Coreia do Norte diz que Trump precisa aceitar nova realidade nuclear
"Qualquer tentativa de negar a posição da RPDC como um Estado com armas nucleares... será totalmente rejeitada", disse Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong Un
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disse na terça-feira (horário local) que os Estados Unidos precisam aceitar que a realidade mudou desde as reuniões de cúpula dos dois países no passado, e que nenhum diálogo futuro acabaria com seu programa nuclear, informou a mídia estatal KCNA.
Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano, Kim Jong Un, que supostamente fala em nome de seu irmão, disse que admitia que o relacionamento pessoal entre Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, "não é ruim".
Mas se Washington pretendesse usar um relacionamento pessoal como forma de acabar com o programa de armas nucleares do Norte, o esforço seria apenas objeto de "zombaria", disse Kim Yo Jong em uma declaração divulgada pela KCNA.
"Se os EUA não aceitarem a mudança da realidade e persistirem no passado fracassado, a reunião entre a RPDC e os EUA permanecerá como uma 'esperança' do lado norte-americano", disse ela. RPDC é a sigla do nome oficial da Coreia do Norte, República Popular Democrática da Coreia.
As capacidades da Coreia do Norte como um Estado com armas nucleares e o ambiente geopolítico mudaram radicalmente desde que Kim e Trump conversaram três vezes durante o primeiro mandato do presidente dos EUA, disse ela.
"Qualquer tentativa de negar a posição da RPDC como um Estado com armas nucleares... será totalmente rejeitada", disse ela.
Questionada sobre a declaração norte-coreana, uma autoridade da Casa Branca disse que Trump ainda estava comprometido com o objetivo que tinha para as três reuniões de cúpula que realizou com Kim em seu primeiro mandato.
"O presidente mantém esses objetivos e continua aberto a se envolver com o líder Kim para alcançar uma Coreia do Norte totalmente desnuclearizada", disse a autoridade da Casa Branca à Reuters.
Em sua primeira reunião em Cingapura em 2018, Trump e Kim assinaram um acordo em princípio para tornar a península coreana livre de armas nucleares. A cúpula subsequente em Hanói, no ano seguinte, foi interrompida devido a um desacordo sobre a remoção das sanções internacionais que haviam sido impostas contra Pyongyang.
Trump disse que tem um "ótimo relacionamento" com Kim, e a Casa Branca afirmou que o presidente é receptivo à ideia de se comunicar com o recluso líder norte-coreano.
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