<p><b>247 - </b>Os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Venezuela denunciaram uma incursão considerada ilegal de aeronaves de combate dos Estados Unidos, ocorrida na quinta-feira (2), a cerca de 75 quilômetros da costa venezuelana, na Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía.</p>
<p>Segundo comunicado oficial divulgado pelo governo, a operação foi identificada pelo Comando de Defesa Aeroespacial Integral (CODAI) e classificada como “uma provocação que ameaça a soberania nacional, em contravenção às normas do direito internacional e à Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional”. O texto também destaca que a manobra representou risco para a aviação civil e comercial no Caribe.</p>
<p>De acordo com as autoridades venezuelanas, a presença das aeronaves norte-americanas foi confirmada pela companhia aérea colombiana Avianca, que avistou a movimentação em rota. O governo acrescentou que esse episódio se soma a outros registros de incursões semelhantes já denunciadas anteriormente, configurando o que chamou de “padrão de hostilidade que não pode ser tolerado”.</p>
<h2>Exigência de cessar agressões</h2>
<p>No comunicado, a Venezuela exige que o secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, interrompa “sua postura temerária, aventureira e belicista”, acusando Washington de tentar desestabilizar a região. O governo de Nicolás Maduro afirmou que tais ações colocam em risco a zona de paz da América Latina e do Caribe e ameaçam a estabilidade regional.</p>
<p>O Executivo bolivariano informou ainda que levará a denúncia ao secretário-geral das Nações Unidas, ao Conselho de Segurança, à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). O objetivo, segundo Caracas, é solicitar medidas que impeçam a repetição de operações que considera “ilegais e perigosas”.</p>
<h2>Defesa da soberania</h2>
<p>O governo reiterou que não aceitará intimidações nem agressões de nenhuma potência estrangeira. “A Venezuela exercerá plenamente seu direito à defesa da soberania nacional, conforme o direito internacional”, afirma o documento.</p>
<p>O comunicado conclui destacando que a Força Armada Nacional Bolivariana permanecerá em alerta permanente por meio de seu Sistema Integrado de Defesa Aeroespacial.</p>

Guilherme Levorato

Maduro recebe título Honoris Causa em academia militar venezueana 

original

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

América Latina

Venezuela denuncia invasão aérea dos EUA e alerta para risco à segurança

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma reunião bilateral com o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (24), durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. Segundo Malu Gaspar, do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2025/09/lula-se-reune-com-zelensky-durante-assembleia-da-onu-para-discutir-guerra-na-ucrania.ghtml">O Globo</a>, este é o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado desde a cúpula da ONU realizada há dois anos. O encontro, inicialmente previsto para a terça-feira (23), foi adiado para esta quarta.</p>
<p>O foco da conversa é a guerra entre Rússia e Ucrânia, em curso desde 2022. O tema tem sido motivo de divergências entre Brasília e Kiev, especialmente após declarações de Lula em anos anteriores sobre a responsabilidade de ambos os países no início do conflito. Ainda assim, a reunião vinha sendo articulada há dias e só foi confirmada horas antes.</p>
<h2>Conflito e tentativas de mediação</h2>
<p>No discurso de abertura da Assembleia Geral, Lula voltou a tratar do tema e lamentou a ausência de avanços após a reunião realizada no mês passado, no Alasca, entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo Vladimir Putin. O presidente brasileiro reafirmou o compromisso do “Grupo de Amigos da Paz” — formado por Brasil e China — em buscar alternativas de mediação para encerrar a guerra.</p>
<p>Apesar de agora ter avançado em uma agenda com Zelensky, Lula não chegou a se reunir com o ucraniano durante a cúpula do G7 em Kananaskis, no Canadá, em junho. Ambos participaram do encontro, mas não houve diálogo bilateral.</p>
<h2>Atritos recentes</h2>
<p>A relação entre os dois líderes foi marcada por tensões nos últimos anos. Zelensky criticou Lula por ter viajado a Moscou para a celebração dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazista e chegou a recusar um telefonema do brasileiro. Em 2023, Lula provocou forte reação de Kiev ao afirmar que a Ucrânia tinha a mesma responsabilidade pelo início do conflito quanto a Rússia, que invadiu o território ucraniano.</p>
<p>O ucraniano também já havia minimizado o papel do Brasil nas negociações, acusando Lula de enxergar as relações internacionais ainda sob a lógica da antiga União Soviética.</p>
<h2>Busca por novos apoios</h2>
<p>Apesar do histórico de divergências, fontes próximas ao presidente brasileiro afirmam que a abertura de Zelensky ao encontro surpreendeu. A avaliação é que o líder ucraniano busca ampliar apoios fora da órbita da Otan e dos Estados Unidos, especialmente após não ter sido convidado para a reunião promovida por Trump e Putin no Alasca.</p>
<p>Na Assembleia da ONU, Zelensky esteve presente tanto no discurso de Lula quanto no do presidente dos Estados Unidos. Pouco antes do encontro com o brasileiro, também se reuniu com Trump em Nova York, reforçando a tentativa de costurar novos aliados em um momento delicado da guerra.</p>

Mundo

Lula e Zelensky se encontram para tratar da guerra na Ucrânia

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado (13), em Brasília, durante o Mutirão Nacional para Redução das Filas do SUS, que o conceito de “mutirão” ultrapasse as fronteiras do Brasil e seja incorporado pelo Sul Global como símbolo de cooperação coletiva. Em seu discurso, Lula destacou a origem indígena da palavra e falou em transformá-la em referência mundial para mobilizações conjuntas em diferentes áreas, incluindo a luta pela paz.</p>
<p>“‘Mutirão’ para acabar com guerra, ‘mutirão’ para acabar com a matança na Faixa de Gaza, ‘mutirão’ para fazer muitas coisas. A COP30 vai ser um ‘mutirão’”, declarou o presidente, ao ressaltar a importância da solidariedade como ferramenta de transformação social e política.</p>
<h2>A força coletiva do “mutirão”</h2>
<p>Lula explicou que a ideia de mutirão traduz um esforço conjunto capaz de superar desafios que, individualmente, seriam mais difíceis de enfrentar. Ele fez uma analogia com o futebol para ilustrar sua visão. Segundo o presidente, quando um jogador é expulso, o time fica enfraquecido, mas se os demais atletas derem “10% a mais de esforço”, a equipe consegue compensar a ausência. “O que estamos apontando para a sociedade brasileira? Que a fila [do SUS] tem jeito”, afirmou, ao agradecer médicos, enfermeiros, motoristas e funcionários engajados no mutirão do SUS.</p>
<h2>De "multilateralismo" a "mutirão"</h2>
<p>Em tom descontraído, Lula relembrou que já teve seu nome ligado à introdução de um termo na França. “Eu fui à França e fui homenageado na Academia Francesa de Letras porque coloquei a palavra ‘multilateralismo’. Eles não conheciam a palavra ‘multilateralismo’. Conheciam ‘multilateral’, mas o ‘ismo’ não tinha. Então podem dizer que o Lula foi na Academia Francesa de Letras colocar o ‘ismo’ lá”, brincou.</p>
<p>Agora, o presidente afirma que é hora de internacionalizar o termo de origem brasileira e indígena. “O Sul Global vai criar no dicionário mundial a palavra ‘mutirão’”, disse Lula, associando o conceito a uma agenda que inclui desde a paz no Oriente Médio até a cooperação em eventos globais, como a Conferência do Clima (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.</p>

Lula em visita ao Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB)

Sul Global

Lula diz que levará "mutirão" ao dicionário do Sul Global

<p><b>247 - </b>O Ministério da Defesa da Turquia reforçou nesta quinta-feira (11) a necessidade de uma reação firme da comunidade internacional diante das ofensivas de Israel no Oriente Médio. Segundo destacou a agência estatal <a href="https://www.aa.com.tr/en/turkiye/turkiye-rejects-claims-israel-is-targeting-turkish-armed-forces-assets-in-syria/3684605">Anadolu</a>, autoridades turcas classificaram como infundados os rumores de que ativos militares do país na Síria teriam sido alvos de Tel Aviv, mas ressaltaram a gravidade do ataque israelense contra o Catar.</p>
<p>Em coletiva de imprensa em Ancara, o porta-voz do ministério, Zeki Akturk, afirmou que apenas uma mobilização global poderá conter as investidas israelenses.&nbsp;</p>
<h2>Críticas a Tel Aviv e apoio ao Catar</h2>
<p>Ao comentar a ofensiva em Doha, Akturk acusou Israel de ter transformado a violência em política de Estado. O ataque de Israel no Catar prova que Tel Aviv fez do terrorismo uma política de Estado, alimenta-se do conflito e se opõe à paz, disse. O porta-voz acrescentou ainda que a Turquia está plenamente ao lado do Catar.</p>
<h2>Condenação internacional ao ataque em Doha</h2>
<p>Na última terça-feira (9), as Forças de Defesa de Israel anunciaram ter realizado um “ataque preciso” contra lideranças do grupo palestino Hamas na capital catariana. A ação foi amplamente criticada por governos estrangeiros e organizações internacionais, que a consideraram uma afronta direta à soberania do Catar e ao direito internacional.</p>

Ministério da Defesa da Turquia pede mobilização global contra ações de Israel

<p><b>247 – </b>O jornal <b>Global Times</b> publicou nesta segunda-feira (8) um editorial incisivo sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, <b>Donald Trump</b>, que assinou em 5 de setembro uma ordem executiva renomeando o <b>Departamento de Defesa</b> para <b>Departamento de Guerra</b>.&nbsp;</p>
<p>Segundo a Casa Branca, o novo nome transmite uma mensagem de “prontidão e determinação”. O secretário de Defesa, <b>Pete Hegseth</b>, foi ainda mais explícito: <i>“Vamos partir para o ataque, não apenas para a defesa. Máxima letalidade, não legalidade tímida”</i>.</p>
<h2>Retorno a uma lógica imperial</h2>
<p>De acordo com o <b>Global Times</b>, a retomada da antiga denominação representa muito mais do que uma mudança simbólica: é um resgate da lógica expansionista que marcou os Estados Unidos entre 1789 e 1947, quando o então Departamento de Guerra esteve no centro da conquista de territórios indígenas, da guerra contra o México e da intimidação de potências europeias para consolidar a hegemonia no continente americano.</p>
<p>Para a administração Trump, lembra o editorial, este período simboliza coesão nacional e vitórias militares. O nome “Departamento de Defesa”, adotado no pós-guerra, teria se tornado, segundo a visão da Casa Branca, “sinônimo de fracasso”.</p>
<h2>A volta da Doutrina Monroe</h2>
<p>O jornal chinês interpreta a decisão como parte da tentativa de reviver a <b>Doutrina Monroe</b> no século XXI, reafirmando a supremacia militar no hemisfério ocidental. Entre as metas citadas pela própria administração norte-americana estão a transformação do <b>Canadá em 51º estado</b>, a retomada do <b>Canal do Panamá</b> e até a <b>ocupação da Groenlândia</b>.</p>
<p>Segundo o editorial, já há sinais de uma escalada: aumento de tropas em torno da <b>Venezuela</b> e rumores de uma intervenção no <b>México</b>, sob a justificativa de combater cartéis de drogas.</p>
<h2>A história das guerras sem vitória</h2>
<p>O <b>Global Times</b> destaca que, desde a independência em 1776, os Estados Unidos viveram menos de 20 anos de paz. Apenas no período entre 1945 e 2001, de 248 conflitos registrados em 153 regiões, 201 tiveram participação direta de Washington — 81% do total. Entre eles, a <b>Guerra da Coreia</b>, a <b>Guerra do Vietnã</b>, a <b>ocupação do Afeganistão</b> e a <b>guerra no Iraque</b>.</p>
<p>Para o jornal, a reincidência em “vencer batalhas sem ganhar guerras” não decorre da falta de poder militar, mas da política externa de desrespeito à soberania de outros países e da busca oportunista por transformar crises externas em oportunidades de hegemonia.</p>
<h2>Nostalgia perigosa em tempos globais</h2>
<p>Embora a denominação “Departamento de Guerra” desperte sentimentos nostálgicos em setores nacionalistas, o editorial adverte que o mundo mudou. A globalização aprofundou a interdependência econômica e política entre países, e a tentativa de impor poder unilateral pode gerar ainda mais instabilidade.</p>
<p>“O que importa não é o nome do Pentágono, mas as ações dos Estados Unidos. Vão continuar a dividir, violar regras e fomentar conflitos, ou vão se engajar no multilateralismo e no respeito à ordem internacional?”, questiona o texto.</p>
<h2>Chamado ao multilateralismo</h2>
<p>O editorial conclui que, se os Estados Unidos realmente buscam segurança, precisam refletir sobre as consequências de décadas de intervenções militares. No ano em que se celebra o <b>80º aniversário da vitória na Guerra Antifascista</b>, a expectativa é que Washington assuma responsabilidades para a promoção da paz, em vez de se consolidar como “porta-voz da guerra”.</p>

Redação Brasil 247

Pentágono, onde fica o Departamento de Defesa dos Estados Unidos 

Global Times

Global Times vê risco de conflitos com renomeação do Departamento de Defesa para Departamento de Guerra

<p><b>247 -</b> A ministra da Saúde da França, Catherine Vautrin, respondeu nesta semana a questionamentos sobre supostos planos do governo francês para preparar hospitais diante de um possível cenário de conflito. A informação foi revelada pelo jornal francês <i>Le Canard enchaîné</i>, conhecido por seu caráter investigativo e satírico, e repercutida pela CNN Brasil.</p>
<p>De acordo com a publicação, o Ministério da Saúde teria enviado uma carta orientando hospitais a se organizarem para atender milhares de militares feridos a partir de março de 2026. O documento indicaria a necessidade de instalar centros médicos próximos a rodoviárias e portos, preparados para receber pacientes em caso de guerra.</p>
<h3><b>Resposta do governo francês</b></h3>
<p>Em entrevista à BFM TV, afiliada francesa da CNN, Catherine Vautrin afirmou que se trata de uma “preparação estratégica”. A ministra ressaltou que a iniciativa não se limita a cenários bélicos.</p>
<p>“Isso faz parte da antecipação, como os estoques estratégicos, como as epidemias. Eu não estava no cargo na época da Covid-19, lembrem-se, não havia palavras duras o suficiente para falar sobre a falta de preparação do país”, declarou Vautrin. Ela destacou ainda que “é perfeitamente normal que o país antecipe crises, as consequências do que está acontecendo. Isso faz parte da responsabilidade das administrações centrais”.</p>
<p>Segundo a BFM TV, o governo deve lançar ainda em 2025 uma cartilha chamada <b>“Todos Resilientes”</b>, voltada para situações de crise. Uma fonte confirmou à emissora que haverá um capítulo dedicado à guerra, embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados.</p>

Catherine Vautrin, ministra da Saúde daFrança

França avalia plano para preparar hospitais em caso de conflito, diz imprensa

<p><b>Reuters</b> - A Rússia e a Ucrânia trocaram 146 prisioneiros de guerra de cada lado neste domingo, após mediação dos Emirados Árabes Unidos, disseram o Ministério da Defesa russo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.</p>
<p>O ministério russo disse que todos os russos libertados estavam em Belarus recebendo assistência psicológica e médica.</p>
<p>A Ucrânia também devolveu a Moscou oito cidadãos russos, moradores da região de Kursk, informou o ministério.</p>
<p>Zelensky, escrevendo no aplicativo de mensagens Telegram, anunciou que a troca havia ocorrido, mas não forneceu números.</p>
<p>O presidente ucraniano publicou fotos de reféns que retornaram sorridentes, afirmando que a maioria deles estava em cativeiro desde 2022, quando a Rússia invadiu o país. Ele disse que um jornalista feito prisioneiro um mês após a invasão estava entre eles.</p>
<p>Zelensky agradeceu aos Emirados Árabes Unidos por seu papel na supervisão da troca.</p>
<p>"As trocas continuam. Talvez isso seja possível graças aos nossos soldados, que estão aumentando o fundo de troca para a Ucrânia", escreveu o presidente ucraniano, referindo-se à captura de militares russos.</p>

Rússia e Ucrânia realizam nova troca de prisioneiros

<p><b>247 - </b>A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente nesta sexta-feira (22) que a Faixa de Gaza enfrenta um estado de fome, o primeiro já registrado no Oriente Médio. A informação foi publicada pela <a href="https://www.rfi.fr/br/mundo/20250822-onu-reconhece-estado-de-fome-em-gaza-e-acusa-israel-de-bloquear-ajuda-humanit%C3%A1ria">RFI</a> com base em dados do Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar (IPC), ligado à ONU, que aponta que mais de 500 mil palestinos vivem em situação considerada “catastrófica”.</p>
<p>De acordo com a ONU, a fome poderia ter sido evitada, não fosse a “obstrução sistemática de Israel” na entrada de ajuda humanitária. Tom Fletcher, coordenador de assuntos humanitários da entidade, afirmou em coletiva em Genebra que “a fome em Gaza poderia ter sido evitada se tivéssemos sido autorizados a agir”. Ele destacou ainda que os alimentos permanecem retidos nas fronteiras devido às restrições impostas por Israel. “Essa fome vai, e deve, nos assombrar a todos”, declarou.</p>
<p>A ONU classificou a situação como violação grave do direito internacional. O alto comissário de direitos humanos, Volker Türk, ressaltou que “fazer as pessoas passarem fome por objetivos militares é um crime de guerra”. Pouco depois do anúncio, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou a necessidade urgente de medidas: “Não podemos permitir que essa situação continue impune. Precisamos de um cessar-fogo imediato, da libertação de todos os reféns e de acesso humanitário total e sem restrições”.</p>
<p>A região de Gaza, que representa cerca de 20% da Faixa de Gaza, soma-se aos territórios de Khan Yunis (29,5%) e Deir el-Balah (16%), totalizando 65,5% da superfície do enclave palestino, com mais de dois milhões de habitantes. Segundo dados do IPC coletados até 15 de agosto, mais de meio milhão de pessoas já sofrem com a fome e esse número deve subir para 641 mil até o fim de setembro.</p>
<p>Ainda de acordo com a reportagem, o IPC destacou que a crise humanitária em Gaza é a pior desde o início de seus levantamentos. A fome é declarada quando três condições são cumpridas: pelo menos 20% das famílias enfrentam falta extrema de alimentos; pelo menos 30% das crianças menores de cinco anos sofrem desnutrição aguda; e ao menos duas pessoas a cada 10 mil morrem de fome diariamente.</p>
<p>De acordo com o órgão, esses critérios já estão sendo atendidos no enclave, em consequência direta da escalada militar, dos deslocamentos em massa e das restrições impostas por Israel ao acesso de alimentos, medicamentos e combustível.</p>
<p>O governo israelense reagiu imediatamente e rejeitou as acusações. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel alegou que o anúncio da ONU é “tendencioso” e “baseado nas mentiras do Hamas”. A chancelaria negou a existência de fome no território palestino.</p>
<p>Segundo a ONU, desde março Israel impôs bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza, autorizando apenas quantidades muito limitadas de insumos a partir de maio. A medida resultou em severa escassez de alimentos, medicamentos e combustível, agravando ainda mais o colapso social e humanitário no enclave palestino.</p>

Paulo Emilio

ONU reconhece estado de fome em Gaza, primeira vez no Oriente Médio

<p><b>247 – </b>O jornalista pernambucano Tiago Barbosa usou as redes sociais para denunciar a escalada militar dos Estados Unidos na América Latina. Em postagem publicada no X (antigo Twitter), ele afirmou: <i>“E os EUA vão encerrar a guerra na Ucrânia para começar outra na Venezuela”</i>. A declaração foi feita em meio às crescentes movimentações navais e às ameaças abertas contra o governo de Nicolás Maduro.</p>
<p>Na mesma mensagem, Barbosa chamou atenção para o discurso agressivo da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que anunciou que o presidente Donald Trump usará “toda a força” contra o presidente venezuelano. O governo americano insiste em chamar Maduro de “narcoterrorista”, numa narrativa que, segundo críticos, serve de justificativa para novas aventuras militares.</p>
<h2>Alerta sobre riscos para a região</h2>
<p>Em sua publicação, o jornalista destacou que a ofensiva dos Estados Unidos não se restringe à Venezuela, mas representa também um perigo para o Brasil, que compartilha mais de 2 mil quilômetros de fronteira com o país vizinho. Ele relacionou ainda a ameaça de invasão à tragédia humanitária em Gaza: <i>“Ameaça ao Brasil, invasão à Venezuela, genocídio em Gaza. O imperialismo é guerra — só vassalo não vê”</i>.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">E os EUA vão encerrar a guerra na Ucrânia para começar outra na Venezuela.<br/><br/>A porta-voz de Trump anunciou &quot;toda a força&quot; contra Maduro, a quem chamam de &quot;narcoterrorista&quot;.<br/><br/>Ameaça ao Brasil, invasão à Venezuela, genocídio em Gaza.<br/><br/>O imperialismo é guerra - só vassalo não vê.</p>&mdash; Tiago Barbosa (@tiagobarbosa_) <a href="https://twitter.com/tiagobarbosa_/status/1957890656598454679?ref_src=twsrc%5Etfw">August 19, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>O alerta ganha relevância diante da recente mobilização de tropas, navios e aeronaves americanas em direção ao Caribe, como já relatado pela imprensa internacional. Para especialistas, a concentração de forças navais na região aponta para uma escalada de tensões que pode culminar em intervenção direta.</p>
<h2>Imperialismo e novas frentes de conflito</h2>
<p>A crítica de Barbosa ecoa análises feitas por diversos estudiosos de relações internacionais, que apontam para um padrão recorrente de ação imperialista dos Estados Unidos. Com a guerra na Ucrânia chegando a um impasse, cresce a percepção de que Washington busca abrir uma nova frente de conflito, desta vez na América do Sul.</p>
<p>A narrativa de combate ao narcotráfico, adotada pelo governo Trump, tem sido usada como pretexto para justificar a presença militar crescente no Hemisfério Ocidental. Para opositores dessa política, trata-se de mais um capítulo da estratégia de controle geopolítico, que ameaça a soberania dos povos da região.</p>

"Estados Unidos vão encerrar guerra na Ucrânia para começar outra na Venezuela", diz Tiago Barbosa

<p><b>247 - </b>O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em entrevista à rede norte-americana Fox News que a Ucrânia “ficará com muito território”, numa referência às áreas atualmente sob ocupação russa. Trump não especificou quais regiões seriam mantidas por Kiev, mas reconheceu que a negociação sobre fronteiras continua sendo um dos pontos mais sensíveis no processo de paz. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem reiterado que não aceitará abrir mão de nenhuma parte do território nacional.</p>
<p>Na mesma entrevista, Trump disse não ter certeza se o presidente russo, Vladimir Putin, está disposto a fechar um acordo de paz. “O Putin está cansado dessa guerra. Mas vamos descobrir mais sobre o presidente Putin nas próximas semanas... É possível que ele não queira fechar um acordo”, afirmou. Ele também avaliou que a Rússia enfrentaria uma “situação difícil” se não houver entendimento e descreveu sua relação com o líder russo como “calorosa”.</p>
<h3>Garantias de segurança em debate</h3>
<p>Durante reunião realizada na Casa Branca na segunda-feira (18), líderes europeus pediram a Trump que as garantias de segurança para a Ucrânia fossem comparáveis ao Artigo 5 da Otan, que estabelece defesa coletiva caso um aliado seja atacado. Trump, no entanto, foi categórico ao descartar esse formato: “Haverá algum tipo de segurança, mas não [nos moldes] da Otan”.</p>
<p>A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que Kiev precisa de garantias robustas para não sofrer novas invasões após o conflito. Zelensky, por sua vez, confirmou que seu governo já começou a elaborar propostas nesse sentido. “Haverá garantias de segurança”, disse o líder ucraniano.</p>
<h2>Rússia sinaliza encontro direto</h2>
<p>Poucas horas após a reunião em Washington, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou “não rejeita nenhum formato” de negociações de paz e admitiu a possibilidade de uma reunião direta entre Putin e Zelensky. Lavrov chegou a sugerir que a Rússia poderia abrir mão de parte dos territórios ocupados, embora tenha destacado que “a Rússia nunca quis só territórios”, pedindo garantias de segurança também para Moscou.</p>
<p>Segundo Trump, já está em preparação uma reunião trilateral entre ele, Putin e Zelensky, ainda sem data definida. O Kremlin classificou como “franca e construtiva” a ligação telefônica feita por Trump a Putin antes da cúpula.</p>
<h2>Tensões e divergências entre aliados</h2>
<p>Apesar do otimismo de Trump, vários líderes europeus demonstraram ceticismo quanto às intenções de Putin. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o finlandês Alexander Stubb afirmaram que o líder russo não é confiável e não busca a paz de fato. Macron também pediu que a Europa participe da cúpula trilateral para garantir que os interesses do continente sejam considerados.</p>
<p>A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, destacou a necessidade de assegurar que uma nova invasão russa nunca volte a ocorrer: “Essa é a condição prévia de qualquer tipo de paz”, declarou.</p>

Trump e Zelenskiy se reúnem na Casa Branca - 18/08/2025


3000x1800

Trump diz que Ucrânia ficará "com muito território", mas descarta garantias de segurança da Otan

<p><b>247 - </b>O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu a realização de um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Moscou. A informação foi divulgada pela agência AFP, que destacou que a proposta surgiu durante uma ligação telefônica de Putin com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (18), logo após a reunião de Trump com Zelensky e líderes europeus na Casa Branca.</p>
<p>Segundo a agência, Kiev rejeitou a proposta de imediato. Zelensky, que estava acompanhado dos chefes de governo europeus durante o telefonema, teria respondido “não” quando questionado sobre a possibilidade de uma reunião na capital russa.</p>
<h2>Trump fala em encontro trilateral</h2>
<p>Após a reunião em Washington, Donald Trump afirmou que está articulando uma reunião trilateral entre ele, Putin e Zelensky, embora não tenha revelado local ou data. Em entrevista à Fox News, o presidente americano declarou que a Ucrânia deve manter “muito território”, em referência às áreas atualmente ocupadas pela Rússia, mas sem especificar quais.</p>
<p>Trump também avaliou que Putin pode não estar disposto a assinar um acordo de paz: “O Putin está cansado dessa guerra. Mas vamos descobrir mais sobre o presidente Putin nas próximas semanas... É possível que ele não queira fechar um acordo”, disse, destacando ainda que a relação entre ele e o líder russo é “calorosa”.</p>
<h2>Moscou sinaliza disposição para negociar</h2>
<p>Nesta terça-feira (19), o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou “não rejeita nenhum formato” de discussão sobre o processo de paz. Ele também sugeriu que a Rússia poderia abrir mão de parte dos territórios ocupados, mas insistiu que o acordo deveria incluir garantias de segurança para Moscou.</p>
<p>O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, classificou a conversa entre Trump e Putin como “franca e construtiva”, mas tratou a ideia de encontro entre os presidentes russo e ucraniano ainda de forma vaga, falando apenas em “explorar a possibilidade” de negociações diretas.</p>
<h2>Garantias de segurança em debate</h2>
<p>Durante a cúpula realizada na Casa Branca, líderes europeus reforçaram a necessidade de garantias sólidas para a Ucrânia em caso de acordo de paz. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, defendeu que o compromisso seja semelhante ao Artigo 5 da Otan, que prevê defesa mútua entre aliados.</p>
<p>Zelensky, por sua vez, afirmou que já iniciou o desenho de propostas para assegurar a defesa do país: “Haverá garantias de segurança”, declarou. O líder ucraniano também reiterou sua disposição em se encontrar com Putin, mas ressaltou que o encontro não deve vir acompanhado de pré-condições.</p>
<h2>Ceticismo europeu</h2>
<p>Embora Trump tenha demonstrado otimismo quanto a um possível fim da guerra, a posição europeia foi de cautela. Emmanuel Macron e Alexander Stubb afirmaram que Putin não é confiável e não busca a paz, enquanto Giorgia Meloni alertou para a necessidade de assegurar que uma nova invasão russa não ocorra.</p>

Trump e Putin em Anchorage, Alasca, 15 de agosto de 2025

Putin propõe encontro com Zelensky em Moscou após ligação com Trump

<p><b>247 - </b>Em meio à tensão crescente sobre o futuro da guerra no Leste Europeu, aliados dos Estados Unidos chegam a Washington nesta segunda-feira (18) com uma preocupação central: compreender os compromissos assumidos pelo presidente Donald Trump em sua reunião com Vladimir Putin, realizada na última sexta-feira (15) no Alasca, informa a <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-08-17/uneasy-us-allies-set-to-plead-with-trump-to-stand-behind-ukraine?srnd=homepage-americas">Bloomberg</a>.</p>
<p>O encontro entre Trump e Putin levantou dúvidas entre ucranianos e europeus, especialmente diante da possibilidade de que Kiev seja pressionada a aceitar concessões territoriais consideradas inaceitáveis. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e diversos líderes europeus participarão de reuniões na capital norte-americana para tentar extrair de Trump detalhes sobre os termos discutidos com o Kremlin.</p>
<h2>Pressão por garantias de segurança</h2>
<p>Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, Trump afirmou a líderes estrangeiros, em ligações no fim de semana, estar disposto a incluir os Estados Unidos em eventuais garantias de segurança para a Ucrânia. Ele também expressou a intenção de acelerar um acordo e chegou a sugerir uma reunião entre Zelensky e Putin dentro de uma semana, prazo considerado irreal por diplomatas europeus.</p>
<p>O secretário de Estado, Marco Rubio, que participou da cúpula no Alasca, reforçou o ceticismo em entrevista à Fox News: “Nós ainda estamos muito longe. Não estamos à beira de um acordo de paz. Mas acredito que houve algum progresso".</p>
<h2>Divergências sobre concessões territoriais</h2>
<p>Em postagens na rede Truth Social, Trump declarou que “Zelensky pode encerrar a guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar a lutar”. O presidente norte-americano deu a entender que a Crimeia não retornará ao controle de Kiev e que a Ucrânia não terá permissão para ingressar na OTAN.</p>
<p>A posição foi prontamente rejeitada por Zelensky, que publicou em sua conta no X: “A Rússia deve encerrar esta guerra, que ela mesma começou. E espero que nossa força conjunta com os Estados Unidos e nossos amigos europeus obrigue Moscou a uma paz real".</p>
<p>Fontes diplomáticas europeias expressaram frustração com os resultados da cúpula, alegando que Putin parece ter saído fortalecido. O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou: “Se formos fracos hoje com a Rússia, estaremos preparando os conflitos de amanhã".</p>
<h2>O dilema da paz rápida</h2>
<p>Enquanto isso, líderes como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer buscam obter detalhes sobre as garantias de segurança em negociação. Seu porta-voz, Dave Pares, destacou que Londres está disposta a enviar uma “força de reafirmação” à Ucrânia, desde que os Estados Unidos assumam papel ativo: “Nunca vamos deixar isso na base da confiança quando se trata do presidente Putin.”</p>
<p>Já o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, afirmou que foi alcançado um entendimento preliminar que poderia oferecer à Ucrânia uma proteção semelhante ao Artigo 5 da OTAN, que prevê defesa mútua em caso de ataque. A proposta, no entanto, ainda não foi confirmada pelo Kremlin.</p>
<p>No campo de batalha, a Rússia continua avançando gradualmente no leste da Ucrânia, enquanto a redução do apoio militar dos EUA preocupa aliados europeus. A possibilidade de um acordo desequilibrado, que consolide ganhos territoriais russos no Donbas, em Zaporizhzhia e Kherson, é vista como uma vitória política de Putin sem precedentes desde 2014.</p>

Tudo sobre guerra