seu posicionamento como um dos principais atores da resistência contra Israel na região, ampliando a tensão no Oriente Médio em meio ao prolongado conflito na Faixa de Gaza.

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