26 países confirmam disposição de enviar tropas para a Ucrânia, afirma Macron

247 - Em uma conferência de imprensa realizada em Paris, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que 26 países da chamada "Coalizão dos Dispostos" confirmaram sua prontidão para enviar contingentes militares à Ucrânia, uma vez que um cessar-fogo ou acordo de paz seja alcançado. A informação foi divulgada após uma reunião entre os membros da coalizão, realizada na capital francesa. A notícia foi publicada pela agência TASS, nesta terça-feira (4).

Macron explicou que os países envolvidos se comprometeram oficialmente a apoiar a Ucrânia com tropas, seja para garantir sua presença em terra, no mar ou no ar, no momento em que um cessar-fogo ou acordo de paz for estabelecido. "Hoje, 26 países confirmaram oficialmente seu compromisso de enviar tropas para a Ucrânia em apoio ou para garantir sua presença em terra, no mar ou no ar, a fim de fornecer esse apoio no território ucraniano, quando um cessar-fogo ou acordo de paz for alcançado", disse o presidente francês. Ele destacou ainda que outros países estão avaliando sua posição, mas que, no total, 35 participantes estavam presentes no encontro.

Em resposta a uma pergunta sobre o tamanho do contingente militar que a coalizão planeja enviar, Macron optou por não divulgar essa informação, alegando que isso poderia "revelar suas cartas" para a Rússia. "Não quero mostrar nossas cartas para a Rússia", afirmou Macron, mas garantiu que os chefes de estado-maior já têm planos concretos e estão discutindo-os por canais confidenciais.

Questionado sobre a participação de Alemanha, Itália e Polônia, o presidente francês disse apenas que esses países confirmaram sua contribuição para o treinamento das tropas ucranianas ou sua participação em operações em terra, no mar ou no ar.

Macron enfatizou que a formação de um contingente militar no território ucraniano "não tem a intenção de travar guerra contra a Rússia". O objetivo seria garantir a paz e enviar uma mensagem estratégica clara. "Eles não serão enviados para a linha de frente, mas para áreas designadas, ainda em consideração", explicou. O presidente francês acrescentou que, após o encontro, foi decidido iniciar um trabalho político e jurídico para fornecer garantias de segurança junto aos países da coalizão e à Ucrânia.