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      Hamas diz que não se desarmará a menos que seja estabelecido Estado palestino independente

      Nesta semana, mediadores endossaram declaração franco-saudita sobre solução de dois Estados, exigindo que Hamas entregue armas à Autoridade Palestina

      Hamas (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)
      Paulo Emilio avatar
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      Reuters - O Hamas afirmou neste sábado que não se desarmará a menos que um Estado palestino independente seja estabelecido -- uma nova resposta a uma exigência israelense fundamental para acabar com a guerra em Gaza.

      As negociações indiretas entre o Hamas e Israel com o objetivo de garantir um cessar-fogo de 60 dias na guerra de Gaza e um acordo para a libertação de reféns terminaram na semana passada em um impasse.

      Na terça-feira, Catar e Egito, mediadores dos esforços de cessar-fogo, endossaram uma declaração da França e da Arábia Saudita que delineava os passos para uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino e que afirmava que, como parte disso, o Hamas deveria entregar suas armas à Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente.

      Em comunicado, o Hamas -- que domina Gaza desde 2007, mas tem sido militarmente atingido por Israel na guerra -- disse que não poderia ceder seu direito à "resistência armada" a menos que um "Estado palestino independente e totalmente soberano com Jerusalém como sua capital" seja estabelecido.

      Israel considera o desarmamento do Hamas uma condição fundamental para qualquer acordo que ponha fim ao conflito, mas o Hamas tem afirmado repetidamente que não está disposto a abandonar seu armamento.

      No mês passado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu qualquer futuro Estado palestino independente como uma plataforma para destruir Israel e disse que, por esse motivo, o controle de segurança sobre os territórios palestinos deve permanecer com Israel.

      Ele também criticou vários países, inclusive o Reino Unido e o Canadá, por terem anunciado planos de reconhecer um Estado palestino em resposta à devastação de Gaza causada pela ofensiva e pelo bloqueio de Israel, chamando a medida de recompensa pela conduta do Hamas. 

      A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e levando 251 reféns para Gaza.

      O subsequente ataque militar de Israel a Gaza transformou grande parte do enclave em um terreno baldio, matou mais de 60.000 palestinos e desencadeou uma catástrofe humanitária.

      Israel e o Hamas trocaram acusações depois que a mais recente rodada de negociações terminou em um impasse, com lacunas persistentes sobre questões como a extensão da retirada militar israelense.

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