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China se consolida como protagonista verde ao fornecer veículos oficiais para a COP30 em Belém

A escolha de carros elétricos chineses como transporte oficial do encontro sobre o clima destaca o papel central do país na transição ecológica global

Organização da COP30 já começou a mobilização dos veículos, que serão utilizados exclusivamente durante os dias da conferência (Foto: Divulgação )

247 – A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro em Belém (PA), ganhou um símbolo poderoso antes mesmo da abertura oficial: delegações de vários países chegaram à cidade amazônica em veículos elétricos fabricados na China. Segundo o jornal Global Times, essa imagem sintetiza o protagonismo chinês na transição verde e o comprometimento do país com uma economia de baixo carbono.

O evento na Amazônia ocorre dez anos após a assinatura do Acordo de Paris, em um momento decisivo para a humanidade. O Global Times observa que a COP30 foi descrita como “a última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático”.

A revolução verde chinesa e o impacto global

A presença dos veículos elétricos chineses em Belém não é um gesto isolado, mas parte de um projeto nacional de transformação energética. De acordo com o jornal, “a estreia oficial dos novos veículos de energia da China é apenas uma peça do quebra-cabeça verde chinês na COP30”.

O New York Times também destacou a cena: “as ruas estavam congestionadas, mas as nuvens de fumaça eram mais finas do que antes. Carros elétricos passavam silenciosamente sob o sol do meio-dia, comboios oficiais usavam picapes da GWM, e ônibus elétricos transportavam delegados pela cidade”.

Essas imagens revelam como os produtos da indústria verde chinesa — de painéis solares a baterias — se tornaram parte essencial do cotidiano e um exemplo de inovação tecnológica sustentável.

Da crítica ocidental ao reconhecimento internacional

De acordo com o Global Times, há dez anos a China era alvo de críticas de países desenvolvidos que a acusavam de não acompanhar os esforços de redução de emissões. Hoje, até veículos da imprensa ocidental, como o The Wall Street Journal, reconhecem que “a China está salvando o Acordo de Paris”.

O jornal norte-americano ressaltou ainda que a queda do custo da energia limpa — em grande parte graças à produção chinesa — vem compensando a retração no financiamento climático dos países ricos. Em várias nações em desenvolvimento, “a eletricidade mais barata já não vem do carvão, mas de painéis solares e baterias fabricados na China”.

Uma transformação que alia economia e sustentabilidade

Segundo o editorial, a base desse sucesso está na filosofia ambiental do presidente Xi Jinping, sintetizada no princípio de que “águas límpidas e montanhas verdes são tesouros inestimáveis”. A China, observa o texto, “não negligenciou suas responsabilidades ambientais em nome do crescimento, nem sacrificou o direito ao desenvolvimento para reduzir emissões”.

Em vez disso, o país trilhou um caminho de transformação verde impulsionado por inovação tecnológica e industrial, demonstrando que desenvolvimento econômico e ação climática podem caminhar juntos. Essa abordagem inspirou outros países e foi incorporada a diversos documentos da ONU como exemplo de “prática chinesa compartilhada globalmente”.

Cooperação sem barreiras e visão de futuro

O Global Times enfatiza que, ao “exportar produtos verdes” sem impor condições políticas, a China rompeu as barreiras tradicionais da governança climática e fortaleceu a cooperação entre países em desenvolvimento.

Enquanto algumas nações ainda observam com cautela a ascensão dos veículos elétricos chineses, muitas outras os recebem com entusiasmo. O editorial conclui com um apelo à união global diante da crise climática, afirmando que “nenhum país pode permanecer isolado diante desse desafio comum” e expressando a esperança de que “mais potências globais caminhem lado a lado com a China em direção a um futuro sustentável para a humanidade”.

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