“Se depender de nós, tarifaço acaba amanhã”, diz Alckmin
O vice-presidente afirma que o governo brasileiro segue empenhado em reduzir os impactos das tarifas
247 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (23) que o governo brasileiro segue empenhado em reduzir o impacto do chamado tarifaço imposto pelos Estados Unidos. As informações são da CNN Brasil.
Segundo Alckmin, se depender do Brasil, as sobretaxas poderiam ser eliminadas de imediato. “Se depender de nós, o tarifaço acaba amanhã”, disse. Ele lembrou que produtos feitos com aço e alumínio já foram retirados da lista de sobretaxas americanas e agora estão enquadrados na Seção 232, recebendo a mesma alíquota aplicada a outros países, exceto Estados Unidos e Reino Unido.
Impacto nas exportações e setor automotivo
Durante o evento, o vice-presidente celebrou os efeitos da desoneração do IPI sobre o setor automotivo, que resultou em aumento das vendas de veículos. Ele ressaltou que a retirada das sobretaxas representa um ganho direto para diversos segmentos industriais. “Isso ajuda na competitividade de tudo o que tem aço e alumínio: máquinas, retroescavadeiras, motocicletas, produtos industriais”, declarou.
Expansão do crédito para empresas
Alckmin também anunciou a ampliação do plano de contingência para empresas impactadas pelo tarifaço. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) elevou de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões o volume de crédito disponível. “Vamos atender mais empresas, mesmo aquelas que não exportam tanto”, afirmou o vice-presidente.
Negociações diplomáticas em andamento
O diálogo com a Casa Branca continua, e Alckmin destacou que ainda há espaço para incluir outros produtos na lista de isenções e reduzir tarifas adicionais. “O trabalho é esse: diálogo e negociação. Sempre tem espaço para entendimento”, reforçou.
Questionado sobre possíveis contrapartidas, o vice-presidente não descartou a inclusão de combustíveis nas tratativas. Ele também mencionou avanços em áreas como biocombustíveis, minerais estratégicos e o mercado de Cbios, que conta com a participação de empresas americanas.
Agenda internacional e parcerias comerciais
Na próxima terça-feira (27), Alckmin viajará ao México para aprofundar as relações comerciais entre os dois países. Ele destacou o superávit do Brasil na balança comercial com os mexicanos e apontou oportunidades de crescimento em setores como energia, agroindústria, biocombustíveis e equipamentos médicos. Para ele, tanto as negociações com os Estados Unidos quanto a ampliação da parceria com o México reforçam a estratégia brasileira de diversificação de mercados e fortalecimento da indústria nacional.