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China impõe sanções a bancos lituanos em resposta a pacote da União Europeia sobre a Rússia

Medida atinge o Urbo e o Mano Bank após UE incluir instituições chinesas em seu 18º pacote de sanções ligadas à guerra na Ucrânia

Bandeira da China. Foto: Reuters

247 - A China anunciou, nesta quarta-feira (14), a inclusão dos bancos lituanos UAB Urbo e AB Mano em sua lista de contramedidas, proibindo empresas e cidadãos chineses de manter qualquer tipo de transação ou cooperação com essas instituições.

A decisão, divulgada pelo Ministério do Comércio de Pequim, é uma reação direta ao 18º pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, que atingiu dois bancos chineses. A informação foi publicada originalmente pela RT.

O pacote europeu, aprovado no mês passado, ampliou restrições contra os setores de energia e financeiro russos e incluiu, pela primeira vez, instituições da China, Índia, Emirados Árabes Unidos e Turquia. Pequim classificou as sanções contra o Suifenhe Rural Commercial Bank e o Heihe Rural Commercial Bank como “grave violação do direito internacional” e acusou Bruxelas de causar “prejuízos significativos aos direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

Pequim reforça posição contra sanções ocidentais

Desde o início da escalada do conflito na Ucrânia, em 2022, a China se recusou a aderir às sanções impostas por países ocidentais, mantendo laços comerciais com Moscou e defendendo uma solução diplomática. A inclusão de bancos chineses na nova rodada de medidas da UE foi vista pelo governo como um passo hostil e injustificado.

Reação da Comissão Europeia

A Comissão Europeia informou que irá analisar em detalhe as sanções chinesas antes de tomar novas decisões. Segundo Olof Gill, porta-voz do bloco, a UE “está aberta a identificar uma solução mutuamente aceitável que possa, ao fim, levar à retirada dos bancos da lista” de contramedidas.

Bancos lituanos minimizam impacto

As duas instituições atingidas pela decisão de Pequim afirmam que a medida não afeta suas operações. O Urbo Bank declarou não possuir negócios na China. Já o Mano Bank afirmou que o país asiático nunca esteve em sua estratégia de atuação e que não mantém operações no território. Ambas comunicaram que já acionaram as autoridades da Lituânia.

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