"Faremos o que for necessário", diz Netanyahu sobre plano de assassinato do líder supremo do Irã
Premiê israelense evita confirmar operação que teria sido abortada por Trump, mas reforça disposição para agir contra o Irã
247 - Em entrevista à Fox News, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, evitou comentar diretamente uma revelação feita pela agência Reuters neste domingo (15), de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. No entanto, o chefe de governo israelense lançou um alerta: “faremos o que for necessário”.
A declaração foi feita após ser questionado sobre o conteúdo da reportagem. “Há tantos relatos falsos de conversas que nunca aconteceram”, afirmou Netanyahu. Em seguida, acrescentou: “mas posso dizer o seguinte: faremos o que for necessário. E acredito que os Estados Unidos sabem o que é bom para os Estados Unidos”.
De acordo com duas autoridades norte-americanas ouvidas pela Reuters sob condição de anonimato, Israel comunicou aos Estados Unidos que teria a chance de eliminar Khamenei, o mais alto dirigente da teocracia iraniana. A proposta foi, no entanto, rejeitada por Trump, que ainda mantém esperanças de reabrir negociações com Teerã em torno do seu programa nuclear.
Segundo uma das fontes da reportagem, um alto funcionário do governo norte-americano, “os iranianos já mataram algum americano? Não. Até que façam isso, não estamos nem discutindo atacar a liderança política”. A fala sinaliza a linha vermelha traçada pela Casa Branca para qualquer ação direta contra figuras centrais do regime iraniano.
A recusa dos EUA ocorre em meio a uma escalada nas tensões entre Israel e Irã. Tel Aviv lançou recentemente um grande ataque contra alvos iranianos, com o objetivo declarado de interromper o avanço do programa nuclear do país persa. Desde então, autoridades dos dois países aliados mantêm contato constante, segundo os relatos.
Ainda conforme os informantes, não foi possível confirmar se a decisão de barrar a operação partiu diretamente de Trump. No entanto, ambos afirmaram que o presidente tem se comunicado com frequência com Netanyahu — o que reforça o grau de coordenação entre os governos.
Na sexta-feira (13), em outra declaração à Reuters, Trump disse: "sabíamos de tudo” sobre os ataques israelenses.
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