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      Contra o genocídio palestino, PT pede a Lula o rompimento das relações com Israel

      Documento aprovado no 17º Encontro Nacional do PT pede a suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo Netanyahu

      Lula e Benjamin Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Ronen Zvulun/Pool)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a legenda aprovou, na sexta-feira (1), um documento oficial em que solicita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu.

      Intitulada “Em defesa do povo palestino”, a carta destaca, segundo o jornal O Globo, a escalada da violência na Faixa de Gaza e denuncia a morte massiva de civis palestinos, especialmente crianças. O texto expressa solidariedade à população palestina e endossa críticas ao governo israelense. O PT também lembra uma fala de Lula em junho deste ano, quando o presidente declarou que o que ocorre na região “não é uma guerra, mas um genocídio premeditado”.

      A posição do partido é ainda mais contundente que a adotada até agora pelo Palácio do Planalto. Mesmo diante das reiteradas falas do presidente contra os ataques em Gaza, o documento lamenta a manutenção de relações econômicas e diplomáticas com Israel. “O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de crimes de guerra até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitário e recebem balas e bombas”, afirma o texto aprovado pelos delegados petistas.

      A carta também faz referência a um posicionamento semelhante adotado pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que em junho já havia sugerido ao governo federal a suspensão das relações diplomáticas com o Estado de Israel, diante do agravamento do conflito.

      Lula reforça apoio à Palestina - Nas últimas semanas, o presidente Lula tem intensificado seu discurso em favor da causa palestina. Em julho, durante cerimônia no Palácio do Planalto, ele defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Lula, esse passo é essencial para que se estabeleça uma solução duradoura para o conflito.

      “Reconhecer o povo palestino e permitir seu ingresso na ONU é reconhecer a simetria necessária para a paz. Nunca tivemos medo de apontar a hipocrisia diante das mais flagrantes violações do nosso tempo”, declarou Lula.

      O governo brasileiro também formalizou sua adesão à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Na ação, o governo sul-africano acusa Israel de praticar genocídio contra a população palestina em Gaza. O anúncio da adesão foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em entrevista à emissora Al-Jazeera.

      “Os últimos desdobramentos da guerra nos levaram à decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, afirmou Vieira, ao comentar a intensificação dos ataques contra civis palestinos.

      A carta aprovada pelo PT aumenta a pressão interna sobre o governo Lula e reforça a expectativa de que o Executivo tome medidas mais contundentes contra o governo Netanyahu. 

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