Haddad defende parceria com EUA em minerais estratégicos, mas diz que Brasil não será "satélite ou colônia"
Ministro da Fazenda citou terras raras e afirmou que país pode cooperar com norte-americanos na produção de baterias mais eficientes
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (4) que o Brasil está disposto a ampliar parcerias com os Estados Unidos na área de mineração estratégica, especialmente voltada à produção de baterias mais eficientes. No entanto, o ministro fez questão de ressaltar que o país não pretende ocupar posição subalterna na relação bilateral.
"Temos minerais críticos e terras raras. Os EUA não são ricos nesses minerais. Nós podemos fazer acordos de cooperação, para produzir baterias mais eficientes. Na área tecnológica temos muito a aprender e ensinar", declarou Haddad em entrevista à BandNews, de acordo com a Folha de S. Paulo.
Ao mencionar possíveis acordos no contexto de negociações tarifárias com os EUA, o ministro afirmou que o Brasil quer se integrar ao comércio global de forma soberana. “Queremos ampliar parcerias com os Estados Unidos, mas não na condição de satélite ou de colônia”, disse.
A declaração de Haddad ocorre num momento em que o governo brasileiro elabora, de forma ainda lenta, um plano voltado à exploração e industrialização de minerais estratégicos — materiais como nióbio, grafite (grafeno), níquel e terras raras, que são essenciais para equipamentos de alta tecnologia.
A demora tem causado desconforto entre autoridades norte-americanas. Ainda segundo a Folha, representantes da gestão de Donald Trump têm demonstrado insatisfação com o ritmo adotado pelo governo Lula (PT) no tema, que vem sendo tratado como prioridade por outras potências globais, diante da crescente disputa geopolítica pelo acesso a esses insumos.
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