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      Países e ONU condenam plano de Israel para assumir controle de Gaza

      Comunidade internacional alerta para violações do direito humanitário e agravamento da crise na Faixa de Gaza

      Pessoas se reúnem em frente à sede das Nações Unidas durante o protesto "Pare de Matar Gaza de Fome Agora" em meio ao conflito entre Israel e o Hamas, na cidade de Nova York, EUA, em 25 de julho de 2025 (Foto: REUTERS/Christian Monterrosa)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A decisão do gabinete de segurança de Israel de aprovar um plano para assumir o controle de Gaza gerou forte reação internacional, com críticas vindas de mais de dez países e de organismos multilaterais. A informação foi divulgada pelo Global Times, com base em reportagens da Al Jazeera, e alerta para o risco de um colapso humanitário ainda maior na região.

      O anúncio foi feito na sexta-feira (8), um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarar a intenção de assumir o controle militar de toda a Faixa de Gaza. A medida inclui a tomada de Gaza City, a maior cidade do enclave palestino, e foi considerada por governos estrangeiros como uma violação grave do direito internacional.

      Condenações de governos ocidentais

      Em comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores de Austrália, Alemanha, Itália, Nova Zelândia e Reino Unido advertiram que o plano de Israel pode “violar o direito humanitário internacional” e “agravar a já catastrófica situação humanitária, colocando em risco a vida dos reféns e provocando o deslocamento em massa de civis”. O documento também ressaltou que “qualquer tentativa de anexação ou expansão de assentamentos viola o direito internacional”.

      O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, afirmou que a decisão “deve ter consequências para as relações entre a União Europeia e Israel” e acusou Tel Aviv de violar acordos firmados com o bloco. “Não apenas viola o acordo com a UE anunciado pelo Alto Representante em 19 de julho, mas também mina princípios fundamentais do direito internacional e valores universais”, declarou em postagem na rede X.

      O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, classificou a intensificação das operações militares como “errada” e pediu moderação. O chanceler alemão Friedrich Merz anunciou a suspensão, “até novo aviso”, de exportações de equipamentos militares que possam ser utilizados em Gaza.

      A França, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, alertou que as ações israelenses configuram “sérias violações do direito internacional” e conduzem a um “beco sem saída total”.

      Apoio do mundo árabe e reação da Ásia

      Na sexta-feira, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Turquia, Irã e Emirados Árabes Unidos também divulgaram comunicado condenando a decisão de ampliar o controle militar sobre a Faixa de Gaza.

      A China manifestou “profunda preocupação” e exigiu que Israel interrompa imediatamente a medida. “Gaza pertence ao povo palestino e é parte integrante do território palestino. O caminho certo para aliviar a crise humanitária e libertar os detidos é um cessar-fogo imediato”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun.

      Indonésia e Paquistão também se juntaram à lista de países que rejeitam a ação, reforçando o isolamento diplomático de Israel diante da nova ofensiva.

      Posição das Nações Unidas

      O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar “profundamente alarmado” com a decisão, que representa “uma escalada perigosa” e pode agravar as consequências catastróficas para milhões de palestinos e para os israelenses mantidos reféns em Gaza. Seu gabinete advertiu que o avanço militar pode levar a “mais deslocamentos forçados, mortes e destruição em larga escala”.

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