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Elon Musk vai ao Pentágono e promete perseguir 'vazadores de informações falsas' sobre guerra com a China

Mais cedo, o The New York Times publicou que o bilionário receberia do Pentágono nesta sexta planos secretos de guerra contra a China

Elon Musk chega ao Pentágono (Foto: Reuters/Phillip Stewart)

Reuters - O bilionário Elon Musk esteve no Pentágono na manhã desta sexta-feira (21) para uma reunião de mais de uma hora, em meio a tensões sobre vazamentos de informações. Fiel aliado do presidente Donald Trump, Musk exigiu a responsabilização criminal de funcionários do Departamento de Defesa que estariam divulgando informações supostamente falsas sobre sua visita.

Segundo o The New York Times, Musk teria sido convocado para receber um panorama sobre temas sensíveis, incluindo supostos planos secretos de guerra contra a China — informação negada por Musk, Trump e outros envolvidos. "A China nem sequer será mencionada ou discutida", afirmou Trump na quinta-feira, em uma postagem na plataforma Truth Social.

Musk chegou ao prédio em uma comitiva e subiu rapidamente para se encontrar com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth. Não ficou claro se generais participaram da reunião de forma virtual. Em publicação na plataforma X (antigo Twitter), Hegseth afirmou que o encontro com Musk teria como foco "inovação, eficiência e produção mais inteligente".

A reunião teve início pouco antes das 9h da manhã e durou cerca de 80 minutos. Ao sair, Musk foi visto rindo com Hegseth e declarou que o encontro "foi bom".

Antes de chegar ao Pentágono, ainda na manhã de sexta, Musk atacou duramente o The New York Times, chamando o jornal de "propaganda pura". Na mesma rede social, escreveu: "estou ansioso pelas punições aos que, no Pentágono, estão vazando informações maliciosamente falsas para o NYT. Eles serão encontrados".

A crescente aproximação de Musk com o núcleo estratégico de Trump — especialmente nas iniciativas para cortar gastos do governo federal — levanta preocupações sobre possíveis conflitos de interesse. O empresário é CEO da Tesla e da SpaceX, companhias com interesses comerciais tanto no mercado chinês quanto junto ao próprio Pentágono.

A Casa Branca já declarou anteriormente que Musk se afastaria de qualquer envolvimento em áreas que representem conflito entre seus negócios e sua atuação em políticas públicas.

Na semana anterior, a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, anunciou a abertura de uma investigação sobre vazamentos dentro da comunidade de inteligência, incluindo possíveis condutas indevidas em chats internos usados por funcionários.

Durante o primeiro mandato de Trump, sua administração encaminhou mais casos de vazamento à investigação criminal por ano do que qualquer governo anterior nos 15 anos anteriores. A informação consta em registros divulgados em 2021 pelo Departamento de Justiça, após ação judicial do grupo independente Project on Government Oversight, com base na Lei de Liberdade de Informação.

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