<p><b>247 - </b>O Brasil vive um dos períodos mais intensos de investimentos em infraestrutura de sua história recente, com mais de R$ 260 bilhões movimentados em 2025. O ritmo, porém, pode perder força caso o país mantenha o atual nível de juros, avalia Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES.</p>
<p>Em entrevista ao C-Level Entrevista, da <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/10/juros-precisam-cair-para-brasil-manter-superciclo-de-infraestrutura-diz-diretora-do-bndes.shtml">Folha de S.Paulo</a>, a executiva disse que há espaço para iniciar a redução das taxas ainda este ano. “Não dá para crescer tanto o investimento em infraestrutura com o nível que [o juro] está. O Brasil tem uma das taxas reais mais altas do mundo e ela é uma concorrente direta do nosso investimento”, afirmou.</p>
<h2>Ciclo de infraestrutura em risco</h2>
<p>Luciana Costa considera que o atual ciclo de expansão do setor é sólido, sustentado por segurança jurídica e avanços regulatórios. “Não é um voo de galinha, porque o país vem amadurecendo os marcos regulatórios nos vários setores de infraestrutura. O investidor internacional enxerga o Brasil como um lugar onde os contratos são honrados”, destacou.</p>
<p>Ela observa, contudo, que a entrada de fundos de investimento muda o perfil das demandas. “Alguns setores, como o de mobilidade urbana, precisam ter uma regulação melhor. Os investidores desses fundos cobram retorno mais rápido e o país precisa se adaptar a essa nova realidade”, explicou.</p>
<h2>Juros e custo do capital: o grande obstáculo</h2>
<p>A diretora destaca que o maior desafio para sustentar o ritmo dos investimentos é o custo do dinheiro. “O grande insumo, a grande variável de investimento de infraestrutura é taxa de juros. É o custo do dinheiro. Mais do que regulação e segurança jurídica”, pontuou.</p>
<p>Para ela, o momento exige ação imediata do Banco Central. “Acho que está na hora de reduzir, sim, a taxa de juros. A inflação está sob controle e não vejo por que manter o patamar atual”, completou.</p>
<h2>Equilíbrio financeiro e relação com o governo</h2>
<p>Luciana Costa também comentou sobre a política de dividendos do BNDES e o diálogo com o Ministério da Fazenda. “Tem uma negociação muito justa de quanto a gente vai pagar de dividendos sem comprometer o balanço do BNDES. O presidente [Aloizio] Mercadante é muito próximo do ministro Fernando Haddad, e isso garante bom diálogo”, afirmou.</p>
<h2>Inovação e nova economia</h2>
<p>O braço de participações do banco, o BNDESPar, voltou a investir em empresas inovadoras. “Nós fizemos dois investimentos: um na Eve, da Embraer, e outro em uma empresa de bioinsumo. São duas vertentes da nova economia”, disse.</p>
<p>Ela acrescenta que o objetivo é preencher lacunas de mercado: “O BNDESPar vai colocar dinheiro em empresas para tentar fechar gaps de mercado, seja investindo diretamente, seja por meio de fundos.”</p>
<h2>Projetos sustentáveis e legado para a COP30</h2>
<p>Com foco na sustentabilidade, o banco aprovou R$ 14 bilhões em empréstimos para o Pará, com o objetivo de deixar um legado para Belém, sede da COP30. “Nossa grande preocupação é deixar um legado para a cidade. Belém sofre muito com alagamentos e enchentes. Estamos investindo mais de R$ 800 milhões em obras de macrodrenagem e mobilidade urbana”, disse Costa.</p>
<p>Ela também destacou a maior chamada de investimentos climáticos da história do banco: “São R$ 5 bilhões que o BNDES vai alocar em fundos geridos por gestores privados, locais e internacionais. Para cada real colocado, o mercado terá que trazer mais três.”</p>
<h2>Obras avançadas e perspectivas positivas</h2>
<p>A diretora afirma que o andamento das obras é satisfatório. “Na macrodrenagem, tem obra que já está 97% concluída. A gente não espera atrasos significativos”, concluiu.</p>

Paulo Emilio

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Economia

Diretora do BNDES diz que ‘está na hora de reduzir a taxa de juros no Brasil’

<p><b>Agência BNDES </b>- Com parceria técnica e apoio financeiro não reembolsável de R$ 10 milhões do BNDES, o Museu das Amazônias foi inaugurado nessa quinta-feira, 2 de outubro, em Belém, para valorizar a identidade e a diversidade de vozes e saberes que compõe o maior bioma tropical do planeta. Localizado no Porto Futuro II, o Museu integra o conjunto de obras feitas pelo Governo do Pará em preparação para a COP 30.</p>
<p>Entre outras autoridades, participaram da inauguração o presidente Luís Inácio Lula Silva, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o presidente do BNDES, Aloízio do Mercadante,  e a diretora ambiental do Banco, Tereza Campello.</p>
<p>"Desenhamos o Museu das Amazônias para que na COP, quando vão estar aqui as principais lideranças mundiais, eles pudessem ter uma imersão do que é a Amazônia, a Amazônia ancestral, secular, o que é a Amazônia milenar e o que é a Amazônia hoje e o que é o ponto de não retorno ou restauro florestal. Mostrar toda essa diversidade, essa riqueza, os povos da floresta, toda pluralidade de vida, de diversidade, de culturas, que se constroem em torno da maior floresta tropical do planeta", afirmou Mercadante.</p>
<p>Para o presidente do BNDES, o centro desse projeto é tocar o coração das pessoas. "Não se consegue criar uma educação ambiental falando apenas para a racionalidade. Todas as informações científicas estão disponíveis, mas também é preciso tocar os corações."</p>
<h2>Primeiras mostras</h2>
<p>O Museu das Amazônias abre com duas exposições. No térreo, há a mostra internacional "Amazônia", do fotógrafo Sebastião Salgado. Com cerca de 200 fotografias em preto e branco, resultado de sete anos de expedições pela região, a exposição propõe uma reflexão sobre a preservação da floresta e o papel das comunidades originárias. Ela será apresentada ao público pelo filho do fotógrafo, Juliano Salgado. Sebastião morreu em maio deste ano.</p>
<p>No mezanino, o público acessa a exposição “Ajurí”, concebida exclusivamente para o Museu das Amazônias. De origem indígena, o título remete ao mutirão e à colaboração, conceitos que inspiraram o processo coletivo de criação do espaço. A exposição valoriza o uso de materiais orgânicos típicos das Amazônias, como fibras de coco, taboa e miriti. A mostra também reúne oito instalações de artistas da região Norte e de outras partes do Brasil, em linguagens que incluem pintura, fotografia, vídeo, escultura e experiências imersivas.</p>
<p>Além do apoio financeiro de R$ 10 milhões não reembolsáveis do BNDES Fundo Cultural, o Banco é responsável por prestar suporte técnico no plano museológico e expográfico e no desenho do modelo de gestão, governança e sustentabilidade financeira futura do museu. O Banco também trabalha com a articulação interinstitucional e como facilitador na captação de recursos para o Museu.</p>
<h2>Implementação</h2>
<p>O novo equipamento foi implementado pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (idg) em parceria com o Museu Goeldi. O idg tem experiência na concepção e gestão de equipamentos culturais em todo o Brasil, sendo responsável por instituições de referência como os Museus do Amanhã e do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, o Museu das Favelas, em São Paulo, e o Paço do Frevo, no Recife.Segundo o diretor-geral do idg, Ricardo Piquet, o novo espaço será um dos grandes legados da COP30. </p>
<p>“É um imenso orgulho ter participado desse processo coletivo e transformador que, ao lado de parceiros que integram a história de luta da Amazônia, ampliou nossos horizontes e nos aproximou de importantes causas pelo respeito à natureza, pela ciência e pelos saberes ancestrais”.

O Museu das Amazônias nasceu de um plano de escutas amplo e contínuo. A criação do Comitê Executivo reafirmou o caráter colaborativo do espaço. Além de órgão de gestão, o Comitê acompanha o funcionamento do Museu para assegurar que cada ação esteja em sintonia com a pluralidade amazônica. Ele estabelece diretrizes de comunicação, programação e sustentabilidade financeira.O Comitê é formado por representantes do BNDES, da Secult/PA, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Instituto Cultural Vale (ICV) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF).

A comissão curatorial do Museu das Amazônias é integrada pela antropóloga, fotógrafa, cineasta e pesquisadora do povo Baniwa, Francy Baniwa; a ecóloga da Embrapa Amazônia Oriental, Joice Ferreira; e a arqueóloga do Museu Paraense Emílio Goeldi, Helena Lima.</p>
<p>Francy Baniwa, Joice Ferreira e Helena Lima reúnem saberes que vão da ancestralidade indígena e das expressões artísticas à pesquisa ecológica e arqueológica, criando um diálogo entre ciência, tradição e memória.</p>
<p>“As múltiplas dimensões simbólicas deste equipamento cultural nos estimulam a pensar um museu que irradiará imaginações de um futuro sustentável, justo, criativo e próspero para as Amazônias e suas gentes”, complementa a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal.

O Museu conta com dois grandes espaços expositivos, de 950 m² e 500 m², além de uma loja, uma sala multiuso e uma sala educativa de 77 m². A sala multiuso dispõe de estrutura modular, recursos multimídia e capacidade para 130 pessoas sentadas.</p>
<h2>Serviço:</h2>
<p><b>Endereço:</b> Armazém 4A do Complexo do Porto Futuro II, bairro do Reduto – Belém/PA</p>
<p><b>Horário:</b> de quinta a terça-feira, das 10h às 18h (última entrada às 17h). Fechado às quartas-feiras para manutenção.</p>
<p>A entrada será gratuita durante a fase inicial de abertura do museu, até fevereiro de 2026.</p>
<p><b>Horário especial:</b> entre os dias 4 e 10 de outubro, o funcionamento será das 10h às 20h. Nos dias 11 e 12 de outubro, o museu estará fechado em razão do Círio de Nazaré.</p>

Redação Brasil 247

Meio Ambiente

Com apoio do BNDES, Museu das Amazônias é inaugurado em Belém

<p><b>247 – </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta quinta-feira (2) o Parque Linear da Nova Doca, em Belém, e visitou a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Una, obras estratégicas que fazem parte da preparação da capital paraense para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), entre 10 e 21 de novembro de 2025. As informações são da Agência Gov.</p>
<p>Lula destacou que os investimentos não se limitam à realização do evento, mas têm como foco principal o bem-estar da população. “Para cuidar do planeta Terra, a gente começa cuidando da cidade onde vai ser a COP. Então, a gente resolveu construir uma parceria com o estado do Pará. É um grande investimento que nós estamos fazendo junto com o governo do estado e com a cidade, porque a gente quer tratar do povo para poder, quando a COP terminar, o povo usufruir de todos os benefícios que foram feitos aqui”, afirmou.</p>
<p>Em seguida, o presidente reforçou que o maior legado será para os moradores da capital: “Os estrangeiros vão embora, a cidade vai ficar, e as obras que foram feitas aqui vão ficar para quem? Para o povo da cidade de Belém, que merece isso e um pouco mais”.</p>
<h2>Lula: Brasil será motivo de orgulho a partir da COP 30</h2>
<p>Além de ressaltar o impacto social e urbano das obras, Lula destacou a importância do evento para a imagem do Brasil no cenário internacional. “Nós vamos virar motivo de orgulho para o mundo a partir dessa COP. A partir dela, ninguém vai ter mais dúvida de que o Brasil não deve nada a nenhum país do mundo e de que o Brasil é soberano na tomada das nossas decisões. E aqui, quando a gente resolve trabalhar, governo municipal, governo estadual e governo federal, juntos, ninguém consegue segurar”, declarou.</p>
<h2>Parque Linear da Nova Doca: lazer, mobilidade e sustentabilidade</h2>
<p>Construído em parceria entre o Governo do Brasil, o Governo do Pará e a Itaipu Binacional — que investiu R$ 312,2 milhões —, o Parque Linear da Nova Doca conta com 24 mil metros quadrados de área requalificada ao longo de 1.200 metros do canal da Doca. O espaço recebeu paisagismo, equipamentos de lazer, áreas esportivas, quiosques de alimentação, ciclovia e mirantes.</p>
<p>O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou que as mudanças já são visíveis: “Nós temos uma outra Belém, uma Belém que a partir dessas obras se transforma numa Belém melhor. Não é uma Belém que resolveu todos os seus problemas, ainda temos muitos problemas para serem resolvidos, mas avançamos muito”.</p>
<h2>Estação de Tratamento de Esgoto Una: um dos legados mais importantes</h2>
<p>A ETE Una, localizada no bairro Telégrafo, é considerada a maior do estado em capacidade de atendimento e um dos principais legados da COP 30. A obra recebeu R$ 125,2 milhões em investimentos, sendo R$ 49,5 milhões do Governo Federal e R$ 75,7 milhões do Governo do Pará.</p>
<p>Com capacidade para tratar até 475 litros de esgoto por segundo, a estação vai beneficiar mais de 90 mil pessoas em 10 bairros, impedindo o lançamento de esgoto in natura na Baía do Guajará.</p>
<p>“É uma revolução para mostrar para os estrangeiros que vierem participar da COP 30, que aqui a gente não brinca em serviço. Aqui a gente trata da floresta, a gente trata dos seres humanos e a gente trata de melhorar a qualidade de vida da cidade”, disse Lula.</p>
<p>O governador Helder Barbalho destacou a importância da obra: “Com essa obra, fruto da parceria com o Governo Federal, nós estamos entregando e deixando esse legado para a cidade de Belém e para todos que vivem nela”.</p>
<h2>Investimentos e geração de empregos</h2>
<p>O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, informou que o banco já destinou R$ 14,2 bilhões em financiamentos para o Pará desde 2023. Entre os projetos estão obras de saneamento, centros de pesquisa e infraestrutura energética.</p>
<p>Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, a COP 30 será uma oportunidade para o Brasil reafirmar seu modelo de desenvolvimento sustentável: “O senhor provou que é possível fazer desenvolvimento econômico, respeito ao meio ambiente e, mesmo assim, ter um alto resultado financeiro”.</p>
<p>As obras também geraram emprego local: somente na ETE Una, 1,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos foram criados.</p>
<h2>Turismo e legado internacional</h2>
<p>Durante a cerimônia, o ministro do Turismo, Celso Sabino, assinou um protocolo para implantação de pontos de informação turística voltados ao atendimento de visitantes nacionais e estrangeiros durante a conferência. Ele ressaltou que, sob o governo Lula, o setor já registrou recordes de faturamento e mais de 520 mil novos empregos com carteira assinada.</p>
<p>A COP 30 reunirá representantes de mais de 190 países em Belém, tornando a cidade vitrine mundial na luta contra a crise climática.</p>
<p>“Esperem para ver. Belém será outra cidade depois da COP 30”, concluiu Lula.</p>

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COP30

Obras da COP 30 vão ficar como legado para o povo de Belém, diz Lula

<p><b>247 – </b>O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser comparado a figuras históricas como Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. A declaração foi feita em <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/09/lula-avalia-antecipar-troca-de-ministros-que-devem-disputar-eleicoes-em-2026.shtml">artigo de opinião</a> publicado na <i>Folha de S.Paulo</i>, no qual ele analisa o discurso do presidente brasileiro na Assembleia-Geral da ONU e o papel do país no cenário internacional.</p>
<p>Segundo Mercadante, Lula recebeu aplausos expressivos em Nova York ao defender uma ordem mundial multipolar, pacífica e centrada no desenvolvimento social e ambiental. O dirigente do BNDES destacou que o presidente brasileiro apresentou princípios inegociáveis, como soberania e democracia, em um momento marcado pela escalada do autoritarismo nos Estados Unidos sob Donald Trump e pela ascensão da extrema direita no mundo.</p>
<blockquote>&nbsp;“Lula emergiu como grande defensor de uma ordem mundial multilateralista, multipolar, pacífica e centrada no desenvolvimento social e ambiental”, escreveu Mercadante no artigo.</blockquote>
<h3>O paralelo histórico e os riscos atuais</h3>
<p>No texto publicado na <i>Folha</i>, Mercadante alerta que o cenário global atual tem semelhanças com as décadas de 1920 e 1930, quando crises econômicas, colapso de democracias e guerra fragilizaram instituições internacionais. Para ele, a chamada “ordem trumpista” ameaça não apenas a economia e o comércio, mas também a paz, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.</p>
<p>O presidente do BNDES ressaltou que o Brasil tem servido de contraponto essencial a essas ameaças, com instituições sólidas que garantem o respeito à vontade popular. Ele também mencionou as recentes mobilizações sociais em defesa da democracia e dos valores republicanos, destacando a urgência de uma nova ordem internacional baseada na solução pacífica de conflitos e no combate às desigualdades.</p>
<h3>Gandhi, Mandela e Lula como referências do Sul Global</h3>
<p>Mercadante lembrou que Gandhi e Mandela foram inicialmente perseguidos e presos, mas se tornaram líderes universais contra o colonialismo e o racismo. Gandhi se consolidou como símbolo da resistência pacífica e Mandela, após 27 anos de prisão, emergiu como inspiração mundial pela justiça social e pela igualdade racial.</p>
<p>Ao aproximar Lula dessas trajetórias, o dirigente do BNDES destacou conquistas recentes da política externa brasileira, como o fortalecimento dos Brics, a realização da COP30 na Amazônia, a liderança do G20 e os avanços nas negociações entre Mercosul e União Europeia. Para ele, a experiência de vida de Lula e os resultados das políticas sociais em seus governos conferem legitimidade ao presidente na construção de um futuro mais justo e sustentável.</p>
<blockquote>&nbsp;“O Brasil de Lula poderá estar na liderança contra a barbárie unilateralista e antidemocrática que pesa contra o mundo”, escreveu Mercadante.</blockquote>
<h3>O Brasil em contraste com os EUA de Trump</h3>
<p>O artigo publicado na <i>Folha</i> também cita análises de veículos internacionais como <i>The Economist</i> e <i>The New York Times</i>, que destacam o Brasil como exemplo de maturidade democrática em contraste com os Estados Unidos de Trump. Mercadante observou que até mesmo o presidente norte-americano já admite negociar com Lula, o que representa avanço nas relações bilaterais.</p>
<p>O presidente do BNDES concluiu sua análise recorrendo ao pensamento do sociólogo Domenico De Masi, para quem o Brasil preserva valores culturais de solidariedade, alegria e receptividade únicos no mundo. Para Mercadante, essa dimensão reforça o papel do país como alternativa de liderança global em defesa da paz, da inclusão social e da democracia.</p>
<blockquote>“O planeta merece o Brasil, e o mundo precisa de Lula”, finalizou.</blockquote>

Poder

Lula pode ser comparado a Gandhi e Mandela, diz Mercadante

<p><b>247</b> - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio de R$ 325 milhões para a concessionária Ecovias Minas Goiás investir em melhorias na BR-050 os próximos cinco anos, no trecho da concessão, entre Cristalina (GO) e Delta (MG), que tem extensão total de 436,6 km.&nbsp;</p>
<p>O valor é parte da oferta pública de R$ 550 milhões realizada pela Ecovias para investimentos em sua concessão por meio de uma emissão de debêntures incentivadas. O processo foi coordenado pelo BNDES, tendo os outros R$ 225 milhões sido adquiridos por 446 fundos de investimentos. As debêntures irão suplementar financiamento aprovado há dez anos pelo BNDES, para o lote rodoviário concedido à concessionária em 2013, por 30 anos.&nbsp;</p>
<p>Os recursos permitirão a implantação de vias marginais em zonas urbanas e industriais em Goiás, nas cidades de Cristalina, Campo Alegre de Goiás e Catalão, além de Araguari (MG), com o objetivo de reduzir a interferência do tráfego local sobre o fluxo principal da rodovia. Também prevê a construção de passarelas para pedestres em municípios com alta densidade urbana ou travessias informais, como as cidades mineiras Araguari e Uberaba, e as goianas Ipameri e Cumari. Durante a implantação do projeto devem ser gerados 557 empregos diretos e indiretos.</p>
<p>Serão realizadas ainda obras de melhorias em acessos e interseções rodoviárias para entrada e saída em Catalão e Campo Alegre de Goiás, que passaram por reconfigurações geométricas para aumento da segurança e capacidade, assim como a implantação de retornos em desnível, como alternativa aos antigos retornos em nível, com objetivo de eliminar conflitos entre movimentos opostos de tráfego e reduzir o risco de colisões frontais.</p>
<p>“A BR-050 tem papel logístico relevante na integração dos mercados produtores do Centro-Oeste com os centros consumidores e os portos do Sudeste, sendo um dos principais corredores rodoviários para o escoamento da produção agrícola e industrial entre Goiás, Minas Gerais e São Paulo. O apoio do BNDES é fundamental para melhorar a infraestrutura para veículos de carga vinculados à cadeia do agronegócio, como grãos, fertilizantes e insumos, bem como o transporte industrial e de combustíveis, contribuindo com o crescimento da economia e a geração de empregos”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.</p>
<p>A Ecovias Minas Goiás faz parte do grupo EcoRodovias, maior operador de rodovias do Brasil em extensão. Presente em oito estados da federação, o grupo possui doze concessões rodoviárias (totalizando 4,8 mil km de rodovias) e um ativo portuário.</p>

Geral

BNDES apoia melhorias na BR-050 em Minas Gerais e Goiás: R$ 325 milhões

<p><b>247 </b>- Depois de nove anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança, nesta sexta-feira, 26, novo Edital de Cinema para patrocinar 25 longas-metragens, no valor total de R$ 15 milhões. Cada filme receberá patrocínio de R$ 600 mil, condicionado ao compromisso de exibição pública em cinema ou plataforma de streaming entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2026. As inscrições ficam abertas até o dia 27 de outubro deste ano.</p>
<p>De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a instituição apoiou mais de 400 mil filmes ao longo de sua história. "Investimento que foi interrompido por gestões que ignoravam a importância da produção cultural no Brasil. Agora, no governo do presidente Lula, o Banco retomou o compromisso de apoiar o cinema nacional porque acredita na indústria do audiovisual e no potencial que ela tem de gerar novos empregos”, afirmou.&nbsp;</p>
<p>“O audiovisual brasileiro é uma das expressões mais potentes da nossa cultura e, também, um setor estratégico da economia criativa. A volta deste edital do BNDES representa um estímulo fundamental para a diversidade de narrativas, a geração de empregos e a projeção internacional da nossa produção", afirma a ministra da Cultura Margareth Menezes. "Investir no cinema é investir no Brasil, na valorização da nossa identidade e no fortalecimento de uma cadeia produtiva que move cultura, inovação e desenvolvimento", acrescentou.&nbsp;</p>
<p>Com ênfase na pós-produção e na comercialização, a chamada pública apoiará filmes em cinco segmentos: “ficção comercial”, “ficção autoral”, “documentário”, “animação” e “selecionados em festivais”. O segmento “ficção comercial” abrange longas-metragens que priorizam retorno financeiro, sem prejuízo da qualidade artística e técnica. Já “ficção autoral” reúne obras que buscam reconhecimento técnico e artístico no mercado internacional.</p>
<p>A categoria “selecionados em festivais” tem como objetivo ampliar as chances de que obras brasileiras recebam reconhecimento em premiações internacionais. Em março deste ano, o filme Ainda Estou Aqui venceu o Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. Apesar de acumular mais de 20 indicações ao longo da história, esta foi a primeira vez que o Brasil conquistou a estatueta.</p>
<p>Apoio ao cinema brasileiro – De 1995 a 2017, o BNDES apoiou mais de 400 obras audiovisuais por meio de editais, com valor global superior a R$ 600 milhões em valores atualizados.</p>
<p>Além disso, em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Ministério da Cultura, o BNDES também opera uma linha de crédito com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com condições diferenciadas de financiamento. Essa linha considera as especificidades do setor, como a predominância de pequenas e médias empresas e a dificuldade de constituição de garantias tradicionais.</p>

Leonardo Lucena

Cultura

Com R$ 15 milhões para longas-metragens, edital de cinema do BNDES retorna após 9 anos

<p><b>Reuters -</b> O BNDES já aprovou R$ 2,1 bilhões em crédito para apoiar as empresas brasileiras afetadas pelo aumento de tarifa de importação dos Estados Unidos adotado para produtos brasileiros a partir de agosto, informou o banco de fomento nesta segunda feira, citando uma demanda de cerca de R$ 4,8 bi por recursos.</p>
<p>O governo federal lançou em meados de agosto o chamado de "Plano Brasil Soberano", que incluiu R$ 40 bilhões para ajudar empresas impactadas pela tarifa de importação de 50% adotada pelos EUA contra os produtos brasileiros. Desse total, R$ 30 bilhões são do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e o restante do BNDES.</p>
<p>Segundo o banco de fomento, desde a abertura do acesso para a demanda por verbas do programa em 18 de setembro, 213 pedidos de crédito foram protocolados no banco. Desse total, 153 operações foram aprovadas, sendo a maior parte para linha de capital de giro, que totalizou mais de R$ 1,9 bilhão.</p>
<p>Das 3.702 empresas que consultaram os canais do banco para saber se tinham direito ao apoio, 1.444 foram consideradas elegíveis uma vez que o tarifaço impacta pelo menos 5% de seu faturamento bruto.</p>

Navios no Porto de Santos
01/05/2024
REUTERS/Amanda Perobelli

Demanda por recursos do BNDES contra tarifaço dos EUA chega a R$ 4,8 bi, banco libera R$ 2,1 bi

<p><b>247 -</b> No primeiro dia de operação do programa Brasil Soberano, voltado a empresas prejudicadas pelo tarifaço imposto pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o BNDES anunciou a liberação de R$ 660 milhões em crédito. A informação foi divulgada pela coluna <b>Painel S.A</b>., da Folha de S.Paulo.</p>
<p>O banco recebeu 38 solicitações de crédito, que juntas somaram R$ 1,6 bilhão. Do montante, parte já foi aprovada e o restante, cerca de R$ 950 milhões, segue em análise. O levantamento aponta ainda que, até as 18h da última quinta-feira (18), 1.649 empresas acessaram o sistema da instituição, das quais 422 foram consideradas elegíveis por apresentarem queda superior a 5% no faturamento bruto.</p>
<p><b>Agilidade no processo e compromisso com empresas</b></p>
<p>O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a rapidez nas aprovações reflete o empenho do banco e de seus parceiros.</p>
<p>“O volume de recursos aprovados já no primeiro dia é resultado da agilidade e do compromisso do BNDES e das mais de 50 instituições financeiras parceiras”, afirmou.</p>
<p>Mercadante reforçou que o objetivo central da iniciativa é garantir estabilidade no mercado de trabalho e incentivar a competitividade das companhias brasileiras.</p>
<p>“Nosso objetivo é proteger os empregos e fortalecer as empresas e a economia, inclusive estimulando a participação em novos mercados”, acrescentou.</p>
<p><b>Montante previsto e origem dos recursos</b></p>
<p>Ao todo, o BNDES terá R$ 40 bilhões disponíveis para apoio às empresas impactadas. Desse valor, R$ 30 bilhões serão provenientes do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), enquanto R$ 10 bilhões virão de recursos próprios do banco.</p>
<p>O programa Brasil Soberano surge como resposta direta às medidas tarifárias de Donald Trump, que aumentaram os custos de exportações brasileiras e pressionaram o caixa de milhares de companhias. A expectativa do governo e do BNDES é que a linha de crédito ajude a preservar empregos e reduzir perdas, ao mesmo tempo em que impulsiona novas oportunidades no comércio internacional.</p>

José Reinaldo

Rio de Janeiro (RJ), 22/05/2025 – O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

Brasil

BNDES libera R$ 660 milhões em crédito no primeiro dia de socorro a empresas afetadas por tarifaço

<p>O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a receber nesta quinta-feira (18) os pedidos de crédito do Plano Brasil Soberano, criado para apoiar empresas brasileiras afetadas pelas tarifas impostas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destaca o jornal <a href="https://www.estadao.com.br/economia/socorro-aos-exportadores-bndes-comeca-a-receber-pedidos-de-credito/">O Estado de S. Paulo</a>.&nbsp;</p>
<p>O programa emergencial prevê R$ 40 bilhões em linhas de financiamento e tem como foco preservar empregos e reduzir os impactos das medidas unilaterais norte-americanas sobre a economia brasileira.</p>
<h2>BNDES abre crédito bilionário para exportadores</h2>
<p>As companhias interessadas devem acessar o site oficial do BNDES para verificar se estão aptas a participar. A consulta exige autenticação pela plataforma gov.br, utilizando certificado digital. O sistema informa se a empresa é elegível e quais soluções estão disponíveis.</p>
<h2>Quem pode solicitar os recursos</h2>
<p>De acordo com o banco de fomento, empresas de grande porte podem solicitar o financiamento diretamente ao BNDES. Já as demais devem procurar instituições financeiras com as quais já mantenham relacionamento.</p>
<h2>Como funciona o processo de elegibilidade</h2>
<p>O crédito poderá ser utilizado para capital de giro, adaptação da produção, compra de equipamentos e expansão para novos mercados. O objetivo é dar fôlego às companhias diante do novo cenário de restrições comerciais.</p>
<h2>Prioridade é manter empregos e competitividade</h2>
<p>O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância de preservar empregos como contrapartida ao crédito liberado.</p>
<p>“O BNDES vai socorrer todas as empresas e a contrapartida é manter os empregos para a economia continuar crescendo e o País não ser prejudicado por essas medidas autoritárias, unilaterais e injustificadas”, afirmou.</p>
<p>Mercadante lembrou ainda que o banco já atuou em outras situações emergenciais.</p>
<p>“O governo do presidente Lula busca a negociação e não vai deixar ninguém para trás, a exemplo do que fizemos com o Rio Grande do Sul, quando o BNDES entrou com R$ 29 bilhões e o estado se recuperou e viu a economia crescer no ano passado, após o maior desastre natural da história”, destacou.</p>
<h2>Pacote soma R$ 40 bilhões em crédito</h2>
<p>O pacote anunciado prevê R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões de recursos do próprio BNDES. O governo federal espera que a medida alivie os efeitos negativos das tarifas norte-americanas e garanta competitividade às empresas brasileiras no mercado internacional.</p>

Brasil Soberano

Empresas atingidas pelas tarifas de Trump já podem solicitar crédito ao BNDES

<p><b>247 - </b>O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de US$ 71,4 milhões, cerca de R$ 390 milhões, para apoiar a exportação de equipamentos da WEG S.A. ao Chile. Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2025/09/17/bndes-aprova-r-390-milhoes-para-exportacao-de-equipamentos-da-weg-para-linha-de-transmissao-no-chile-operada-por-brasileira.ghtml">O Globo</a>, os recursos serão destinados à subsidiária da Alupar no país vizinho, responsável pela operação de uma nova linha de transmissão de energia elétrica.</p>
<p>De acordo com o BNDES, os equipamentos produzidos pela WEG — multinacional brasileira especializada em soluções eletroeletrônicas — serão empregados em duas subestações localizadas nas províncias de Antofagasta e Atacama. A infraestrutura será administrada pela Sincro Energía del Desierto (SED), subsidiária chilena da Alupar.</p>
<h2>Concessão internacional e expansão energética</h2>
<p>A Alupar, que atua em geração e transmissão de energia em quatro países da América do Sul, conquistou a concessão do projeto em licitação internacional realizada em 2024. O contrato prevê que as subestações Ana María e Illapa sejam operadas pela empresa brasileira durante 25 anos.</p>
<p>“A SED contribuirá para o fortalecimento da infraestrutura de transmissão elétrica no Chile, assegurando maior confiabilidade no fornecimento de energia em uma região estratégica para a expansão das fontes renováveis”, destacou o BNDEs em nota.&nbsp;</p>
<h2>Financiamento de exportações</h2>
<p>O empréstimo foi concedido por meio da linha BNDES Exim Pós-embarque, mecanismo que financia exportações brasileiras a partir de operações realizadas por clientes importadores no exterior. Nesse caso, a importadora é a própria subsidiária chilena da Alupar.</p>
<p>Ainda de acordo com a reportagem, os itens que serão fornecidos pela WEG incluem compensadores síncronos, transformadores de força e sistemas auxiliares, fundamentais para o funcionamento das novas subestações.</p>

BNDES aprova financiamento de R$ 390 mi para exportações da WEG ao Chile

<p><b>247 - </b>O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou a importância da Pequena África, no Rio de Janeiro, como patrimônio histórico do povo brasileiro. As informações são da coluna da jornalista Míriam Leitão para o jornal O Globo.&nbsp;</p>
<p>A declaração foi feita durante a cerimônia de anúncio dos vencedores do edital Viva Pequena África, voltado à preservação da memória e valorização da presença negra na formação do país.</p>
<p>Segundo a reportagem, Mercadante lembrou que o banco já apoia mais de 500 projetos de restauração do patrimônio histórico, mas enfatizou que, historicamente, esses investimentos têm se concentrado em bens ligados à elite. “O BNDES tem mais de 500 projetos de restauração do patrimônio histórico. Mas vocês sabem que, historicamente, esse patrimônio está muito associado à cultura da elite dominante. Aqui, por exemplo, estamos diante de um esforço gigantesco de ressignificar parte desse patrimônio”, afirmou.</p>
<p>O presidente do BNDES ressaltou ainda que a Pequena África tem um peso cultural e simbólico fundamental: “A Pequena África é o patrimônio histórico do povo brasileiro e precisa ser tratada com essa dignidade. É, por sinal, muito mais relevante do que muitos palácios que existem por aí, que também vamos recuperar, mas é fundamental valorizar essa história. Isso aqui é a presença do povo negro na história do Brasil”.</p>
<p>Mercadante reforçou que iniciativas como essa são centrais para a preservação da memória e para o reconhecimento do valor cultural das populações que foram historicamente marginalizadas. “Precisamos fortalecer essa memória e buscar outros espaços como este, que guardam e contam a verdadeira história do país”, declarou.</p>

Luis Mauro Filho

Pequena África, na zona portuária do Rio de Janeiro

Mercadante defende valorização da Pequena África como patrimônio histórico

<p><b>247 - </b>O governo Lula (PT) deve anunciar um amplo pacote de crédito para ajudar o setor aéreo, informa o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/09/16/governo-lula-preve-r-8-bilhoes-em-emprestimos-em-dois-anos-para-aereas-e-vai-usar-fundo-como-garantia.ghtml">O Globo</a>. O plano prevê uma linha de financiamento de R$ 4 bilhões neste ano e outros R$ 4 bilhões em 2026. Para viabilizar os empréstimos, o Executivo autorizou o uso do Fundo Garantidor do Comércio Exterior (GGCE), uma vez que as companhias têm dificuldades em oferecer ativos próprios como garantia. A medida foi formalizada em uma Medida Provisória que também instituiu um plano de contingência para enfrentar os efeitos das barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.</p>
<h2>Recursos e condições do crédito</h2>
<p>O financiamento será operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com taxas de juros entre 6,5% e 10% ao ano. Demais condições, como prazos de carência e amortização, seguirão o padrão das linhas tradicionais da instituição.</p>
<p>Do total de R$ 4 bilhões previstos para 2025, cerca de R$ 1,2 bilhão será direcionado a companhias com participação de ao menos 1% no mercado, caso de Azul, Gol e Latam. Já os R$ 400 milhões restantes vão atender empresas menores, como a Total.</p>
<p>Além disso, o Ministério de Portos e Aeroportos pressiona a equipe econômica para liberar mais R$ 2 bilhões em 2026, valor que dependerá de aprovação do Congresso Nacional.</p>
<h2>Aprovação e operacionalização</h2>
<p>O pacote precisa do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN), composto por representantes do Banco Central e dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Uma minuta da resolução já foi enviada à Casa Civil e o anúncio oficial é esperado até o próximo mês.</p>
<p>Segundo informações da equipe econômica, o BNDES já está pronto para liberar os recursos assim que houver autorização.</p>
<h2>Origem dos recursos</h2>
<p>O dinheiro destinado ao socorro das aéreas sairá do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac), originalmente voltado ao fomento da aviação regional. O fundo é abastecido pelas outorgas pagas pelos concessionários de aeroportos.</p>
<p>Em junho do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei alterando a destinação do Fnac justamente para permitir o uso em medidas de apoio às companhias aéreas. A verba poderá ser aplicada em diversas finalidades, como compra de aeronaves, aquisição de peças, manutenção e abastecimento de combustível.</p>

Guilherme Levorato

Movimentação de aviões comerciais no aeroporto de Brasília.

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