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      "Brasil tem uma quinta-coluna como nunca antes em sua história", diz João Cezar de Castro Rocha

      Professor alerta para a ação articulada do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a soberania brasileira, com apoio de parlamentares bolsonaristas

      (Foto: Divulgação )
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O professor João Cezar de Castro Rocha, em entrevista ao jornalista Luís Nassif no canal da TV GGN no YouTube, afirmou que o Brasil enfrenta uma situação inédita de vulnerabilidade interna diante da ofensiva do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para ele, a conjuntura é mais grave do que os anos do governo Bolsonaro (2019-2022) e até mesmo dos ataques de 8 de janeiro de 2023.

      Castro Rocha destacou que o elemento novo e preocupante é a combinação entre a atuação da extrema direita brasileira e o envolvimento direto da maior potência mundial. “A única razão pela qual o Donald Trump está se permitindo essa radicalização contra o Brasil é porque literalmente no Brasil hoje há uma quinta coluna como nunca tivemos na história do Brasil”, declarou.

      O professor chamou atenção para o papel de parlamentares que, segundo ele, atuam contra o próprio país em articulação com interesses estrangeiros. “Nós temos um deputado federal que já deveria estar cassado, no mínimo, deveria ter tido o mandato suspenso nos Estados Unidos, recebendo dinheiro com um número imenso de assessores, com a única finalidade, por exemplo, de impedir que o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, se encontre nos Estados Unidos e ameaçando envolver ministros do Supremo Tribunal Federal na lei Magnitsky”, afirmou.

      Terroristas legislativos

      Na entrevista, Castro Rocha defendeu que não há espaço para diplomacia excessiva diante do quadro atual. Ele propôs inclusive uma nova forma de classificação política para caracterizar a atuação da bancada bolsonarista: “Hoje a bancada bolsonarista não é mais composta de políticos, mas de terroristas legislativos”.

      O professor também traçou paralelos históricos para dimensionar a gravidade do momento. Comparou o cerco ao terceiro governo Lula ao enfrentado por Getúlio Vargas entre 1951 e 1954, quando o nacionalismo e a criação de instituições estratégicas, como a Petrobras, levaram a forte reação de forças internas e externas. Da mesma forma, mencionou a desestabilização sofrida por João Goulart antes do golpe de 1964, quando institutos financiados pelos Estados Unidos atuaram contra o governo.

      Para ele, no entanto, a postura de Trump representa um ineditismo ainda maior: “Nunca na história um presidente norte-americano tomou uma atitude similar à do Trump”.

      Castro Rocha defendeu que o Brasil deve fortalecer seus laços internacionais fora da esfera de influência de Washington, reforçando o papel dos BRICS e buscando alianças que protejam o país de agressões externas. E concluiu com um alerta sobre a necessidade de enfrentar os setores entreguistas: “Até isso a extrema direita conseguiu subverter, porque hoje eles vendem traição à pátria como essência do patriotismo. Mas serão fragorosamente derrotados, irão para a lata do lixo da história”.

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