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Greta e outros 170 integrantes da flotilha são libertados

Israel confirmou a deportação de 171 integrantes da flotilha Global Sumud, que tentaram romper bloqueio e levar ajuda humanitária para a população de Gaza

Israel deporta ativista Greta Thunberg e outros 170 integrantes da Flotilha Global Sumud (Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores de Israel)

247 - Israel confirmou nesta segunda-feira (6) a deportação de 171 integrantes da flotilha Global Sumud, entre eles a ativista climática Greta Thunberg, após a tentativa de romper o bloqueio imposto por Tel Aviv à Faixa de Gaza. O grupo foi enviado à Grécia e à Eslováquia após ser interceptado em águas internacionais. Segundo o UOL, nenhum dos 14 brasileiros que foram detidos ilegalmente por Israel e estão presos no país foi deportado.

O governo israelense afirmou que os deportados são cidadãos de 18 países, incluindo Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que nenhum brasileiro está entre os detidos.

Flotilha humanitária partiu de Barcelona com 400 ativistas

A flotilha zarpou de Barcelona, na Espanha, no dia 31 de agosto, com 45 embarcações e cerca de 400 ativistas de mais de 45 países. A missão tinha como objetivo levar ajuda humanitária à população de Gaza, rompendo o bloqueio imposto por Israel desde 2007.

As embarcações foram interceptadas na última quarta-feira (1), antes de alcançarem o território palestino. Para Tel Aviv, a ação seria uma "operação de relações públicas" com motivações políticas, e não uma missão puramente humanitária.

Ativistas denunciam maus-tratos; Israel nega abusos

Vários participantes da flotilha afirmaram ter sido maltratados nas prisões israelenses, após as detenções. Segundo a organização Adalah, que oferece assistência jurídica aos detidos, alguns ativistas foram interrogados por pessoas não identificadas, vendados e algemados por longos períodos.

Um dos relatos mais graves é o de uma mulher muçulmana que disse ter sido obrigada a retirar o hijab, recebendo apenas uma camisa como substituto do véu islâmico.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou as acusações:

"Todos os direitos legais dos participantes dessa ação de relações públicas foram e continuarão sendo totalmente respeitados. As mentiras que eles estão espalhando fazem parte de sua campanha de notícias falsas pré-planejada", afirmou a chancelaria.

Governo chama grupo de 'provocadores da flotilha Hamas-Sumud'

As autoridades israelenses se referiram aos participantes como "provocadores da flotilha Hamas-Sumud", alegando que o movimento teria vínculos indiretos com o grupo Hamas — acusação negada pelos organizadores da missão.

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