Pequim acusa Filipinas de provocar tensão no Mar do Sul da China
China denuncia manobras arriscadas de embarcações filipinas e alerta para riscos à paz e à estabilidade na região
247 – O jornal Global Times divulgou neste domingo (17/8) imagens e vídeos exclusivos que mostram sucessivas ações provocativas de embarcações da Guarda Costeira das Filipinas contra navios da Guarda Costeira da China (CCG) nas imediações de Huangyan Dao, no Mar do Sul da China. Segundo o material obtido, os episódios revelam que Manila tem adotado práticas perigosas e deliberadas para encenar incidentes marítimos, alimentando a escalada de tensões na região.
Um dos casos registrados ocorreu em abril, quando o navio chinês Chuanshan (casco 3302) realizava patrulha de rotina. A embarcação filipina 4409 cruzou repetidamente a proa do navio chinês a distâncias mínimas — em certo momento chegando a apenas dois metros — em tentativa clara de gerar um incidente de colisão. Em outro episódio, a embarcação realizou uma manobra de marcha à ré diretamente na rota do navio chinês, ignorando advertências de segurança.
Em julho, novas imagens mostraram a embarcação filipina 9701 avançando em direção ao navio chinês 21550 em rota de quase colisão, que só não ocorreu porque a embarcação chinesa conseguiu manobrar para evitar o impacto. Já em 11 de agosto, manobras de alto risco da embarcação filipina 4406, em velocidade, obrigaram navios chineses a realizar desvios bruscos, o que acabou provocando a colisão entre dois deles.
Reação da China
Em declaração oficial, o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Jiang Bin, afirmou que as embarcações filipinas “invadiram ilegalmente” as águas de Huangyan Dao em 11 de agosto. “A Guarda Costeira da China respondeu com medidas legais, incluindo monitoramento, bloqueio e expulsão”, destacou.
Jiang acusou Manila de ter violado a soberania e os direitos marítimos chineses, colocando em risco a segurança de navios e tripulações. Ele advertiu: “A China reserva-se o direito de tomar contramedidas necessárias e salvaguardará resolutamente sua soberania territorial e seus interesses marítimos”.
Especialistas citados pelo Global Times destacaram que, apesar da vantagem em tonelagem e equipamentos, Pequim tem optado por respostas de baixa intensidade, como advertências verbais e manobras defensivas, para evitar que os incidentes evoluam para um conflito. Para analistas, a postura agressiva do governo de Ferdinand Marcos Jr. indica uma estratégia deliberada de confronto, em sintonia com interesses dos Estados Unidos, que utilizam as Filipinas como peça de pressão geopolítica contra a China.
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