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Haddad vê clima positivo antes de reunião Brasil-EUA

O chanceler Mauro Vieira se reúne com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, nesta quinta

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento no Palácio do Planalto - Brasília (DF) - 13/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quinta-feira (16) que o governo brasileiro observa com otimismo a reunião marcada entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Washington. Para Haddad, o encontro pode consolidar um ambiente mais favorável entre os dois países, abrindo espaço para avanços econômicos.

Segundo o jornal O Globo, Haddad afirmou que Vieira “está bastante confiante no clima que se restabeleceu entre os dois governos” e tem buscado separar diferenças políticas das tratativas comerciais. “Ele (Mauro Vieira) me pareceu bastante confiante com o clima que se restabeleceu entre os dois governos. Nós estabelecemos relações cordiais, como sempre tivemos, isolando essa questão política da questão econômica”, declarou o ministro.

Preparação para encontro presidencial

A reunião em Washington é considerada um passo estratégico para a futura conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, atual chefe da Casa Branca. Interlocutores do governo brasileiro esperam que o diálogo com os EUA resulte em medidas práticas, como a suspensão da sobretaxa de 50% imposta a produtos nacionais e a retirada de sanções contra autoridades brasileiras, entre elas ministros do Supremo Tribunal Federal.

Nos últimos meses, a relação bilateral ficou estremecida após a imposição de tarifas e sanções pelo governo norte-americano em julho, que foram interpretadas em Brasília como afronta à soberania e à independência dos Poderes. Haddad reconheceu que “o ponto mais sensível foi justamente a mistura de questões políticas com interesses econômicos nas negociações bilaterais”.

Agenda econômica e geopolítica

O Itamaraty busca agora retomar as conversas em bases pragmáticas, priorizando previsibilidade e acesso a mercados. Além do comércio, a pauta inclui cooperação em minerais estratégicos, investimentos em tecnologia digital e regulação de grandes plataformas digitais. Enquanto Washington procura reforçar sua influência geopolítica, Brasília tenta garantir salvaguardas para seus interesses econômicos e de soberania.

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