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PF desarticula esquema milionário de fraudes bancárias e a programas sociais

Operação da Polícia Federal investiga prejuízo superior a R$ 110 milhões em crimes contra o sistema financeiro nacional

Caixa Econômica Federal (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a segunda fase da Operação Oasis 14, em conjunto com a Caixa Econômica Federal (CEF). De acordo com informações divulgadas pela própria PF, a ação tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa responsável por fraudes contra o sistema financeiro e programas sociais, com prejuízos estimados em mais de R$ 110 milhões.

Segundo a investigação, iniciada em maio de 2024, o grupo utilizava uma rede sofisticada composta por mais de 330 empresas de fachada, documentos falsos e pessoas de baixa renda usadas como “laranjas”. Também foram identificados “fantasmas” como sócios fictícios e o envolvimento direto de seis funcionários da CEF e quatro de bancos privados, que facilitavam a abertura de contas, concessão de empréstimos e movimentações fraudulentas.

Estrutura da operação

Ao todo, participaram cerca de 140 policiais federais, que cumpriram 26 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em endereços distribuídos por oito municípios do Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre as cidades fluminenses, destacam-se Niterói (10 mandados), São Gonçalo (8) e Rio de Janeiro (4), além de ações em Nova Friburgo, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Itaboraí. Na capital paulista, um endereço foi alvo da operação.

A investigação revelou que imóveis reais eram usados como fachada para empresas fictícias, enquanto operações de crédito simuladas movimentavam valores expressivos. Apenas na Caixa Econômica Federal, foram identificadas cerca de 200 operações fraudulentas, que já resultaram em R$ 33 milhões de prejuízo comprovado.

Crimes e responsabilidades

Além da formação de organização criminosa, os investigados poderão responder por estelionato qualificado, crimes contra o sistema financeiro, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

O trabalho contou ainda com o apoio da Corregedoria e da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa. Para a PF, a parceria com a instituição financeira foi crucial no cruzamento de dados que possibilitou a identificação e o rastreamento das fraudes em larga escala.

A Operação Oasis 14 segue em andamento para ampliar as investigações e identificar possíveis ramificações do esquema em outros estados.

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