Gleisi diz que chapa Lula-Alckmin é "maravilhosa" e espera "que ela continue" em 2026

247 - Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (22 de agosto), a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que vê a chapa formada por Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como “maravilhosa” e disse esperar “que ela continue” nas eleições de 2026. A avaliação foi feita ao comentar o cenário eleitoral e a composição política do governo.

Na conversa com a CNN Brasil, Gleisi também projetou o comportamento das legendas no pleito e citou possíveis alianças com segmentos de partidos como MDB, PSD, PP e União Brasil. Para a ministra, a dinâmica deve repetir a de 2022, quando parte dessas siglas se somou ao projeto lulista nos estados.

“Não tem essa incerteza não [sobre Alckmin]. Acho o vice-presidente Alckmin ótimo, acho essa composição maravilhosa e espero que ela continue. Pelo menos é a minha posição”, declarou. Em seguida, Gleisi explicou por que aposta em arranjos regionais entre os partidos: “Agora, com os partidos, vai acontecer muito o que já aconteceu em 2022. Esses partidos não têm unidade nacional. São partidos que têm governabilidades locais e que se somam. Então, por exemplo, o MDB em 2022, a gente já teve uma parte do MDB conosco. Outros partidos, como o PSD, também aconteceu isso. Acredito que é o que vai acontecer com o PP, com o União Brasil, e nós achamos importante que tenham partes desses partidos que apoiem o presidente Lula se a gente não tiver condições de tê-los por inteiro. Óbvio que gostaríamos de ter alguns partidos desses por inteiro. Seriam muito importante. Faço referência aqui ao MDB, que sempre foi um partido que a gente teve muita relação, mas se não for possível vamos trabalhar com a parte que quiser apoiar o presidente. Isso vai ser muito importante”.

A ministra ainda defendeu que integrantes do governo com potencial eleitoral deixem os cargos para concorrer em 2026, destacando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como peça central no tabuleiro paulista. “Eu defendo que todos que possam ser candidatos sejam candidatos. Essa é uma eleição muito importante. Então todos aqueles que já foram às urnas, que já tiveram cargos eletivos e que estão no governo eu defendo que se desincompatibilizem para serem candidatos. E obviamente o nome do Haddad é um nome muito forte em São Paulo. É um nome que, com certeza sendo candidato a governador, seria um palanque forte para o presidente Lula. E é um nome que também tem viabilidade para disputar o Senado. E o partido tem feito essa discussão, eu tenho acompanhado, e acho que é importante”.

Ao reforçar a preferência pela manutenção da chapa presidencial, Gleisi procurou sinalizar estabilidade política no núcleo do Planalto e, ao mesmo tempo, abertura para composições estaduais pragmáticas. A referência a MDB, PSD, PP e União Brasil evidencia a estratégia de atrair apoios parciais dessas siglas, caso não seja possível formalizá-los integralmente, com o objetivo de ampliar a base lulista em 2026.