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      China processa Canadá na OMC por restrições a importações de aço e exige correção de práticas

      Governo chinês acusa medidas unilaterais e protecionistas de prejudicarem direitos legítimos e a estabilidade da cadeia global do aço

      Ministério do Comércio da China (Foto: Divulgação)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A China entrou com um processo contra o Canadá na Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às restrições impostas pelo país norte-americano às importações de aço e outros produtos chineses. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Ministério do Comércio da China (MOFCOM), segundo o jornal Global Times.

      De acordo com o porta-voz do MOFCOM, o Canadá desrespeitou as regras da OMC ao adotar cotas tarifárias para o aço e impor tarifas discriminatórias sobre produtos que contenham o que chama de “componentes de aço chineses”. Para Pequim, essas medidas configuram ações unilaterais e protecionistas que prejudicam os direitos legítimos da China e desestabilizam as cadeias globais de fornecimento de aço e setores relacionados.

       “Expressamos forte insatisfação e firme oposição a essas ações. Instamos o Canadá a tomar medidas imediatas para corrigir suas práticas equivocadas, respeitar o sistema multilateral de comércio baseado em regras e promover a melhoria contínua das relações econômicas e comerciais entre China e Canadá”, declarou o porta-voz.

      O governo chinês ressalta que a manutenção das regras da OMC é essencial para garantir previsibilidade e equilíbrio nas trocas comerciais, especialmente em setores estratégicos como o siderúrgico. Para Pequim, ao adotar barreiras discriminatórias, o Canadá não apenas infringe normas internacionais, mas também ameaça o funcionamento de cadeias globais que dependem de insumos siderúrgicos.

      O embate ocorre em um momento de crescente tensão comercial entre grandes economias e reacende o debate sobre o uso de medidas protecionistas. A decisão da China de recorrer à OMC busca pressionar Ottawa a rever suas políticas e, ao mesmo tempo, reforçar seu compromisso público com o multilateralismo e a cooperação econômica internacional.

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